Sobre a Fortaleza do século XIX, examine as asserções seguintes:
1 - O crescimento de Fortaleza se evidencia em seu “aformoseamento”, na oferta de serviços urbanos e na adoção de uma
infraestrutura razoável. Passa a ter transporte coletivo por bondes de tração animal, calçamento nas ruas centrais, linhas de
telégrafo e de vapor para a Europa e Rio de Janeiro, iluminação a gás carbônico, telefonia, biblioteca pública, bons educandários
(como o Liceu e o Colégio Imaculada Conceição), seminário (o da Prainha), jornais etc.
2 - É a chamada Belle Époque. As elites inspiravam-se nos valores “civilizados” da Europa – luvas, chapéus, casacos, nomes
franceses, ideias do velho mundo. O Passeio Público era local de encontros, lazer e de mostrar a “civilidade”. Os intelectuais
reuniam-se nos famosos “cafés” (quiosques) da Praça do Ferreira. Num desses cafés, o Java, em 1892, formar-se-ia a mais irônica e
crítica associação de letrados cearenses, a Padaria Espiritual.
3 - Em 1875, o engenheiro pernambucano Adolfo Herbster elabora um plano urbanístico, objetivando disciplinar a expansão da
cidade através do alinhamento de suas ruas e da abertura de novas avenidas. Esse ordenamento de construção, desde o século XIX,
de ruas largas e grandes avenidas, perdura até os dias de hoje.
4 - Com o crescimento de Fortaleza, verificou-se uma preocupação do poder público e das elites em controlar e disciplinar as
camadas populares da cidade, pois, com a construção e melhoria de estradas e ferrovias, como a Estrada de Ferro Fortaleza Baturité
(EF(B), inaugurada em 1873, e a intensa migração rural-urbana, principalmente na época das secas, a exemplo da de 1877-79, a
população considerada pobre migrou com grande intensidade para Fortaleza.
São corretos os itens: