A exemplo do que ocorrera em outros países do Ocidente, a
menoridade foi no Brasil um dos primeiros objetos de discursos
psicológicos, mesmo quando ainda não havia sido regulamentada
a profissão de psicólogo, inserindo-se nos aparelhos de controle
judiciário e pedagógico. Contudo, na vigência do primeiro código
de menores, o que predominava era o higienismo médico, cujas
propostas educativas estavam associadas à atribuição de falhas
da infância na etiologia do anormal.
Desse modo, segundo Jacques Donzelot, desde o século XIX, a
infância tornou-se central para: