Em 1968, o artista plástico Hélio Oiticica utilizou uma foto do traficante “Cara de Cavalo" publicada em um jornal da época e inseriu a seguinte frase:
“
Seja Marginal, Seja Herói".
No mesmo ano, redigiu o fragmento a seguir
“Hoje, recuso-me a qualquer prejuízo de ordem condicionante: faço o que quero e minha tolerância vai a todos os limites, a não ser o da ameaça física direta: manter-se integral é difícil, ainda mais sendo-se marginal: hoje sou marginal, não marginal aspirando à pequena burguesia ou ao conformismo, o que acontece com a maioria, mas marginal mesmo: à margem de tudo, o que me dá surpreendente liberdade de ação e para isso preciso ser apenas eu mesmo segundo meu princípio de prazer: mesmo para ganhar a vida faço o que me agrada no momento".
(OITICICA, Hélio e CLARK, Lygia: Cartas, UFRJ, 1996)
No jornal Estandarte e no fragmento, Oiticica manifesta sua posição política e artística. Nesses dois testemunhos, o artista: