
No que se refere aos sentidos do texto I, julgue os próximos itens.
A expressão “armar ali a minha tenda" (l.3) foi empregada no texto em sentido figurado.

Acerca de aspectos linguísticos e dos sentidos do texto acima,
julgue os itens que se seguem.
A Real Livraria foi erguida com os destroços resultantes do
terremoto que atingiu Lisboa, como símbolo da força de
Portugal na superação da tragédia que acabava de assolar o
País.
No texto CB1A2AAA, a palavra “aversão" (R.6) foi empregada no
sentido de
Texto I
Mundo interior
(Martha Medeiros)
A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a
representação exata e fiel do nosso mundo interior. Li esta
frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas traduzem tão
bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não
se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como
teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam
capazes de ter seus códigos secretos de instalação.
No entanto, estamos falando de quem pode ter um
endereço digno, seja seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles
apartamentos amplos, com pé direito alto e preço mais alto
ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário:
na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não
revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros
valores.
Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade
de metros quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa.
Se é uma casa colorida ou monocromática. Se tem objetos
obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador
profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas
por porta-retratos ou se há paredes nuas.
Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar
na geladeira, se temos a mania de deixar as janelas sempre
fechadas, se há muitas coisas por consertar. Isso também é
estilo de vida.
Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma
esquizofrenia saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou
tudo de brique? É um jogo lúdico tentar descobrir o quanto há
de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade.
Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que
nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos
nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?
Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas
reina a confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão
lindas, tão perfeitas que parecem cenários: faz falta um cheiro
de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas escuras. Há
casas feias por fora e bonitas por dentro. Há casas pequenas
onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira
que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e
impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas
com desníveis, casas divertidamente irregulares.
Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come
e vê televisão, mas nossa casa é muito mais que isso. É a
nossa caverna, o nosso castelo, o esconderijo secreto onde
coabitamos com nossos defeitos e virtudes.
Por se tratar de uma crônica, a autora privilegia uma modalidade mais informal de uso da língua. Assinale a opção em que se verifica um exemplo de informalidade.
No texto, o autor propõe-se a apresentar os motivos pelos quais viveu. Sobre eles e a visão de mundo proposta, é correto afirmar que:
Com referência às ideias e aos sentidos do texto CB3A1BBB,
julgue os itens a seguir.
A partir do trecho “Nem uma nem outra coisa" (R. 6 e 7), a
autora apresenta ideias antagônicas para desconstruir
estereótipos associados à mulher brasileira.
Com relação às ideias do texto CB1A1AAA, julgue os itens a
seguir.
Infere-se do primeiro parágrafo do texto que, desde a
juventude, Ana considerava o casamento e a maternidade sua
vocação inata, ou seja, seu destino de mulher.
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue os
próximos itens.
A oração “por me fazer feliz" (R.5) expressa uma ideia de
finalidade.
Com relação às ideias desenvolvidas no texto CB3A1AAA, julgue
os itens subsequentes.
Somente após receber a herança da tia, a narradora tornou-se
uma mulher independente, capaz de governar-se pelos próprios
meios.
Com referência às ideias e aos sentidos do texto CB3A1BBB,
julgue os itens a seguir.
A partir do trecho “Nem uma nem outra coisa" (R. 6 e 7), a
autora apresenta ideias antagônicas para desconstruir
estereótipos associados à mulher brasileira.
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB3A1BBB, julgue
os itens que se seguem.
O sentido original e a correção gramatical do texto seriam
preservados caso o primeiro período fosse reescrito da seguinte
maneira: A concepção do europeu acerca da mulher brasileira
é demasiado falsa.
Um processo direcional na vida
Quer falemos de uma flor ou de um carvalho, de uma minhoca ou de um belo pássaro, de uma maçã ou de uma
pessoa, creio que estaremos certos ao reconhecermos que a vida é um processo ativo, e não passivo. Pouco importa
que o estímulo venha de dentro ou de fora, pouco importa que o ambiente seja favorável ou desfavorável. Em qualquer
uma dessas condições, os comportamentos de um organismo estarão voltados para a sua manutenção, seu crescimento
e sua reprodução. Essa é a própria natureza do processo a que chamamos vida. Esta tendência está em ação em todas
as ocasiões. Na verdade, somente a presença ou ausência desse processo direcional total permite-nos dizer se um dado
organismo está vivo ou morto.
A tendência realizadora pode, evidentemente, ser frustrada ou desvirtuada, mas não pode ser destruída sem que
se destrua também o organismo. Lembro-me de um episódio da minha meninice, que ilustra essa tendência. A caixa em
que armazenávamos nosso suprimento de batatas para o inverno era guardada no porão, vários pés abaixo de uma
pequena janela. As condições eram desfavoráveis, mas as batatas começavam a germinar – eram brotos pálidos e
brancos, tão diferentes dos rebentos verdes e sadios que as batatas produziam quando plantadas na terra, durante a
primavera. Mas esses brotos tristes e esguios cresceram dois ou três pés em busca da luz distante da janela. Em seu
crescimento bizarro e vão, esses brotos eram uma expressão desesperada da tendência direcional de que estou falando.
Nunca seriam plantas, nunca amadureceriam, nunca realizariam seu verdadeiro potencial. Mas sob as mais adversas
circunstâncias, estavam tentando ser uma planta.
A vida não entregaria os pontos, mesmo que não pudesse florescer. Ao lidar com clientes cujas vidas foram
terrivelmente desvirtuadas, ao trabalhar com homens e mulheres nas salas de fundo dos hospitais do Estado, sempre
penso nesses brotos de batatas. As condições em que se desenvolveram essas pessoas têm sido tão desfavoráveis que
suas vidas quase sempre parecem anormais, distorcidas, pouco humanas. E, no entanto, pode-se confiar que a
tendência realizadora está presente nessas pessoas. A chave para entender seu comportamento é a luta em que se
empenham para crescer e ser, utilizando-se dos recursos que acreditam ser os disponíveis. Para as pessoas saudáveis, os
resultados podem parecer bizarros e inúteis, mas são uma tentativa desesperada da vida para existir. Esta tendência
construtiva e poderosa é o alicerce da abordagem centrada na pessoa.
(Carl Rogers. Um jeito de ser. São Paulo: E.P.U., 1983.)
Acerca da estratégia utilizada para expor as ideias no primeiro período do texto, pode-se afirmar que
Considerando o conteúdo apresentado para a pergunta “É possível formar bons leitores em sala de aula?” estaria coerente a resposta apresentada de forma sintetizada a seguir: