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TEXTO I

A planta de Belo Horizonte

   Foi muito grande o contraste entre a nova capital e as antigas vilas coloniais mineiras, nascidas das necessidades das populações do século XVIII, que se desenvolveram sem nenhum planejamento. A futura capital seria inovadora, moderna e progressista. Assim, oprojeto urbanístico que o engenheiro paraense Aarão Reis elaborou para Belo Horizonte causou curiosidade e entusiasmo.
   É digno de atenção observar os nomes que foram dados às ruas de Belo Horizonte: estados brasileiros, tribos indígenas, rios etc. Mencioná-los era uma verdadeira aula de estudos sociais. Era, inclusive, uma forma de ensinar a população, ainda carente de ensino formal.

Disponível em: www.descubraminas.com.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).

TEXTO II

Ruas da cidade
Guaicurus, Caetés, Goitacazes
Tupinambás, Aimorés
Todos no chão

Guajajaras, Tamoios, Tapuias
Todos Timbiras, Tupis
Todos no chão

A parede das ruas não devolveu
Os abismos que se rolou
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial, arraial

Passa bonde, passa boiada
Passa trator, avião
Ruas e reis

Guajajaras, Tamoios, Tapuias
Tupinambás, Aimorés
Todos no chão

A cidade plantou no coração
Tantos nomes de quem morreu
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial, arraial

A parede das ruas não devolveu
Os abismos que se rolou
Horizonte perdido no meio da selva

BORGES, L.; BORGES, M. In: NASCIMENTO, M.
Clube da esquina 2
. Rio de Janeiro: EMI, 1978 (fragmento).

Os textos abordam a preservação da memória e da identidade nacional, presente na nomeação das ruas belorizontinas. Quais versos do Texto II contestam o projeto arquitetônico descrito no Texto I?

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