Acerca da expedição de Pedro Álvares Cabral, saída de Lisboa em março de 1500, cujo destino foi a colonização do Brasil é correto afirmar que:
A expansão marítima europeia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Essa expansão teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Analise os fatores para a Expansão Marítima: I. Formação do Estado Nacional e a centralização política: as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois se fazia necessária uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros. II. A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos, tornando viável a expansão marítima. III. Avanços técnicos na arte náutica: o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos - bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens à longa distância, como as naus e as caravelas. IV. Interesses econômicos: a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelos turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente. Após análise das afirmações acima podemos concluir que:
“As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna começaram a ser descobertos pelos europeus. E muitas crenças passadas de geração a geração foram conferidas, confirmadas, ou desmentidas. Eram crenças de que os oceanos eram povoados por animais gigantescos ou que em outros lugares habitavam seres estranhos e perigosos. Ou que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio do oceano, o que faria os navios caírem no nada."
(Disponível em: http://www.brazilsite.com.br/historia/desco/desco04.htm)
As viagens pelo oceano Atlântico, que receberam na historiografia a denominação de Expansão Marítima Europeia, tiveram como pano de fundo:
A primeira vista que encontrei as ilhas, dei o nome de San Salvador, em homenagem a Sua Alta Majestade, que maravilhosamente deu-me tudo isso.
Os índios chamam esta ilha de Guanaani. A segunda ilha dei o nome de Santa Maria de Concepción, a terceira, Fernandina, a quarta, Isabela, a quinta,
Juana, e assim a cada uma delas dei urn novo nome.
Cristovão Colombo. Carta a Santangel, 1493. In: TODOROV, T.
A Conquista da America: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
O processo de nomeação e renomeação realizado pelos europeus no contexto da conquista da America expressa.
Todo homem de bom juízo, depois que estiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens.
Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de
Os trechos a seguir foram selecionados da bula Romanus
Pontifex que, em 1455, o Papa Nicolau V emitiu para o Rei
Afonso V de Portugal.
4- (...) por outras cartas nossas concedemos ao dito rei Afonso
a plena e livre faculdade, entre outras, de invadir,
conquistar, subjugar quaisquer sarracenos e pagãos,
inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à
servidão e tudo aplicar em utilidade própria e dos seus
descendentes. Por esta mesma faculdade, o mesmo D.
Afonso ou, por sua autoridade, o Infante legitimamente a
adquiriram mares e terras, sem que até aqui ninguém sem
sua permissão neles se intrometesse, o mesmo devendo
suceder a seus sucessores (...).
5- (...) vigorando até para quanto foi adquirido antes da data
daquela faculdade, como para quanto posteriormente pode
ou possa ser conquistado aos infiéis e pagãos províncias e
ilhas, portos e mares, incluindo ainda a conquista desde os
cabos Bojador e Não até toda a Guiné e, além dela, toda a
extensão meridional: tudo declaramos pertencer de direito
‘in perpetuum’ aos mesmos D. Afonso e seus sucessores
(...).
8- Poderão fundar nessas terras igrejas ou mosteiros, para lá
enviar eclesiásticos seculares e, com autorização dos
superiores, regulares das ordens mendicantes (...).
11- Se alguém, indivíduo ou coletividade, infringir estas
determinações, seja excomungado, só podendo ser
absolvido se, satisfeitos o rei Afonso e seus sucessores ou o
Infante, eles nisso concordarem.
(http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/fontes_escritas/1_Jesuitico/an
naes_da_biblioteca.htm)
Nos trechos selecionados, o pontífice estabelece para o reino
de Portugal, seu rei e sucessores,
Sobre o período das navegações e os modelos de
colonização portuguesa, marque V para verdadeiro ou F
para falso e, em seguida, assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta.
( ) Ao final do século XIV, a revolução que resultou no
triunfo da dinastia de Avis foi substancial para
impulsionar a expansão marítima portuguesa.
( ) O modelo de colonização adotada no continente
africano visou ao adentramento e à exploração
máxima de seu território.
( ) Em um primeiro momento, a colonização do Brasil
foi preterida a outras regiões. Sua colonização só
passou a ser efetivada a partir da presença francesa
no atual Rio de Janeiro.
“Deus é o nosso objetivo, o mensageiro [Maomé] é o nosso
exemplo, o Alcorão é a nossa constituição, a jihad é o nosso
método e o martírio é o nosso desejo”.
(Hasan al–Banna, A mensagem dos ensinamentos, anos 1940)
Com essas palavras, o fundador da Irmandade Muçulmana
lançou as bases do movimento, defendendo
7.O uso do termo “descoberta” pela historiografia tradicional foi
submetido a um forte revisionismo crítico na obra A conquista
da América: a questão do outro (1982), de Tzvetan Todorov,
que propôs ler o episódio do encontro entre os europeus e os
índios como um modelo paradigmático para compreender o
processo de conhecimento de si, da descoberta que o “Eu” faz
do “Outro”.
Com base na perspectiva de Todorov, analise os relatos a
seguir.
1- “São o melhor povo do mundo e sobretudo o mais doce”.
(Cristóvão Colombo, Carta de 16 dezembro de 1492)
2- “Até pedaços de barris quebrados aceitavam, dando tudo o
que tinham, como bestas idiotas”. (Cristóvão Colombo, Carta a
Santangel, de fevereiro/março de 1493)
3- “Não há pior gente do que [estes] velhacos, que nunca
arriscam a vida face a face; saibam que, se os índios
encontram um ou dois homens isolados, é muito provável
que os matem”. (Cristóvão Colombo, Instruções a Mosen Pedro
Margarite, de 9 de abril de 1494)
Considerando os documentos apresentados acima, assinale
a alternativa que caracteriza corretamente a questão da
alteridade.
Os historiadores geralmente referem-se à “era dos descobrimentos" como as explorações marítimas pioneiras realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI em outros continentes. No que se refere ao pioneirismo de Portugal nesse processo, podemos afirmar que:
Com as Grandes Navegações os europeus conquistaram inúmeros territórios ao redor do mundo, ampliaram suas atividades econômicas e estabeleceram contato com diferentes culturas. Nesse processo de expansão, o contato dos europeus com os povos distantes caracterizou-se pelo
No século XV, o lucrativo comércio das especiarias - artigos de luxo - era praticamente monopolizado pelas cidades européias de
O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e dois países, estabelecia que Espanha, pretendeu resolver as disputas por colônias ultramarinas entre esses
No século XV, os portugueses iniciam uma progressiva conquista do litoral africano, que tem início com a tomada de Ceuta em 1415 e atinge o seu ápice com a conquista do Cabo das Tormentas em 1488. Instalam feitorias e abrem caminho para o tráfico negreiro, intensificado nos séculos seguintes. A presença das burguesias europeias no continente africano trouxe uma série de consequências, dentre as quais pode-se mencionar o(a):
Com relação às grandes navegações ocorridas nos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que, além de mera expansão geográfica, elas:
Durante séculos, inclusive antes do nascimento de Cristo, os mercadores foram os principais intermediários entre o que vinha de fora e o que já existia no continente africano. O comércio permitiu que povos distantes entrassem em contato com as populações nativas, o que facilitou a transmissão de conhecimentos e crenças. A longo prazo, a presença de alguns africanos e estrangeiros e as relações estabelecidas provocaram grandes mudanças nas sociedades locais.
Os povos de fora com os quais os africanos tiveram contato pela costa atlântica e uma consequência desse contato, são, respectivamente,