Atenção: Para responder às questões de números 41 a 47, baseie-se no texto abaixo.
A profecia de Frankenstein
Em 1818, Mary Shelley publicou Frankenstein, a história de um cientista que tenta criar um ser superior e, em vez disso, cria um monstro. Nos últimos dois séculos, essa história foi contada repetidas vezes em inúmeras variações, tornando-se o tema central de nossa nova mitologia científica. À primeira vista, a história de Frankenstein parece nos advertir de que, se tentarmos brincar de Deus e criar vida, seremos punidos severamente. Mas a história tem um significado mais profundo.
O mito de Frankenstein confronta o Homo sapiens com o fato de que os últimos dias deste estão se aproximando depressa. A não ser que alguma catástrofe nuclear ou ecológica intervenha, diz a história, o ritmo do desenvolvimento tecnológico logo levará à substituição do Homo sapiens por seres completamente diferentes que têm não só uma psique diferente como também mundos cognitivos e emocionais muito diferentes. Isso é algo que a maioria dos sapiens considera extremamente desconcertante. Gostaríamos de acreditar que, no futuro, pessoas exatamente como nós viajarão de planeta em planeta em espaçonaves velozes. Não gostamos de considerar a possibilidade de que, no futuro, seres com emoções e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja tomado por formas de vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.
De algum modo, encontramos conforto na fantasia de que o Dr. Frankenstein pode criar apenas monstros terríveis, a quem deveríamos destruir a fim de salvar o mundo. Gostamos de contar a história dessa maneira porque implica que somos os melhores de todos os seres, que nunca houve e nunca haverá algo melhor do que nós. Qualquer tentativa de nos melhorar inevitavelmente fracassará, porque, mesmo que nosso corpo possa ser aprimorado, não se pode tocar o espírito humano.
Teríamos dificuldade de engolir o fato de que os cientistas poderiam criar não só corpos, como também espíritos e de que os doutores Frankenstein do futuro poderiam, portanto, criar algo verdadeiramente superior a nós, algo que olhará para nós de modo tão condescendente quanto olhamos para os neandertais.
(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018, p. 423-424)
As normas de concordância verbal, considerado o padrão da norma culta, estão plenamente observadas na frase:
Texto I
Texto para as questões 1 a 19

Falta incentivo para a prevenção. Infelizmente, não tem em grande escala. Ainda existe um preconceito muito grande em relação à saúde mental e à busca por ajuda de psicólogos e psiquiatras... (linhas 26 e 27)
Assinale a alternativa em que a passagem para o plural e alterações estruturais no segmento acima tenham sido feitas segundo a norma culta.
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a concordância nominal está correta na palavra destacada em:

Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto , julgue os item seguinte.
No último parágrafo, a forma verbal “trouxe” está flexionada no singular para concordar com o termo “atração inédita”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo da correção gramatical do texto, pela forma verbal trouxeram, caso em que a concordância verbal passaria a ser estabelecida com o segmento “A inovação e a tecnologia”.
Assinale a alternativa que corresponde ao termo com o qual a forma verbal “virou” (linha 22) concorda em número.
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item
No terceiro período do primeiro parágrafo, seria gramaticalmente correto incluir acento diferencial na forma verbal “tem” — escrevendo-se têm — a fim de que a concordância verbal passasse a ser estabelecida com os termos “da informação” e “da comunicação”.
A substituição do sintagma destacado pelo sugerido entre parênteses provoca alteração na forma verbal em:
Em que frase o verbo destacado está flexionado, quanto a número e pessoa, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa?

No que concerne à correção gramatical e à coerência das substituições propostas para vocábulos e trechos destacados do texto, julgue o item
“vem” (linha 26) por vêm
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
No trecho “havia tempos” (segundo parágrafo), a substituição de “havia” por faziam prejudicaria a correção gramatical do texto.
A concordância verbal está de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, na forma verbal destacada em:
Para responder a questão, leia com atenção o texto a seguir.
Atenção ao sábado
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento, e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
(...)
Clarice Lispector
Para não Esquecer, Editora Siciliano – São Paulo, 1992.
Analise o texto de Clarice Lispector e marque (V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) O texto começa expressando a dúvida da autora sobre o sábado ser a “rosa da semana” e essa dúvida perpassa todo o texto transcrito.
( ) A chuva, no sábado, deixa veladas as características que definem o dia, por isso, para a autora, é o elemento que impede que o sábado seja a rosa da semana.
( ) No texto de Clarice Lispector, prevalece a função poética da linguagem, embora o tipo de texto seja dissertativo.
( ) Nas orações, “vou ver se o quintal vai estar cheio de abelhas” e em “se chovia”, os termos grifados expressam-se como conjunção integrante.
Marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Concordância é uma propriedade gramatical das línguas naturais que reflete certas relações sintáticas estabelecidas entre termos da oração e entre termos internos aos sintagmas. Sobre a concordância nominal e a concordância verbal, atribua V para verdadeiro e F para falso:
( ) Percebi que a garota é meia ortodoxa.
( ) Os alunos leram bastantes livros durante as aulas.
( ) Os alunos acharam bastante difíceis as atividades.
( ) 58% acham difícil escolher o melhor professor.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo.