Os excertos a seguir constituem texto adaptado do artigo “No Brasil, ler é coisa que se faz por obrigação”, de Ruy Castro, publicado no jornal Folha de S. Paulo. Tais excertos, no entanto, encontram-se desordenados. Numero-os de modo que seja estabelecida a coesão e a coerência do texto. Em seguida, assinale a opção correspondente à ordem correta dos excertos. Porque, diz a pesquisa, os professores também leem pouco e mal. Embora 84% tenham dito que leram um livro nos três meses anteriores à pesquisa, a maioria não se lembra do título ou não respondeu, e, quando se lembra, o mais citado é a Bíblia. Apenas 33% dos brasileiros tiveram a influência de alguém para adquirir o gosto pela leitura, quase sempre a mãe - o que não é um mal, mas por que não citar igualmente um professor? Não no Brasil. Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados associam a biblioteca a um lugar para estudar ou pesquisar (naturalmente, por obrigação), não como um espaço de lazer, para ler por prazer, trocar livros ou fazer amigos. Em 2015, apenas 53% das escolas brasileiras tinham biblioteca ou sala de leitura. Sim, não podemos nos esquecer dos seus baixos salários, que os impedem de comprar livros. Mas não é para isto que existem as bibliotecas? Uma pesquisa recente do Instituto Pró-Livro e do Ibope, "Retratos da Leitura no Brasil", traz dados alarmantes: 44% da população brasileira não têm o hábito de ler livros, e esse número não se alterou nos últimos 12 anos.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas tracejadas das linhas 25, 27 e 35, respectivamente.
Assinale a alternativa em que a ocorrência da palavra que é um pronome relativo que introduz uma oração adjetiva.
A partir do segundo parágrafo, o texto apresenta um raciocínio sobre as relações entre linguagem,
realidade e memória, constituído das proposições constantes no bloco abaixo. Enumere-as de 1 a 4,
conforme a ordem em que se pode reconhecê-las no texto.
( ) A memória permite lembrar as expressões da linguagem.
( ) As expressões da linguagem permitem descrever o uso das coisas.
( ) A identificação das coisas e a descrição de seu uso permitem capturar a realidade.
( ) As expressões da linguagem permitem identificar as coisas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
Assinale a alternativa que apresenta uma relação de referência correta entre o pronome e o segmento a que ele se refere.
Considere o trecho abaixo, extraído e adaptado do texto (l. 12-15), e as três propostas de reescrita para
ele.
Longe de nós, a disputa prosseguiria sob a forma do bloqueio do Tejo pela marinha neerlandesa e da
consequente guerra marítima de 1657-61, bem como da ofensiva da Companhia das Índias Orientais na
Índia.
I. Inserção de seja antes de do bloqueio do Tejo e no lugar de bem como.
II. Inserção de seja antes de sob a forma e no lugar de bem como.
III. Inserção de seja antes de do Tejo e no lugar de bem como.
Assinale a alternativa cujas alterações conservariam corretamente as relações de paralelismo do trecho
(ignorando eventuais ajustes no uso de vírgulas).
A palavra “até" (L.11), que denota o posicionamento do autor
frente a um dos usos da palavra “saúde", pode ser substituída
por sobretudo sem que isso prejudique a correção e o sentido
original do texto.
Na linha 3, o termo “se" é um pronome apassivador e, caso sua
colocação fosse alterada de proclítica — como está no texto —
para enclítica — que a doença transmitia-se —, essa
alteração incorreria em erro gramatical.
A oração “que os genéricos sejam bem mais baratos"
(L. 13 e 14) funciona como o complemento da forma verbal
“espera-se" (L.13), na qual o sujeito é indeterminado pela
partícula “se".
Assinale a alternativa onde temos apenas representantes do Romantismo:
Estabelece relação de finalidade, no contexto, o vocábulo sublinhado em:
Anton Tchékhov tinha a convicção de que a função de um escritor, ao focalizar em sua obra uma questão relevante, deve ser a de
Todas as formas verbais têm emprego plenamente adequado na seguinte frase:
Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 1 a 5.
Com a literatura de cordel como aliada, o clichê de "mudar o mundo" não soa tão inalcançável. Os folhetos de cordel são
baratos, acessíveis e extremamente fáceis de transportar e de compartilhar com outras pessoas. Melhor ainda: são ideais para a sala
de aula. Entre rimas, estrofes e melodias, muitos assuntos pertinentes podem ser tratados e debatidos.
Nos últimos quatro anos, desde que comecei a publicar os meus cordéis, recebi centenas de mensagens com depoimentos de
educadores que compram meus folhetos e utilizam minhas rimas para falar sobre questões raciais, de gênero, de diversidade sexual e
história. Com a série Heroínas Negras na História do Brasil, séculos de esquecimento começam a ser rompidos e muita gente escuta
falar, pela primeira vez, sobre as mulheres negras que foram líderes quilombolas e guerreiras na luta contra a escravidão.
Pelo cordel, nomes como Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Zacimba Gaba e Mariana Crioula protagonizam
discussões acaloradas sobre racismo e machismo; até mesmo uma aula de português pode ser a oportunidade perfeita para colocar
essas questões em pauta.
Esse tipo de cordel com proposta social é chamado de Cordel Engajado e pode trazer política, defesa de causas e críticas
sociais para a literatura de uma maneira profundamente envolvente. Afinal, a literatura de cordel é excelente para a transformação da
sociedade em uma realidade onde exista mais equidade e respeito pela diversidade.
Esse respeito, aliás, pode começar pela própria valorização do cordel, algo que só deve acontecer quando todos os
empecilhos preconceituosos forem tirados do caminho. Ainda há muito a se caminhar, sobretudo com o alarme do tempo piscando e
gritando que um dia, infelizmente, o cordel pode virar artigo de museu.
(Adaptado de: ARRAES, Jarid. "A literatura de cordel...", Blooks. Rio de Janeiro: Ginga Edições, 2016, p. 12-13)
De acordo com o texto,