No século XV, navegadores europeus rumaram ao sul do Estreito de Gibraltar e alcançaram diferentes pontos da costa africana. Em 1492, a expedição de Colombo atravessou o Atlântico e desembarcou no Caribe. Em 1498 uma esquadra portuguesa alcançou Calicute, na Índia, e, em 1500, Cabral chegou ao Brasil. Esses eventos receberam diferentes nomes (descobrimentos, navegações etc.) e permitiram que os europeus conhecessem povos e culturas diferentes, bem como estabelecessem sistemas de trocas com eles.
A respeito dos descobrimentos e de aspectos relacionados a esses eventos, julgue o item a seguir.
A produção de açúcar para exportação, empregando-se mão de obra de trabalhadores escravizados, foi praticada em latifúndios nas ilhas atlânticas portuguesas, como nos Açores, na Madeira e em Cabo Verde.
Em 20 de março de 1602, mercadores holandeses fundaram a corporação a Companhia das Índias Orientais. A Companhia das Índias Orientais tinha como objetivo:
Numa das mais célebres obras de historiadores brasileiros, que se voltaram para tentar compreender a formação da sociedade brasileira, desde sua colonização até o século XIX, preocupando-se também com a singularidade da constituição da identidade nacional, Caio Prado Jr. asseverou ter existido um sentido da colonização empreendida pelos europeus a partir do século XIV e XV.
“A expansão marítima dos países da Europa, depois do século XV, expansão de que o descobrimento e a colonização da América constituem o capítulo que particularmente nos interessa aqui, origina-se de simples empresas comerciais levadas a efeito pelos navegadores daqueles países. Deriva do desenvolvimento do comércio continental europeu, que até o século XIV é quase unicamente terrestre, e limitado, por via marítima, a uma mesquinha navegação costeira e de cabotagem. Como se sabe, a grande rota comercial do mundo europeu que sai do esfacelamento do Império do Ocidente é a que liga por terra o Mediterrâneo ao mar do Norte, desde as repúblicas italianas, através dos Alpes, os cantões suíços, os grandes empórios do Reno, até o estuário do rio onde estão as cidades flamengas. No século XIV, à mercê de uma verdadeira revolução na arte de navegar e nos meios de transporte por mar, outra rota ligará aqueles dois polos do comércio europeu: será a marítima que contorna o continente pelo estreito de Gibraltar. Rota que, subsidiária a princípio, substituirá afinal a primitiva no grande lugar que ela ocupava. O primeiro reflexo dessa transformação, a princípio imperceptível, mas que se revelará profunda e revolucionará todo o equilíbrio europeu, foi deslocar a primazia comercial dos territórios centrais do continente, por onde passava a antiga rota, para aqueles que formam a sua fachada oceânica: a Holanda, a Inglaterra, a Normandia, a Bretanha e a península Ibérica." (PRADO JR; 2011, p.17-18)
Após a leitura do excerto, assinale a alternativa correta de acordo com a análise do autor.
A chamada expansão marítima marcou o início da Idade Moderna. A “descoberta” do continente americano iniciou-se a sistema colonial. Com relação a colonização da América assinale a alternativa incorreta.
Sobre a transição da sociedade feudal para a capitalista, no início da Idade Moderna assinale a alternativa CORRETA:
A descoberta do Brasil ocorreu no período das
grandes navegações, quando Portugal e Espanha
exploravam o oceano em busca de novas terras.
Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em
1492, Cristóvão Colombo, navegando pela
Espanha, chegou a América, fato que ampliou as
expectativas dos exploradores. Diante do fato de
ambos terem as mesmas ambições e com objetivo
de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e
Espanha assinaram um tratado em 1494 . De
acordo com este tratado, Portugal ficou com as
terras recém-descobertas que estavam a leste da
linha imaginária (370 léguas a oeste das ilhas de
Cabo Verde ), enquanto a Espanha ficou com as
terras a oeste desta linha.
Esse Tratado ficou conhecido como:
O período das grandes navegações e início da colonização ganhou expressividade a partir dos séculos XV e XVI. Esses intentos, aparentemente ousados, se deveram ao novo contexto e à mudança no pensamento do período, que vinha se desenvolvendo desde a Idade Média Ocidental. Acerca dessas mudanças, assinale a alternativa CORRETA:
Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, julgue o próximo item.
A exclusividade comercial do Brasil com a metrópole portuguesa foi rompida a partir da transferência da Corte portuguesa para o Brasil e da abertura dos portos às nações amigas.
A grande crise econômica europeia no final da Idade Média foi superada graças à expansão do comércio, que acabou levando à expansão marítima à chegada dos europeus na América. A retomada da atividade mercantil e seu acelerado crescimento caracterizam a:
A partir do século XV, a expansão marítima portuguesa pode ser entendida como parte do contexto maior de expansão comercial da Europa. Dentre as peculiaridades, que favoreceram Portugal neste processo, não está:
Alguns dos mais importantes fundamentos da civilização
ocidental foram lançados na Antiguidade Clássica (Grécia e
Roma). Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos,
entre os quais podem ser citados as artes, a filosofia, a política
e o direito. Nos mil anos que se seguem à queda de Roma, a
Europa se ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo
e verifica-se a ascendência, não apenas religiosa, de uma
instituição centralizada e de extrema capilaridade – a Igreja
Católica. A Baixa Idade Média anuncia profundas
transformações que atingem a culminância no início da Idade
Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se reinventa
geográfica, política e culturalmente. Em fins do século XVIII, a
partir da Inglaterra, a Revolução Industrial inaugura uma nova
era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue os
itens de 71 a 80, relativos à história do mundo ocidental.
Renascimento, Reforma religiosa e Estados nacionais assinalaram o início dos tempos modernos; a expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI alargou os horizontes do homem europeu, levando-o à Ásia, à África e à América.
África e América foram incorporadas à história ocidental a
partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do
início dos tempos modernos. O processo de exploração
colonial desses continentes seguiu a lógica econômica e
política que, na Europa, caracterizava a transição do
feudalismo ao capitalismo. Nas palavras de um ex-diretor
geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança
africana marcou, em maior ou menor grau, dependendo do
lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e agir de certas
nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao
norte do Brasil, passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico,
as contribuições culturais herdadas da África são visíveis por
toda parte; em certos casos, chegam a constituir os
fundamentos essenciais da identidade cultural de alguns
segmentos mais importantes da população".
Tendo por referência inicial as informações contidas no texto
acima e considerando aspectos significativos do ensino de
história, da história da América e de suas identidades, bem
como da história africana e de suas relações com o exterior,
julgue os itens de 81 a 90
A abertura do comércio atlântico no início da Idade Moderna alterou o sistema geoeconômico vigente e propiciou o desenvolvimento de um esquema mercantil triangular, ligando a Europa, a África e as Américas.
Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, julgue o próximo item.
O descobrimento do Brasil se insere no contexto das práticas mercantilistas, que pressupunham a intervenção do Estado na
implantação e na criação de condições favoráveis ao desenvolvimento de atividades econômicas.
Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 e responsável por dividir as terras descobertas e por descobrir entre as Coroas de Castela e o Reino de Portugal, não podemos afirmar que:
Considerando o contexto histórico da época Moderna apresentado no texto precedente, julgue o próximo item.
A produção dos engenhos das Alagoas na Capitania de Pernambuco voltava-se essencialmente ao consumo interno da
população urbana que surgia na região, apesar da importância do açúcar para o comércio internacional da metrópole portuguesa.