A contagem de bois
Em cada parada ou pouso, para jantar ou dormir,
os bois são contados, tanto na chegada quanto na saída.
Nesses lugares, há sempre um potreiro, ou seja,
determinada área de pasto cercada de arame, ou
mangueira, quando a cerca é de madeira. Na porteira de
entrada do potreiro, rente à cerca, os peões formam a
seringa ou funil, para afinar a fila, e então os bois vão
entrando aos poucos na área cercada. Do lado interno, o
condutor vai contando; em frente a ele, está o marcador,
peão que marca as reses. O condutor conta 50 cabeças e
grita: — Talha! O marcador, com o auxílio dos dedos das
mãos, vai marcando as talhas. Cada dedo da mão direita
corresponde a 1 talha, e da mão esquerda, a 5 talhas.
Quando entra o último boi, o marcador diz: — Vinte e cinco
talhas! E o condutor completa: — E dezoito cabeças. Isso
significa 1.268 bois.
Boiada, comitivas e seus peões. In: O Estado de São Paulo,
ano VI, ed. 63, 21/12/1952 (com adaptações).
Para contar os 1.268 bois de acordo com o processo
descrito acima, o marcador utilizou