Leia o fragmento a seguir.
“A imaginação sociológica exige que pensemos fora das rotinas
familiares de nossas vidas cotidianas, a fim de que as
observemos de modo renovado. Considere o simples ato de
tomar uma xícara de café. Ele não é somente um refresco. Ele
possui valor simbólico como parte de nossas atividades sociais
diárias. Frequentemente, o ritual associado a beber café é
muito mais importante do que o ato de consumir a bebida
propriamente dita. Em segundo lugar, o café é uma droga, por
conter cafeína. O café é uma substância que cria dependência,
mas os viciados em café não são vistos pela maioria das
pessoas na cultura ocidental como usuários de drogas. Como o
álcool, o café é uma droga socialmente aceita, enquanto a
maconha, por exemplo, não o é.” No entanto, há sociedades
que “toleram o consumo da maconha ou, até mesmo, da
cocaína, mas desaprovam o café e o álcool. Os sociólogos estão
interessados no porquê da existência de tais contrastes”.
(Adaptado de GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 24.
Grifos do autor.)
O exercício de análise baseado na imaginação sociológica,
proposto por Anthony Giddens, é um exemplo da adoção de
uma orientação denominada