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Texto II
Redes sociais, perigos e 
distorção da realidade


   Os jovens de hoje são filhos de uma sociedade do consumo – não só de bens materiais, mas também 
de informação. Este mundo tecnológico em que vivemos promove constantemente mudanças no jeito 
humano de se relacionar, e as redes sociais são fruto desse movimento. As pessoas nascidas neste milênio, 
em especial, são muito íntimas dos espaços virtuais de interação, os quais, para a maioria das pessoas, 
representam uma ponte com o “mundo real”.
   As redes sociais, no entanto, potencializam os equívocos na compreensão do que é a vida. “Por terem 
facilidade em manusear os dispositivos e lidar com suas funcionalidades, os adolescentes, e até mesmo as 
crianças, passam a acreditar que o mundo das telas é o mundo legal e seguro, enquanto que o que está fora 
das telas é chato”, diz a especialista em Psicologia do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e 
Desenvolvimento (CIPP) do Grupo Positivo, Maísa Pannuti.
   Nesse sentido, para esses jovens, as redes sociais tornaram-se de fato uma nova realidade, caracterizada 
por uma sociedade de perfis. Conforme explica a psicóloga escolar, a hiperexposição é um dos retratos 
dessa distorção de percepções à qual os jovens estão submetidos: tudo o que é valorizado socialmente é 
exposto e aquilo que não é valorizado socialmente é escondido. Há, inclusive, uma falta de diferenciação 
entre o que é público e o que é privado.
   “Desse modo, surgem perfis que não correspondem à realidade. Afinal, a natureza das relações sociais é 
bastante diversa da natureza das relações que se estabelecem no mundo digital”. Nesse processo, todas 
as respostas virtuais – os likes, os compartilhamentos, os seguidores, etc. – acabam se tornando não apenas 
reais, mas cruciais. “Surge a ilusão de que o olhar do outro é o que garante a minha sobrevivência”, 
complementa.
   

   (Disponível em: https://g1.globo.com/pr/parana/especialpublicitario/colegio-positivo/para-um-futuropositivo/noticia/2021/11/18/redes-sociais-perigos-e-distorcao-darealidade.ghtml. Acesso em 11/10/2023

Na primeira frase do texto, o conectivo “mas também” relaciona ideias introduzindo um 
valor semântico de: 

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