Foi em meados da década de 70 que a União
Soviética começou a perder o "bonde da história". Ficava
evidente, mesmo para os próprios soviéticos, que o
império vermelho era uma superpotência apenas pelo
poderio militar, pelo arsenal nuclear e pela capacidade de
destruição em massa. Devido ao seu baixo dinamismo
econômico, a produtividade industrial não acompanhava,
nem de longe, os avanços dos países capitalistas
desenvolvidos mais competitivos. Seu parque industrial,
sucateado, era incapaz de produzir bens de consumo em
quantidade e qualidade suficientes para abastecer a
própria população. As filas intermináveis eram parte do
cotidiano dos soviéticos e o descontentamento se
generalizava.
Em outras palavras, na União Soviética,