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“O cidadão era um cara, na época dos meus pais, muito bom de grana. É verdade. O cidadão era o chique, era o rico. Ele era o dono do comércio, o dono de uma firma... O trabalhador não era cidadão não. Isso não existia. O trabalhador era um peão. Peão, peão, peão toda a vida. Meu pai veio para São Paulo como um simples agricultor e morreu como um servente de obra. Mas ele cumpriu suas obrigações, cumpriu todos os seus deveres. E, quando ia a algum lugar e precisava de algum direito, ninguém tratava como cidadão. Eles tratavam como um marginal, como se fosse um lixo. Eu vi isso e vivi isso também. A injustiça me deixava com muita raiva". [morador da periferia de São Paulo, falando sobre seu pai e a cidadania no Brasil entre os anos de 1930 a 1970]. HOLSTON, James. Cidadania insurgente: disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

Considerando a narrativa sobre a cidadania, avalie as seguintes afirmações:

I. A cidadania, no Brasil, é um fenômeno que percorre a formação de uma república democrática e evidencia a dignidade do trabalhador como sujeito de direito.

II. O trabalhador brasileiro nem sempre encontrou reconhecimento social e garantias que retratam a sua dignidade como sujeito de direito.

III. Historicamente, o reconhecimento do trabalhador como cidadão, no Brasil, funciona como meio de demarcar as pessoas que são dignas ou não de ter acesso a direitos.

É correto o que se afirma em

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