Atente às duas charges abaixo e responda ao que se pede:
Com base nas ideias propostas nas imagens acima, julgue cada uma das sentenças abaixo:
I- O sujeito sintático de “CURA ESSE GAY AGORA!", conforme as exigências da norma padrão, está implícito e é “VOCÊ" referenciando, no contexto, “JESUS".
II- É latente o caráter metafórico na expressão “Que gatinho!" (imagem I) e polissêmico nas expressões “dinheiro limpinho" e “laranja" (imagem II), legitimando, na imagem II, um importante fator de textualidade chamado intertextualidade.
III- As expressões “como" e “tão" (Imagem I) induzem a, respectivamente, circunstâncias causal e temporal.
IV- A função da linguagem predominante na imagem II é a metalinguística.
V- O sufixo “inho" na expressão “gatinho" (imagem I) propõe, no contexto, uma carga semântica onde o afeto é minimizado em relação à pequenez física do interlocutor.
É CORRETO o que se afirma em
Leia:
A conversa corre alegre. (Ciro dos Anjos)
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas. (Drummond)
Os adjetivos grifados nos versos acima classificam-se respectivamente como predicativo
Abaixo estão listados alguns fragmentos textuais, todos extraídos da matéria jornalística sobre mobilidade urbana, intitulada “Pensar estratégias com menor impacto", divulgada no Jornal Correio da Paraíba, de 19 de novembro de 2017. Leia-os e, em seguida, indique a ÚNICA alternativa em que se apresenta uma estrutura com sujeito posposto oracional (Oração Substantiva Subjetiva).
Em: “Chovia incessantemente", temos:
“E a humildade está nisso: saber, não com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não vemos.” (1º§) O período anterior é composto de orações cuja classificação sintática as distingue umas das outras. A oração “que o outro veja mundos” possui a mesma classificação sintática da oração destacada em:
Atenção: As questões de números 1 a 6 referem-se ao texto seguinte.
A representação da "realidade" na imprensa
Parece ser um fato assentado, para muitos, que um jornal ou um telejornal expresse a "realidade". Folhear os cadernos de
papel de ponta a ponta ou seguir pacientemente todas as imagens do grande noticiário televisivo seriam operações que atualizariam a
cada dia nossa "compreensão do mundo". Mas esse pensamento, tão disseminado quanto ingênuo, não leva em conta a questão da
perspectiva pela qual se interpretam todas e quaisquer situações focalizadas. Submetermo-nos à visada do jornalista que compôs a
notícia, ou mesmo à do câmera que flagra uma situação (e que, aliás, tem suas tomadas sob o controle de um editor de imagens), é
desfazermo-nos da nossa própria capacidade de análise, é renunciarmos à perspectiva de sujeitos da nossa interpretação.
Tanto quanto os propalados e indiscutíveis "fatos", as notícias em si mesmas, com a forma acabada pela qual se veiculam, são
parte do mundo: convém averiguar a quem interessa o contorno de uma análise política, o perfil criado de uma personalidade, o
sentido de um levante popular ou o alcance de uma medida econômica. O leitor e o espectador atentos ao que leem ou veem não têm
o direito de colocar de lado seu senso crítico e tomar a notícia como espelho fiel da "realidade". Antes de julgarmos "real" o "fato" que
já está interpretado diante de nossos olhos, convém reconhecermos o ângulo pelo qual o fato se apresenta como indiscutível e como
se compõe, por palavras ou imagens, a perspectiva pela qual uma bem particular "realidade" quer se impor para nós, dispensandonos
de discutir o ponto de vista pelo qual se construiu uma informação.
(Tibério Gaspar, inédito)
Na frase Parece ser um fato assentado que um jornal expresse a “realidade”, os termos sublinhados
Gente-casa
(VERlSSIMO, Luís Fernando.O Melhor das Comédias da Vida Privada. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004)