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Texto CB1A1-I


    Dizer que o petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas é repetir o óbvio. Desde
que ele se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento fundamental para o funcionamento da
economia moderna, ter ou controlar as fontes de petróleo e as rotas por onde ele é transportado representa questão de vida ou morte para as sociedades contemporâneas.
    Quando pensamos na geopolítica do petróleo neste início do século XXI, o primeiro fato que nos vem à mente são os
conflitos do Oriente Médio, como a guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo em 1990-1991. Reduzir esses conflitos ao elemento “petróleo” seria um erro, pois questões outras estavam e estão envolvidas. Contudo, não se deve esquecer que aí estão as maiores reservas petrolíferas do mundo.
    No entanto, se examinarmos com alguma atenção as notícias do dia a dia, veremos como o problema do petróleo
dentro da geopolítica contemporânea não é algo que afeta apenas os países do Oriente Médio. A busca pelo “ouro negro” está tendo impacto em outras regiões do mundo.
    Em nível menor, países como o Brasil têm enfrentado os mesmos problemas das maiores potências no que se refere a suprir suas necessidades energéticas, e isso tende apenas a piorar. Aqui cabe uma reflexão sobre os efeitos geopolíticos da futura mudança da matriz energética global. Mesmo sendo algo pouco provável em curto e médio prazo, o próprio esgotamento do petróleo vai obrigar a economia global a convocar outras fontes de energia, como a nuclear ou as células de hidrogênio. As alterações na sociedade global que tal mudança provocará serão, evidentemente, imensas, mas ninguém parece ainda ter refletido a contento sobre seus impactos geopolíticos.

João Fábio Bertonha. Notas sobre a geopolítica do petróleo no século XXI.
In: Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais,
n.º 58, p. 9-10, 2005 (com adaptações).

Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue os itens a seguir.


O segmento “por onde” (último período do primeiro parágrafo) poderia ser substituído por pelas quais, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto

Texto 1A1 

   Nos anos 70, quando eu estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), um dos poemas mais lidos e comentados por estudantes e professores era Fábula de um arquiteto, de João Cabral de Melo Neto: “O arquiteto: o que abre para o homem / (tudo se sanearia desde casas abertas) / portas por-onde, jamais portas-contra; / por onde, livres: ar luz razão certa.”. 
    Esses versos pareciam nortear a concepção e a organização do espaço, trabalho do arquiteto. A utopia possível de vários estudantes era transformar habitações precárias (eufemismo para favelas) em moradias dignas. O exemplo mais famoso naquele tempo era o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado (Parque Cecap) em Guarulhos. Esse projeto de Vilanova Artigas era um dos poucos exemplos de habitação social decente, mas seus moradores não eram ex-favelados. 
    Em geral, a política de habitação popular no Brasil consiste em construir pequenos e opressivos apartamentos ou casas de baixo padrão tecnológico, sem senso estético, sem relação orgânica com a cidade, às vezes sem infraestrutura e longe de áreas comerciais e serviços públicos. Vários desses conjuntos são construídos em áreas ermas, cuja paisagem desoladora lembra antes uma colônia penal. 
    Mas há mudanças e avanços significativos na concepção de projetos de habitação social, infraestrutura, lazer e paisagismo, projetosque, afinal, dizem respeito à democracia e ao fim da exclusão social. Um desses avanços é o trabalho da Usina. Fundada em 1990 por profissionais paulistas, a Usina tem feito projetos de arquitetura e planos urbanísticos criteriosos e notáveis. Trata-se de uma experiência de autogestão na construção, cujos projetos, soluções técnicas e o próprio processo construtivo são discutidos coletivamente,envolvendo os futuros moradores e uma equipe de arquitetos, engenheiros e outros profissionais. 
     Acompanhei jornalistas do Estadão em visitas a conjuntos habitacionais em Heliópolis e na Billings, onde está sendo implantado o Programa Mananciais. Em Heliópolis, Ruy Ohtake projetou edifícios em forma cilíndrica, daí o apelido de redondinhos. A planta dos apartamentos de 50 m² é bem resolvida, os materiais de construção e o acabamento são apropriados, todos os ambientes recebem luz natural. Esse projeto de Ohtake e o de Hector Vigliecca (ainda em construção) revelam avanço notável na concepção da moradia para camadas populares. 
    Um dos projetos do Programa Mananciais é uma ousada e bem-sucedida intervenção urbana numa das áreas mais pobres e também mais belas da metrópole. Situado às margens da Represa Billings, o Parque Linear é, em última instância, um projeto de cidadania que contempla milhares de famílias. Não por acaso esse projeto da equipe do arquiteto Marcos Boldarini recebeu prêmios no Brasil e no exterior. 
    Além do enorme alcance social, o projeto foi pensado para preservar a Billings e suas espécies nativas. Sem ser monumental, o Parque Linear é uma obra grandiosa e extremamente necessária, concebida com sensibilidade estética e funcional que dá dignidade a brasileiros que sempre foram desprezados pelo poder público. É também um exemplo de como os governos federal, estadual e municipal podem atuar em conjunto, deixando de lado as disputas e mesquinharias político-partidárias. 
    Além de arquitetos e engenheiros competentes, o Brasil possui recursos para financiar projetos de habitação popular em larga escala. Mas é preciso aliar vontade política a uma concepção de moradia que privilegie a vida dos moradores e sua relação com o ambiente e o espaço urbano. Porque morar é muito mais que sobreviver em estado precário e provisório. Milton Hatoum. 

Milton Hatoum. Moradia e (in)dignidade
In: O Estado de S. Paulo, 28/8/2011, p. C8 (com adaptações). 

O pronome “cuja” (segundo período do terceiro parágrafo do texto 1A1) estabelece uma relação de pertencimento entre a expressão “paisagem desoladora” e

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito). O vírus dengue (DENV) está classificado cientificamente na família Flaviviridae e no gênero Flavivirus. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 –, que apresentam distintos materiais genéticos (genótipos) e linhagens.

As evidências apontam que o mosquito tenha vindo nos navios que partiam da África com escravos. No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos sorotipos 1 e 4. Após quatro anos, em 1986, ocorreram epidemias atingindo o estado do Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo de forma continuada (endêmica), intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas indenes (sem transmissão) e/ou alteração do  sorotipo predominante, acompanhando a expansão do mosquito vetor. Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus. A dengue possui padrão sazonal, com 
aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.


(Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue.)

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:


I. Nas linhas 1 e 2 “A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes.” O pronome relativo QUE retoma uma oração subordinada adjetiva restritiva. 


II. Por ser um pronome relativo invariável, a substituição do que, na linha 5, por “as quais”, torna-a equivocada. 


III. Tanto o QUE na linha 1, quanto o que da linha 5 podem ser classificados da mesma forma. 

Assinale 

Analise os fragmentos abaixo e assinale a alternativa CORRETA que contém um pronome relativo:

Em: “Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão.”, estão corretas as afirmativas sobre os pronomes destacados, EXCETO:

Entre as sentenças "Este é o político COM CUJAS ideias concordo”, “É interessante o tema SOBRE QUE
discutimos” e “Vimos a casa À QUAL eu havia me referido”, somente um dos usos do pronome relativo destacado junto com a preposição contraria a norma gramatical.

MEU MELHOR CONTO

Moacyr Scliar

   Você me pergunta qual foi o melhor conto que escrevi. Indagação típica de jovens jornalistas; vocês 
vêm aqui, com esses pequenos gravadores, que sempre dão problema, e uma lista de perguntas – e aí 
querem saber qual foi o melhor ponto que a gente fez, qual provocou maior controvérsia, essas coisas. Mas 
tudo bem: não vou me furtar a responder essa questão. Dá mais trabalho explicar por que a gente não 
responde do que simplesmente responder.
   Meu melhor conto... Não está em nenhum dos meus livros, em nenhuma antologia, em nenhuma 
publicação. Ele está aqui, na minha memória; posso acessá-lo a qualquer momento. Posso inclusive lembrar 
as circunstâncias em que o escrevi. Não esqueci, não. Não esqueci nada. Mesmo que quisesse esquecer, 
não o conseguiria.
   Eu era então um jovem escritor - faz muito tempo, portanto, que isso aconteceu. Estava concluindo o 
curso de Letras e acabara de publicar meu primeiro livro, recebido com muito entusiasmo pelos críticos. É 
uma revelação, diziam todos, e eu, que à época nada tinha de modesto, concordava inteiramente: 
considerava-me um gênio. Um gênio contestador. Minhas histórias estavam impregnadas de indignação; 
eram verdadeiros panfletos de protesto contra a injustiça social. O que me salvava do lugar-comum era a 
imaginação - a imaginação sem limites que é a marca registrada da juventude literária e que, como os cabelos, 
desaparecem com os anos.
   Mas eu não era só escritor. Era militante político. Fazia parte de um minúsculo, obscuro, mas 
extremado grupo de universitários. Veio o golpe de 1964, participei em manifestações de protesto, cheguei a 
pensar em juntar-me à guerrilha - o que certamente seria um desastre, porque eu era um garoto de classe 
média, mimado pelos pais, acostumado ao conforto, enfim, uma antípoda do guerrilheiro. De qualquer modo, 
fui preso.
   Uma tragédia. Meus pais quase enlouqueceram. Fizeram o possível para me soltar, falaram com 
Deus e todo mundo, com políticos, jornalistas e até generais. Inútil. O momento era de linha dura, linha 
duríssima, e eu estava em mais de uma lista de suspeitos. Não me soltariam de jeito nenhum.
   Fui levado para um lugar conhecido como Usina Pequena. Havia duas razões para essa 
denominação. Primeiro, o centro de detenção ficava, de fato, perto de uma termelétrica. Em segundo lugar, o 
método preferido para a tortura era, ali, o choque elétrico.
   O chefe da Usina Pequena era o Tenente Jaguar. Esse não era o seu verdadeiro nome, mas o apelido 
era mais que o apropriado: ele tinha mesmo cara de felino, e de felino muito feroz. Ao sorrir, mostrava os 
caninos enormes - e isso era suficiente para dar calafrios nos prisioneiros.
   Fiquei pouco tempo na Usina Pequena, quinze dias. Mas foi o suficiente. Da cela que eu ocupava, 
um cubículo escuro, úmido, fétido, eu ouvia os gritos dos prisioneiros sendo torturados e entrava em pânico, 
perguntando-me quando chegaria a minha vez. E aí uma manhã eles vieram me buscar e levaram-me para a 
chamada Sala do Gerador, o lugar das torturas, e ali estava o Tenente Jaguar, à minha espera, fumando uma 
cigarrilha e exibindo aquele sorriso sinistro. Leu meu prontuário e começou o interrogatório. Queria saber o 
paradeiro de um dos meus professores, suspeito de ser um líder importante na guerrilha.
   Tão apavorado eu estava que teria falado - se soubesse, mesmo, onde estava o homem. Mas eu não 
sabia e foi o que respondi, numa voz trêmula, que não sabia. Ele me olhou e estava claramente decidindo se 
eu falava a verdade ou se era bom ator. Mas ali a regra era: na dúvida, a tortura. E eu fui torturado. Choques 
nos genitais, o método clássico. No quarto choque, desmaiei, e me levaram de volta para a cela.
   Durante dois dias ali fiquei, deitado no chão, encolhido, apavorado. No terceiro dia o carcereiro entrou 
na sala: o Tenente queria me ver. Implorei para que não me levasse: eu não aguento isso, vou morrer, e 
vocês vão se meter em confusão. Ignorando minhas súplicas, arrastou-me pelo corredor, mas não me levou 
para o lugar das torturas, e sim para a sala do Tenente. O que foi uma surpresa. Uma surpresa que aumentou 
quando o homem me recebeu gentilmente, pediu que sentasse, ofereceu-me um chá. Perguntou se eu tinha 
me recuperado dos choques; e aí - eu cada vez mais atônito - pediu desculpas: eu tinha de compreender que 
torturar era a função dele, e que precisava cumprir ordens.                                                                                                                                   Ficou um instante olhando pela janela - era uma bela manhã de primavera - e depois voltou-se para 
mim, anunciando que tinha um pedido a me fazer.
   Àquela altura eu não entendia mais nada. Ele tinha um pedido a me fazer? O todo-poderoso chefe 
daquele lugar? O cara que podia me liquidar sem qualquer explicação tinha um pedido? Estou às suas ordens, 
eu disse, numa voz sumida, e ele foi adiante. Eu sei que você é escritor, e um escritor muito elogiado.
   - Está na sua ficha - acrescentou, sorridente. - Nós aqui temos todas as informações sobre sua vida.
   Olhou-me de novo e acrescentou:
   - Tem uma coisa que eu queria lhe mostrar.
   Abriu uma gaveta e tirou de lá um recorte de jornal. Era uma notícia sobre um concurso de contos. 
Cada vez mais surpreso, li aquilo e mirei-o sem entender. Ele explicou.
   - Eu escrevo. Contos, como você. Mas tenho de admitir: não tenho um décimo do seu talento.
   Nova pausa, e continuou:
   - Quero ganhar esse concurso literário. Melhor: preciso ganhar esse concurso literário. Não me 
pergunte a razão, mas é muito importante para mim. E você vai me ajudar. Vai escrever um conto para mim. 
Posso contar com você, não é?
   E então aconteceu a coisa mais surpreendente. Eu disse que não, que não escreveria merda 
nenhuma para ele.
   Tão logo falei, dei-me conta do que tinha feito - e fiquei a um tempo aterrorizado e orgulhoso. Sim, eu 
tinha ousado resistir. Sim, eu tinha mostrado a minha fibra de revolucionário. Mas, e agora? E os choques?
   Para meu espanto, o homem começou a chorar. Chorava desabaladamente, como uma criança. E 
então me explicou: quem tinha mandado aquele recorte fora o seu filho, um rapaz de catorze anos que 
adorava o pai, e adorava as histórias que o pai escrevia.
   - Ele quer que eu ganhe o concurso, o meu filho - o Tenente, soluçando. – E eu quero ganhar o 
concurso. Para ele. É um rapaz muito doente, talvez não viva muito. Eu preciso lhe dar essa alegria. E só 
você pode me ajudar.
   Olhava-me, as lágrimas escorrendo pela face.
   O que podia eu dizer? Pedi que me arranjasse uma máquina de escrever e umas folhas de papel.
   Naquela tarde mesmo escrevi o conto. Nem precisei pensar muito; simplesmente sentei e fui 
escrevendo. A história brotava de dentro de mim, fluía fácil. E era um belo conto, diferente de tudo o que eu 
tinha escrito até então. Não falava em revolta, não satirizava opressores. Contava a história de um pai e de 
seu filho moribundo.
   Entreguei o conto ao Tenente, que o recebeu sem dizer palavra, sem sequer me olhar. E no dia 
seguinte fui solto. 
   Nunca fiquei sabendo o que aconteceu depois, o resultado do concurso, nada disso. Não estava 
interessado; ao contrário, queria esquecer a história toda, e inclusive o conto que eu tinha escrito. O que foi 
inútil. A narrativa continuava dentro de mim, como continua até hoje. Se eu quisesse, poderia escrevê-la de 
uma sentada.
   Mas não o farei. Esse conto não me pertence. É, acho, a melhor coisa que escrevi, mas não me 
pertence. Pertence ao Tenente, que esses dias, aliás, vi na rua: um ancião alquebrado, que anda apoiado 
numa bengala.
   Ele me olhou e sorriu. Talvez tivesse, com gratidão, lembrado aquele episódio. Ou talvez estivesse 
debochando de mim. Com esses velhos torturadores, a gente nunca sabe.

(Porto Alegre, 2003.)
Conto de Moacyr Scliar publicado no livro “Do conto à crônica”.

Analise os fragmentos abaixo e assinale a alternativa CORRETA que contém um pronome relativo:

Assinale a alternativa na qual a palavra “que” NÃO esteja empregada como pronome relativo.

Para a moça de cabelos ruivos, as ruas que vão de
Copacabana a Ipanema atualmente estão diferentes,
não se assemelham _____ de outrora; nada
mais é compatível _____ seu tempo de criança, _____
ela não esquece.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do
enunciado devem ser preenchidas, respectivamente,
com:

Texto CB1A1-I


Comissão aprova projeto que regulamenta permuta deagentes de segurança pública entre estados


    A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei n.º 2.783/2023, que define regras para a permuta de agentes de segurança pública entre os estados (incluído o Distrito Federal), mediante acordo.
    A remoção por permuta ocorre quando dois servidoresque ocupam cargos da mesma natureza têm interesse em trocar de local de trabalho, um substituindo o outro, mediante anuência da administração pública.
    O relator recomendou a aprovação da proposta. “Não há dúvida nenhuma de que a medida é justa”, afirmou.
    Conforme o texto, os acordos entre os estados deverão prever que:
• a permuta se dará em níveis hierárquicos semelhantes;
• os agentes permanecerão nos seus cargos do estado de origem;
• os salários desses servidores seguirão sendo pagos pela corporação original; e
• as promoções seguirão os critérios do local de origem, mas levarão em conta o relatório emitido pela instituição de destino.
    “Os profissionais da segurança pública estão sujeitos a situações de doença de família, mazelas psicológicas pelo afastamento da convivência familiar ou, até mesmo, ameaças em virtude de sua atuação que os façam desejar retornar para o estado de origem”, disse o autor da proposta.


Agência Câmara de Notícias (com adaptações)

Julgue os itens a seguir, relativos a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.


I Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência das ideias do texto caso o pronome “que” (primeiro parágrafo) fosse substituído por o qual.
II Em “as promoções seguirão os critérios do local de origem, mas levarão em conta o relatório emitido pela instituição de destino” (quarto parágrafo), o sentido e a correção gramatical do trecho se manteriam caso se substituísse “mas” por todavia.
III A conjunção “ou” (último parágrafo) poderia ser substituída pela conjunção e, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência das ideias do texto.


Assinale a opção correta.

A frase Há uma grande quantidade de pessoas em cuja existência sequer reparamos continuará gramaticalmente correta caso se substitua o elemento sublinhado por:

e amigos que eu nunca mais vi.

Substituindo o pronome relativo "que" por outro, e respeitando a regência verbal, a forma adequada é:

Atenção: Para responder às questões de números 6 a 12, baseie-se no texto abaixo.

O colégio de Tia Gracinha

                Tia Gracinha, cujo nome ficou no grupo escolar Graça Guardia, de Cachoeiro do Itapemirim, era irmã de minha avó paterna, mas tão mais moça que a tratava de mãe. Tenho do colégio de Tia Gracinha uma recordação em que não sei o que é lembrança mesmo e lembrança de conversa que ouvi menino.
               Lembro-me, sobretudo, do pomar e do jardim do colégio, e imagino ver moças de roupas antigas, cuidando das plantas. O colégio era um internato de moças. Elas não aprendiam datilografia nem taquigrafia, pois o tempo era de pouca máquina e nenhuma pressa. Moças não trabalhavam fora. As famílias de Cachoeiro e de muitas outras cidades do Espírito Santo mandavam suas adolescentes para ali; muitas eram filhas de fazendeiros. Recebiam instrução geral, uma espécie de curso primário reforçado, o mais eram prendas domésticas. Trabalhos caseiros e graças especiais: bordados, jardinagem, francês, piano...
                  A carreira de toda moça era casar, e no colégio de Tia Gracinha elas aprendiam boas maneiras. Levavam depois, para as casas de seus pais e seus maridos, uma porção de noções úteis de higiene e de trabalhos domésticos, e muitas finuras que lhes davam certa superioridade sobre os homens de seu tempo. Pequenas etiquetas que elas iam impondo suavemente, e transmitiam às filhas.
                 Tudo isto será risível aos olhos das moças de hoje; mas a verdade é que o colégio de Tia Gracinha dava às moças de então a educação de que elas precisavam para viver sua vida. Não apenas o essencial, mas muito mais do que, sendo supérfluo e superior ao ambiente, era por isto mesmo, de certo modo, funcional – pois a função do colégio era uma certa elevação espiritual do meio a que servia. Tia Gracinha era o que bem se podia chamar uma educadora.
                                                                                              (Abril, 1979)
                                                                                                                                                  (Adaptado de: BRAGA, Rubem. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 1984, p. 52-53

Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra (3o parágrafo).

No trecho acima, o pronome relativo “que” retoma o seguinte termo antecedente:

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