Gil foi aprovada em determinado concurso público destinado ao preenchimento de cargos na Secretaria Municipal de Educação de Além Paraíba. Em seu ato de posse ela deverá apresentar, obrigatoriamente:
O alarmante apagão docente
Há crescente escassez de professores qualificados, comprometendo o ensino.
Em texto para o jornal português Diário de Notícias, o professor António Nóvoa afirmou que, das muitas profissões que
desaparecerão no futuro, os professores não estarão nesse grupo. A partir disso, o pesquisador destaca o papel insubstituível
do docente, mesmo diante de uma escola cada vez mais influenciada pelas tecnologias, que, de início, parecem ameaçar seu
trabalho.
De fato, em um cenário de transformações estruturais na educação, o professor é a base das mudanças – realidade exposta
em estudos recentes de pesquisadores escoceses, os quais reforçam que reformas “de cima para baixo” são ineficazes, sendo
necessária a liderança docente nesse caminho de inovação.
Porém, há um contexto de desvalorização dessa classe no Brasil, especialmente no que diz respeito à formação inicial e à
continuada, tornando a profissão cada vez menos atraente, satisfatória e, por fim, impactante.
O apagão docente já é uma realidade preocupante no nosso cenário educacional. Estudos divulgados pelo Inep (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) indicam uma crescente escassez de professores qualificados,
comprometendo a qualidade do ensino. Para ilustrar a gravidade da situação, há escolas pelo território brasileiro que enfrentam
dificuldades para preencher vagas em disciplinas essenciais, como matemática e língua portuguesa, gerando turmas
superlotadas, sobrecarga de trabalho e impactando negativamente o aprendizado e a equidade.
Faltam, ainda, incentivo, definição clara da carreira, salários coerentes e condições de trabalho, contribuindo para o
desinteresse, a desmotivação e a evasão de profissionais, além da dificuldade na atração de novos talentos para a carreira.
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) destaca a importância da valorização do educador e da promoção de uma
formação de qualidade, além de ressaltar que o desenvolvimento profissional deve ser pautado por princípios éticos, políticos
e estéticos, buscando a formação integral do estudante e a garantia de uma educação de qualidade.
Destaca, ainda, a necessidade da reflexão sobre a prática pedagógica, que inclui novas metodologias ativas, abordagens
como a cultura maker e a robótica, atualização constante e busca por aprimoramento profissional. Assim, deve-se fazer valer
esse documento para reverter o jogo. Para isso, são necessárias políticas públicas efetivas e a compreensão do docente como
agente crucial na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida, com medidas que busquem a valorização profissional
e a preocupação com sua saúde física e mental.
Para a valorização profissional, deve-se promover planos de carreira atrativos que ofereçam perspectivas de crescimento
e valorizem sua experiência e qualificação, a exemplo da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, que se destaca nessa
área. Convém, também, implementar programas de formação continuada de qualidade para a atualização e o aprimoramento
de práticas e habilidades alinhadas à atualidade.
Além disso, a saúde mental precisa ser considerada para promover o bem-estar dos educadores, visto que a sobrecarga,
o estresse, a pressão por resultados e a falta de apoio emocional são fatores que podem impactá-los negativamente. Por isso,
é fundamental adotar programas de apoio psicológico e acompanhamento emocional através de espaços de acolhimento e
orientação profissional; promover a capacitação para o autocuidado, a gestão do estresse e da saúde mental para que possam
lidar com as demandas diárias; e incentivar a prática de atividades físicas e de lazer. Criar espaços de interação entre os
educadores também fortalece as relações de apoio e o sentimento de pertencimento.
A educação é pilar essencial para o progresso da nação, e os docentes são cruciais nesse processo. Na verdade, ousamos
dizer que educação se faz com professores no centro do debate. É urgente reconhecer e valorizar seu trabalho, garantindo
condições necessárias para que possam exercê-lo com excelência e equidade e, então, impactar a aprendizagem. Só assim será
possível superar esse alarmante apagão e construir um futuro promissor para a educação e o nosso país.
