Leia o fragmento a seguir.
Não resta dúvida de que todo o nosso conhecimento começa pela experiência;
efetivamente, que outra coisa poderia despertar e pôr em ação a nossa capacidade de
conhecer senão os objetos que afetam os sentidos e que, por um lado, originam por si
mesmos as representações e, por outro lado, põem em movimento a nossa faculdade
intelectual e levam-na a compará-las. Ligá-las ou separá-las, transformando assim a
matéria bruta das impressões sensíveis num conhecimento que se denomina experiência?
Assim, na ordem do tempo, nenhum conhecimento precede em nós a experiência e é com
esta que todo conhecimento tem o seu início. Se, porém, todo o conhecimento se inicia
com a experiência, isso não prova que todo ele derive da experiência.
KANT. Critica da razão pura. Trad. Manuela Pinto dos Santos. 3a. ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994 p.36-37
A partir desse fragmento e de outras informações sobre a teoria kantiana do
conhecimento, é CORRETO afirmar que