Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Considere os aspectos formal e semântico das frases apresentadas a seguir e assinale a correta.
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Nos trechos “Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à erradicação de algumas doenças mundiais.” (linhas 04-05) e “Porém, os dados apresentados demonstram o retrocesso recente nos avanços da medicina.” (linhas 67-69), os termos destacados significam, respectivamente,
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Em “As causas desse crescimento são diversas e variam de acordo com a localidade.” (linhas 11-12), o termo em destaque refere-se ao seguinte trecho:
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
No trecho “Segundo o docente, atualmente existem duas formas de vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o modelo campanhista.” (linhas 22-24), os dois-pontos são empregados com a função de
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Relacione corretamente os termos destacados nos trechos apresentados a seguir com suas respectivas funções sintáticas, numerando os parênteses abaixo de acordo com a seguinte indicação:
Objeto direto
Predicativo do sujeito
Adjunto adverbial
Predicado
( ) “Quando você protege mais de 70% da população, [...]” (linhas 39-40)
( ) “[...] por alguma razão, o agente infeccioso não consegue encontrar suscetíveis.” (linhas 40-41)
( ) “[...] as vacinas são essenciais para mudar o cenário atual. (linhas 71-72)
( ) “Então, a proteção da sociedade protege a todos.” (linhas 45-46)
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
No primeiro parágrafo do texto, o enunciador estabelece a introdução do tema que será tratado. Analise o trecho a seguir e assinale a afirmação verdadeira: “Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite, tem aumentado recentemente.” (linhas 04-10)
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Com base no trecho “Quando tratamos de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um mundo em transformação, com alta carga de informações compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo acesso a uma forma muito violenta à informação sem regras” (linhas 56-62), analise as assertivas a seguir:
I. As orações são construídas em três períodos compostos por coordenação.
II. No primeiro período composto por subordinação, a oração subordinada tem valor adverbial.
III. Há um período composto por coordenação, e dois por subordinação.
IV. No período composto por coordenação, o sujeito da primeira oração refere-se ao grupo de pesquisadores da USP.
É correto o que se afirma em
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
A acentuação da palavra “saúde” é justificada pela mesma regra de
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Assinale a opção em que as regências nominal e verbal estão empregadas corretamente.
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
O texto apresenta reflexões em torno de um tema central, que aborda
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Analise o trecho a seguir, atentando para os verbos destacados, e assinale a afirmação verdadeira.
“O Brasil adota¹, desde 1975, o modelo campanhista de vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram² cerca de 95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a pandemia, casos de enfermidades como a meningite voltaram³ a subir⁴.” (linhas 31-35)
Negacionismo científico influencia no aumento de doenças evitáveis por vacina no mundo
A vacinação é essencial e representa, além de atitude
individual, um ato coletivo, segundo o professor Gonzalo
Vecina Neto.
Nas últimas décadas, o avanço da medicina levou à
erradicação de algumas doenças mundiais. A criação de
vacinas e de tratamentos eficazes permitiram esse avanço
na saúde. Entretanto, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), o número de casos de doenças
evitáveis por vacina, como difteria, sarampo e meningite,
tem aumentado recentemente.
As causas desse crescimento são diversas e variam de
acordo com a localidade. Gonzalo Vecina Neto, professor
da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de
São Paulo (USP), comenta dos motivos desse aumento.
“Em regiões mais pobres, na África e no Sudeste Asiático,
a explicação desse crescimento é a escassez de vacinas,
falta de dinheiro para comprar essa forma de proteção.
Entretanto, nas outras regiões, desenvolvidas ou de renda
média, as razões são muito mais complexas, de modelo de
vacinação a negacionismo científico.”
Vacinação
Segundo o docente, atualmente existem duas formas de
vacinação adotadas pelas nações: a puericultura e o
modelo campanhista. No primeiro caso, há o
acompanhamento total da criança durante a sua infância
e o seu crescimento, analisando todo o quadro de saúde
do indivíduo. Por outro lado, as campanhas vacinais,
como o próprio nome diz, visam apenas à vacinação da
população. Mesmo os dois modelos sendo eficazes, a
puericultura é a mais indicada e eficiente a longo prazo.
O Brasil adota, desde 1975, o modelo campanhista de
vacinação. Até 2015, as campanhas atingiram cerca de
95% de cobertura vacinal da população. Contudo, após a
pandemia, casos de enfermidades como a meningite
voltaram a subir. Segundo a OMS, foram registrados, em
2024, 26 mil novos casos da doença e aproximadamente
1.400 mortes em 24 países.
Para o professor, a vacinação é, além de um ato
individual, uma atitude coletiva. “Quando você protege
mais de 70% da população, por alguma razão, o agente
infeccioso não consegue encontrar suscetíveis. Em uma
população de 100 habitantes, por exemplo, em que 70
estão vacinados, a chance de o agente contagioso
encontrar os outros 30 é muito pequena. É um evento
estatístico. Então, a proteção da sociedade protege a
todos. Mesmo aqueles que, por alguma razão, não
tiveram condição de ter acesso à vacina. O processo de
imunização de populações é um processo coletivo dentro
da saúde pública”, completa.
Negacionismo
Além dos modelos de imunização, a crescente onda
negacionista na ciência e a circulação de fake news têm
contribuído diretamente para o problema. “Uma mentira
bem contada e repetida muitas vezes se transforma em
uma verdade. E, dependendo do tipo de mentira que você
estiver tomando, existe risco de vida. Quando tratamos
de inverdades a respeito da vacina, isso pode colocar a
vida de pessoas em risco. Nós estamos vivendo em um
mundo em transformação, com alta carga de informações
compartilhadas. É um mundo onde nós estamos tendo
acesso a uma forma muito violenta à informação sem
regras”, defende Vecina Neto.
De acordo com a Organização, 138 países reportaram
casos de sarampo nos últimos 12 meses, sendo que, em
61, foram registrados grandes surtos. A doença é tida
como controlada em grande parte dos países
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Porém, os dados
apresentados demonstram o retrocesso recente nos
avanços da medicina. Além da queda da cobertura
vacinal, conflitos novos e as mudanças climáticas são
agravantes do problema. Dessa maneira, as vacinas são
essenciais para mudar o cenário atual.
JORNAL USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/radiousp/negacionismo-cientifico-influencia-no-aumento-
de-doencas-evitaveispor-vacina-no-mundo/. Acesso em: 12 jun. 2025. (Adaptado)
Analise as seguinte assertivas:
I. As palavras “campanhista” e “atualmente” são formadas pelo processo de derivação sufixal.
II. A adição do prefixo na palavra primitiva para formar “inverdade” tem repercussões morfossintáticas, mas não semânticas.
III. O vocábulo “desenvolvido” é formado por derivação prefixal para indicar o tempo verbal.
IV. A expressão “fake news” é resultante de um empréstimo linguístico sem que haja adaptação de sua escrita.
Está correto somente o que se afirma em