(Débora Garofalo e Bernardo Soares. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: julho de 2024.)
Analisando os argumentos apresentados pelo autor, é correto afirmar que ele:
De acordo com a Lei Complementar nº 3/1993, o funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. A responsabilidade civil do funcionário decorre de ato:
Rios (2002, p. 47) destaca que o saber fazer bem tem uma dimensão técnica, a do saber e do fazer, isto é, do domínio dos
conteúdos de que o sujeito necessita para desempenhar o seu papel; aquilo que se requer dele socialmente, articulado com
domínio das técnicas, das estratégias que permitam que ele “dê conta do seu recado”, em seu trabalho. Mas é preciso saber
bem, saber fazer bem [...]. Portanto, o saber e o fazer bem podem ser traduzidos no entendimento e na articulação consistente
das dimensões do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, nas dimensões “técnica”, “humana”, “política”, “ética” e “estética”, que atuam multidimensional e indissociavelmente, construindo aquilo que Candau (2014) denomina de didática fundamental. Sobre a dimensão “humana”, assinale a afirmativa correta.
Para Libâneo, “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos
de organização e coordenação, em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo
de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor definir as estratégias pedagógicas,
conforme o objetivo a ser alcançado, criteriosamente adequado para as diferentes turmas, com flexibilidade suficiente, caso
necessite de alterações. Para facilitar o delineamento dos conteúdos e seleção das estratégias de ensino, é importante considerar a tipologia dos conteúdos de aprendizagem – factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. Sobre os conteúdos
“procedimentais”, assinale a afirmativa correta.
Keila é Secretária de Educação e deseja verificar a possibilidade de implementar, pelo menos, uma das metodologias de ensino A e B nas escolas públicas municipais. Para tomar uma decisão, ela convocou um grupo de 40 professores que, após estudarem as metodologias A e B, optaram pela aprovação ou não de cada uma delas. Como resultado da pesquisa, 6 professores não aprovaram nenhuma das duas metodologias. Além disso, 30 professores aprovaram a metodologia A e 20 professores aprovaram a metodologia B. De acordo com o exposto, quantos professores aprovaram ambas as metodologias?
Ao reconhecer que os indivíduos de uma nação, de uma comunidade, de um grupo compartilham seus conhecimentos, tais como
a linguagem, os sistemas de explicações, os mitos e cultos, a culinária e os costumes, e têm seus comportamentos compatibilizados
e subordinados a sistemas de valores acordados pelo grupo, dizemos que esses indivíduos pertencem a uma cultura.
(D’Ambrósio, 2007.)
O currículo é um conjunto de ideais, pois o mesmo deverá incorporar discussões sobre o ensino-aprendizagem, sobre os
procedimentos e as relações sociais que fazem parte do mesmo cenário em que os conhecimentos se ensinam e se aprendem,
sobre as mudanças que se deseja efetuar nos alunos e alunas, sobre os valores que procuram instigar e sobre quais as identidades deve-se construir dentro da escola.
(Candau, 2007.)
Sobre o exposto nos fragmentos de textos, na construção do currículo deve-se levar em conta os seguintes princípios básicos,
EXCETO:
A palavra projeto está presente em diferentes contextos e com múltiplos sentidos. Sua origem vem do termo em latim projectum,
que significa “algo lançado à frente”. Em um mundo que vive em constantes mudanças devido à evolução tecnológica e às
especializações em diferentes áreas do saber, a escola tem o desafio de acompanhar as mudanças e utilizar os conhecimentos
diversos, contextualizados e globalizados. Por isso, a proposta que inspira os projetos de trabalho está vinculada à perspectiva do
conhecimento globalizado.
(Hernández; Ventura, 1998, p. 61.)
Ainda, sabe-se que a Pedagogia de Projetos surgiu no início do século XX com John Dewey, um filósofo norte-americano
representante da “Pedagogia Ativa”. Sobre o exposto, NÃO é um dos princípios da Pedagogia de Projetos: