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Milhares de questões atuais de concursos.

Texto para responder às questões de 01 a 10.

Dificilmente, em uma ciência-arte como a

Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa

asseverar com 100% de certeza. Isso porque há

áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras

diversas, a depender do observador e do observado.

Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria

forense que é 100% de certeza e não está sujeito a

interpretação ou a dissimulação por parte de quem

está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados

do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras,

mostra características comportamentais

indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser

tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que

não admite variáveis? Resposta: todos os crimes,

sem exceção, são como fotografias exatas e em

cores do comportamento do indivíduo. E como o

psiquismo é responsável pelo modo de agir, por

conse guinte , tem os em todos os crim es,

obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da

mente de quem os praticou.

Por exemplo, o delito foi cometido com

multiplicidade de golpes, com ferocidade na

execução, não houve ocultação de cadáver, não se

verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que

esses dados já aconteceram. Portanto, são

insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas

características comportamentais que teremos algo

do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso

específico, infere-se que a pessoa é explosiva,

impulsiva e sem freios, provável portadora de algum

transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum

estreitamento de consciência, no qual o sentimento

invadiu o pensamento e determinou a conduta.

Em outro exemplo, temos homicídio praticado

com um só golpe, premeditado, com ocultação de

cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os

dados apontam para o lado do criminoso comum, que

entendia o que fazia.

Claro que não é possível, apenas pela

morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do

criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o

delito foi praticado que se encontram características

100% seguras da mente de quem o praticou, a

evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos

exatamente algo, seja muito ou pouco, do

momento em que foi registrada. Em suma, a forma

como as coisas foram feitas revela muito da pessoa

que as fez.

PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100

(ed. comemorativa), p. 82.

Altera-se o sentido fundam ental de: “algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta" com a substituição da preposição “em”, que rege o relativo “o qual”, por:

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