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TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 04

A situação fiscal dos Estados é mais

delicada do que seus próprios governos

faziam parecer. Dados divulgados nesta

quinta-feira, 20, pelo Tesouro Nacional

revelam que o rombo da Previdência estadual

é na verdade R$ 18 bilhões maior do que o

informado pelos governos regionais. Eles

estão descumprindo limites previstos pela Lei

de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos

com pessoal. Em meio a esse quadro, o

Tesouro rebaixou as notas de classificação de

10 Estados, e agora apenas 14 unidades da

federação estão aptas a receber garantias da

União para novos empréstimos.

O boletim do Ministério da Fazenda

evidencia a “maquiagem" feita pelos

governos estaduais em suas contas. No caso

da Previdência, os Estados declararam um

custo de R$ 59,119 bilhões no ano passado.

Mas a metodologia do Programa de

Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF),

calculado pelo Tesouro e que utiliza

informações de execução orçamentária dos

Estados, aponta um déficit maior, de R$

77,072 bilhões em 2015.

Mais da metade dessa diferença - R$

10 bilhões - foi encontrada nas contas do Rio,

Estado que está em moratória e que entre

2009 e 2015 aumentou em 70% as despesas

com pessoal, das quais mais da metade com o

pagamento dos servidores inativos. O Rio

informou que o déficit da Previdência dos

seus servidores no ano passado foi de apenas

R$ 542,09 milhões, mas o Tesouro detectou

um rombo de R$ 10,84 bilhões.

Além do Rio, as maiores diferenças

foram encontradas nas contas dos Estados que

enfrentam maiores dificuldades financeiras,

como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O

governo mineiro apresentou um déficit de R$

10,06 bilhões, mas para o Tesouro é de R$

13,90 bilhões. Já o governo gaúcho informou

que seu déficit era de R$ 7,59 bilhões, ante

um rombo de R$ 8,97 bilhões encontrado

pelos técnicos do Tesouro. Em Goiás, a

diferença chega a quase R$ 500 milhões.

O boletim ainda mostra que oito

Estados estão fora dos limites da LRF para

pagamento de despesas com pessoal pelo

critério do Tesouro - a lei prevê um máximo

de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL).

Pelo critério dos próprios governos estaduais,

apenas dois estariam desenquadrados.

A situação do Rio é uma das que

chamam a atenção. O Estado aponta que suas

despesas com pessoal estão em 41,77% da

RCL, ou seja, bem abaixo do porcentual

estabelecido pela lei. Mas o quadro detectado

pelos técnicos do Tesouro mostra que a

relação já chega a 62,84%. Já o governo de

Minas Gerais, que tem a maior parcela

comprometida com pessoal (78%) segundo o

Tesouro, alega, no entanto, que essa despesa

responde por apenas 57,33%.

A discrepância acontece porque

muitos Estados criam exceções à

classificação, abrindo brechas para que o

número apresentado seja mais benigno.

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,alivio-comrenegociacao-da-divida-dos-estados-deve-ser-temporario-diztesouro,10000083329

- Acessado em 21/10/2016

Qual o Estado responsável por mais da metade da diferença de R$ 18 bilhões, verificada pelo Tesouro Nacional no rombo da Previdência Estadual?

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