A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue o item subsecutivo.
Tropas norte-americanas intervieram no México, em 1914, para exigir que o governo mexicano se desculpasse por alegado insulto à bandeira norte-americana e, em 1916, para perseguir o líder revolucionário Pancho Villa.
A partir de meados do século XIX, os Estados Unidos da América (EUA) passaram por importantes mudanças internas e por uma notável expansão territorial, além de terem ampliado sua presença política internacional. Com relação a esses temas, julgue o item.
Como consequência da vitória norte-americana na Guerra Hispano-Americana de 1898, os EUA anexaram a Flórida, as Filipinas, Porto Rico e Guam, e a Espanha foi obrigada a conceder a independência a Cuba.
A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue o item subsecutivo.
A Doutrina Monroe, anunciada em 1823, não impediu que potências europeias ocupassem territórios no continente latino-americano, tampouco que fizessem intervenções militares nos países da região.
A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue o item subsecutivo.
Na Primeira Conferência dos Estados Americanos, realizada em Washington em 1889, os países hispano-americanos, com exceção do México, aprovaram o projeto norte-americano de construir um canal interoceânico na América Central para conectar as costas americanas do Pacífico e do Atlântico e facilitar o comércio e as comunicações.
Sobre o Tratado de Viena, assinado em 1815, importante para compreendermos muitos dos conflitos surgidos na Europa do século XIX, podemos afirmar que o seu principal objetivo era:
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item.
Traços distintivos da vida política portuguesa nos três primeiros quartéis do século XIX foram o predomínio do absolutismo e a relativa fragilidade dos grupos liberais.
No dia 10 de março de 2016, o promotor Cassio Conserino virou piada na internet ao citar o filósofo Georg Wilhelm Friedrich
Hegel no pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula. Ao lado de José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo, do
Ministério Público de São Paulo, no item 129 da denúncia, lê-se: “As atuais condutas do denunciado LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA,
que outrora chegou a emocionar o país ao tomar posse como Presidente da República em janeiro de 2003 (‘o primeiro torneiro
mecânico’ a fazê-lo de forma honrosa e democrática), certamente deixariam Marx e Hegel envergonhados”. Uma grande confusão
por parte de Conserino, pois percebe-se que queria se referir, de forma irônica, à dupla Karl Marx e Friedrich Engels, autores de “O
Manifesto Comunista”, e acabou citando Hegel, que, de fato, é reconhecidamente um dos maiores pensadores da corrente dialética
e do historicismo, mas não da esquerda.
Sobre o pensamento marxista de Marx e Engels, examine as asserções seguintes:
I- O capitalismo é um sistema no qual a burguesia concentra o capital e os meios de produção (instalação, máquina e matéria-prima)
e explora o trabalho do proletariado, mantendo-o numa situação de pobreza e alienação. Por estar baseado nessa característica
contraditória, a de explorar seu próprio alicerce - a classe trabalhadora -, o sistema prepara o caminho para sua própria destruição.
II- O conceito de luta de classes explica a oposição entre explorados (trabalhadores) e exploradores (proprietários dos bens de
produção). De acordo com o socialismo científico, a luta de classes desencadearia uma revolução proletária que teria como
resultado o fim do capitalismo e a implantação do comunismo. Nesse novo sistema, essa luta de classes não existiria mais, pois não
haveria mais exploradores e explorados.
III- Mais-valia é um conceito que explica a exploração do trabalhador pelo empresário. É a diferença entre a riqueza gerada pelos
operários e o valor pago, em forma de salário, pelos empresários a esses trabalhadores. É assim que o capitalista acumula capital.
De acordo com Marx e Engels, a mais-valia deve permanecer no comunismo.
IV- O Marxismo propõe um determinado modelo teórico, fundando o que podemos chamar de “história científica”, ou seja,
pertence às correntes teóricas que caracterizam a história como uma ciência. Em síntese, o marxismo rompe com a filosofia da
história idealista, rejeitando os pressupostos filosóficos que embasariam a construção do conhecimento.
V- O materialismo histórico é passível de observação, análise e quantificação. Dessa forma, podemos observar que o materialismo
histórico trabalha com aquilo que é possível mensurar nas sociedades, por exemplo, as estruturas econômico-sociais, escapando das
formulações mais filosóficas.
Estão corretos os itens:
“Lutai primeiro pela alimentação e pelo vestuário, e em seguida o
reino de Deus virá por si mesmo”.
Essa frase de Hegel é citada antes da Tese 4, de Walter
Benjamim, na qual o autor comenta a tese de Marx sobre a luta
de classes. Longe de ser apenas “uma luta pelas coisas brutas e
materiais, sem as quais não existem as refinadas e espirituais”,
essa luta também significa a manifestação de coisas espirituais,
que “questionarão sempre cada vitória dos dominadores”. Nesse
sentido, o passado “tenta dirigir-se para o sol que se levanta no
céu da história. O materialismo histórico deve ficar atento a essa
transformação, a mais imperceptível de todas”.
BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito de História”, In: Magia e técnica, arte e
política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1993, pp.223-24
As Teses de Benjamin exemplificam uma nova percepção da
História e da temporalidade de uma geração de intelectuais que
renovou o entendimento da tradição hegeliano-marxista, na
primeira metade do século XX.
Com base na citação, assinale a opção que caracteriza
corretamente as teses de Benjamin sobre a História.
Iluminismo foi um movimento intelectual que ocorreu na Europa do século XVIII, e teve sua maior expressão na França, palco de grande desenvolvimento da Ciência e da Filosofia. Teve grande influência à nível cultural, social, político e espiritual. Todas as afirmações sobre esse movimento estão corretas, EXCETO.
Em 2016, completam-se cento e quarenta e cinco anos de nascimento e fim da Comuna de Paris. Analisemos a discussão
historiográfica, em um viés marxista, referente a este tema:
“Para que uma revolução social possa triunfar são necessárias pelo menos duas condições: forças produtivas altamente
desenvolvidas e um proletariado bem preparado. Mas em 1871 estas duas condições estavam ausentes. O capitalismo estava ainda
pouco desenvolvido e a França era sobretudo um país de pequena burguesia (artesões, camponeses, lojistas, etc). Não existia
partido operário; a classe operária não tinha nem preparação nem grande arrebatamento e, no seu conjunto, não tinha mesmo uma
ideia muito clara das suas tarefas e dos meios de as realizar. Não havia nem uma real organização política do proletariado, nem
sindicatos nem associações cooperativas de massa" (LENIN, apud MARX e ENGELS, 1979, p. 21).
Sobre o texto acima, podemos afirmar que:
Leia o texto a seguir:
Não obstante a grande obra de Marx ser
a crítica ao modo de produção
capitalista, sua análise não se faz apenas
pelo aspecto econômico. Sua teoria
considera a economia como parte da vida
social, parte da história que é a produção
da existência humana. Falamos, assim,
sobre as classes sociais decorrentes da
divisão social do trabalho, falamos da
vida de homens e mulheres que não
apenas trabalham. Eles comem,
reproduzem-se, vivem em sociedade,
relacionam-se, constroem laços de
amizade e de colaboração e de
competição, pertencem a diferentes
grupos, têm ideologias, afetos, filiação
religiosa etc. E constroem sua história
em espaços-tempos determinados.
Ciavatta, M. Da Educação Politécnica à
Educação Integrada: Como se escreve a
história da educação Profissional.
Disponível em: <
https://www.fe.unicamp.br> Acesso em 20
ago. 2016
Analise as alternativas a seguir e assinale a que
estiver em desconformidade com o desdobramento
do texto:
Entre as teorias que procuram explicar o capitalismo, podem
se destacar duas grandes correntes, representadas por Karl Marx
(1818-1883) e Max Weber (1864-1920). Max Weber procura explicar
a origem do capitalismo como:
A participação da África na Segunda Guerra Mundial
deve ser apreciada sob a ótica da escolha entre vários
demônios. O seu engajamento não foi um processo de
colaboração com o imperialismo, mas uma luta contra
uma forma de hegemonia ainda mais perigosa.
Para o autor, a “forma de hegemonia" e uma de suas
características que explicam o engajamento dos africanos
no processo analisado foram:
A unificação alemã foi articulada pelo reino da:
Leia atentamente os textos a seguir:
“As práticas imperialistas, do ponto de vista da
lógica capitalista, referem-se tipicamente a
exploração das condições geográficas desiguais
sob as quais ocorre a acumulação do capital,
aproveitando-se igualmente do que chamo de
as ‘assimetrias’ inevitavelmente advindas das
relações espaciais de troca. Estas últimas se
expressam em trocas não leais e desiguais, em
forças monopolistas espacialmente articuladas,
em práticas extorsivas vinculadas com fluxos de
capital restritos e na extração de rendas
monopolistas.”
David Harvey. O novo imperialismo (2004, p. 35).
“O aparecimento de dois novos elementos
reestruturadores do capitalismo na passagem
do século XX para o XXI torna ainda mais
complexo o entendimento acerca do seu
funcionamento. Em primeiro lugar, o
movimento de reestruturação do capital global
decorre do colapso na liderança dos dois blocos
de países que até pouco tempo atrás
organizavam o mundo, a partir do final da
Segunda Grande Guerra, quando os Estados
Unidos assumiram, de fato, a posição de centro
hegemônico capitalista. [...] E, em segundo
lugar, destaca-se o intenso
processo de hipermonopolização do capital,
expresso pelo poder inequívoco de não
mais de 500 grandes corporações
transnacionais a dominar qualquer
setor de atividade econômica e responder por
cerca da metade do PIB global".
Marcio Pochmann. Publicado em Revista Carta Capital,
11/01/2011.
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/politica/mudancasno-capitalismo-global
Considerando os textos acima, julgue (V
Verdadeiro e F Falso) os itens a seguir e
assinale a alternativa CORRETA.
I. No contexto atual das relações
interimperialistas, as multinacionais
organizam sua expansão baseadas, entre
outras coisas, na exploração das
desigualdades ou assimetrias existentes
entre os países, na oferta de recursos e nas
configurações do mercado de trabalho.
Nesse sentido, sua expansão para os países
periféricos tem garantido os processos de
acumulação de capital, seja via exportação
de infraestruturas, expansão de mercados ou
mesmo intensificação da exploração do
trabalho.
II. As potências mundiais, na condução das
disputas contemporâneas, têm se utilizado
dos acordos e sanções econômicas,
medidas financeiras protecionistas e da
formação de blocos econômicos, deixando
de ter importância o poder bélico das forças
militares na arquitetura das relações de
poder no Sistema Internacional.
III. A alteração de uma ordem mundial bipolar
para um mundo chamado multipolar
recompôs o quadro de relações das
potências mundiais, eliminando com isso as
assimetrias econômicas existentes entre os
países asiáticos, africanos e latinoamericanos.
IV. Como consequências das atuais
configurações do capitalismo global, parte da
manutenção das dinâmicas de acumulação,
pode-se incluir a destruição dos recursos
ambientais globais (terra, ar, águ(A), a
transformação em mercadoria de formas
culturais, históricas e da criatividade
intelectual, além da privatização de uma
série de bens e direitos até agora públicos
em muitos países (como as universidades e
o acesso à saúd(E).