A implantação do projeto político centralizador do Estado
imperial brasileiro, defendido pelo bloco de poder a que
se refere o texto acima, estendeu-se por mais de uma dé-
cada. O auge desse processo costuma ser identificado
com a ascensão ao ministério do grupo do Partido Conservador
liderado pela “Trindade Saquarema”, em fins da
década de 1840
Uma das medidas centralizadoras desse ministério foi a
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois
gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e
severo para uma economia de base tão estreita. Lopez
precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse
vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org).
História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: Edusp , 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas
importantes para o Brasil, pois
Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Indepedência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois
Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos “barões do café”, para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
Ó sublime pergaminho
Libertação geral
A princesa chorou ao receber
A rosa de ouro papal
Uma chuva de flores cobriu o salão
E o negro jornalista
De joelhos beijou a sua mão
Uma voz na varanda do paço ecoou:
“Meu Deus, meu Deus
Está extinta a escravidão"
MELODIA, Z.; RUSSO, N.; MADRUGADA, C. Sublime Pergaminho. Disponível em http://
www. letras.terra.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.
O samba–enredo de 1968 reflete e reforça uma
concepção acerca do fim da escravidão ainda viva em
nossa memória, mas que não encontra respaldo nos
estudos históricos mais recentes. Nessa concepção
ultrapassada, a abolição é apresentada como
Negro, filho de escrava e fidalgo português, o baiano Luiz Gama fez da lei e das letras suas armas na luta pela liberdade. Foi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai para cobrir dívidas de jogo. Sabendo ler e escrever, aos 18 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido livre. Autodidata, advogado sem diploma, fez do direito o seu ofício e transformou-se, em pouco tempo, em proeminente advogado da causa abolicionista.
AZEVEDO, E. O Orfeu de carapinha. In: Revista de Historia. Ano 1, n.º 3. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, jan. 2004 (adaptado).
A conquista da liberdade pelos afro-brasileiros na segunda metade do séc. XIX foi resultado de importantes lutas sociais condicionadas historicamente. A biografia de Luiz Gama exemplifica a
Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado).
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma repercussão.
DORATIOTO, F. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai.
São Paulo: Cia das Letras, 2002 (adaptado).
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
A introdução de trabalhadores livres na economia brasileira, a partir da segunda metade do século XIX, está ligada à:
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos
urbanos no início do século XIX. Lembrando que as
atividades desempenhadas por esses trabalhadores eram
diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
O período regencial que teve início em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, foi marcado por agitações e instabilidade. Ocorrem mudanças na Constituição de 1824, com a aprovação de um ato adicional que preconizava a:
Os ex–escravos abandonam as fazendas em que
labutavam, ganham as estradas à procura de terrenos
baldios em que pudessem acampar, para viverem livres
como se estivessem nos quilombos, plantando milho e
mandioca para comer. Caíram, então, em tal condição
de miserabilidade que a população negra se reduziu
substancialmente. Menos pela supressão da importação
anual de novas massas de escravos para repor o
estoque, porque essas já vinham diminuindo há
décadas. Muito mais pela terrível miséria a que foram
atirados. Não podiam estar em lugar algum, porque,
cada vez que acampavam, os fazendeiros vizinhos se
organizavam e convocavam forças policiais para
expulsá–los.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e sentido do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.221.
Comparando–se a linguagem do quadro acima, de
Pedro Américo, A Libertação dos Escravos, com o
texto de Darcy Ribeiro, percebe–se que
No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e
comandou um Conselho de Estado que concluiu a
primeira Constituição Brasileira, que, outorgada em 1824,
estabeleceu quatro poderes assim configurados.
Nesses quatro poderes,
A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).
Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,
A liderança política do processo de
independência das colônias foi decisiva para os rumos
que as novas nações tomaram, pois as elites evitaram
que as reivindicações mais radicais fossem atendidas,
marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria.
A ruptura dos laços coloniais não significou o surgimento
de uma sociedade democrática e autônoma.
A respeito da formação do Estado Nacional na América
Latina, é correto associar ao texto acima