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A história está cheia de exemplos sobre a força que uma entrevista tem em certas circunstâncias. A entrevista de Getúlio Vargas a Samuel Wainer na estância gaúcha do ex­ presidente, publicada por O Jornal, do Rio de Janeiro, em 1949, abriu caminho para a volta do ditador ao poder. A entrevista de Pedro Collor provocou o impeachment de Fernando Collor e o desbaratamento do Esquema Pc. As entrevistas em of! conseguidas por Carl Bernstein e Bob Woodward, no caso Watergate, levaram à renúncia do homem mais poderoso do mundo, o presidente dos EUA Richard Nixon. Costuma-se datar o início da revolução sexual feminina, no Brasil, a partir da entrevista que Leila Diniz deu ao Pasquim, em 1969, ao chegar dos EUA.

Constrangimentos entre entrevistador e entrevistado fazem parte da atividade da imprensa. Geralmente os homens públicos, que têm mais experiência no contato com a mídia, não se surpreendem. Nilson Lage dá um determinado nome ao tipo de entrevista em que o repórter assume o papel de inquisidor, despejando cusações sobre o entrevistado e contra-argumentando, eventualmente com veemência, com base em algum dossiê ou conjunto acusatório. O repórter atua, então, como promotor em um julgamento informal. A tática é comum em jornalismo panfletário, quando se pretende 'ouvir o outro lado' sem lhe dar, na verdade, condições razoáveis de expor seus pontos de vista. O autor reconhece que muitas vezes tal estratégia pode se transformar num espetáculo de constrangimento, principalmente quando transmitida ao vivo, no rádio ou na televisão. Como Nilson Lage define esse tipo de entrevista?

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