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A história da educação brasileira é marcada pela recorrência de evasões, repetências e uma série de outros fatores negativos 
que são geralmente classificados como fracasso escolar, como nos atestam alguns trabalhos críticos nessa área.

(Silva, Barros, Halpern, & Silva, 2003.)

O fracasso escolar apresenta-se, dessa forma, como uma realidade indissociável da história da educação e do processo de escolarização das classes populares no Brasil. Por ser um problema antigo de nossa educação, é, também, objeto de inúmeras discussões e debates científicos e políticos que buscam aumentar a compreensão e apontar uma solução (que sempre se deseja definitiva) para a questão. Neste sentido, várias ideias e teorias ofereceram explicações sobre as causas do fracasso escolar, tornando o tema um dos mais estudados na área da educação e da psicologia da educação. Considerando as principais ideias ou teorias acerca do 
ensino, destaca-se que, a partir do início da década de setenta, as explicações que até então se centravam sobre as características 
individuais dos alunos, deslocaram-se para a família e para o ambiente. Dentro dessa perspectiva, encontra-se uma teoria que 
postula o fracasso escolar ocorrendo devido à privação cultural do aluno em decorrência das suas precárias condições de vida. Essa 
teoria incentivou o desenvolvimento de projetos de educação compensatória no país, contribuindo para o aprofundamento da má 
qualidade da escola oferecida ao povo, na medida em que justifica um barateamento do ensino que acaba realizando a profecia, 
segundo a qual, os pobres não têm capacidade suficiente para o sucesso escolar. Sobre o exposto, trata-se da seguinte teoria:

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