Espaços públicos não são produtos dados e acabados, uma instituição que, uma vez estabelecida, traria a paz da consensualidade e a perfeita igualdade. São os lugares em que os problemas aparecem e se transformam em debates, em diálogo e em possibilidade de ajuste e compromissos. Por isso, não anulam os conflitos, ao contrário, são canais de comunicação e de visibilidade de oposições.
GOMES, P. C. C. Espaço público, espaços públicos.
Geographia, n. 44, set.-dez. 2018 (adaptado).
As características descritas no texto exibem a importância dos espaços públicos para a
A 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas foi realizada com a perspectiva de que os países tornassem ainda mais ambiciosos os compromissos assumidos no enfrentamento das mudanças climáticas, de modo a evitar que a temperatura global se eleve acima de 1,5 °C, marca que já vinha sendo discutida desde o Acordo de Paris, de 2015.
A pressão do setor empresarial, que se posicionou de maneira contundente nesta COP-26, gerou impacto positivo. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) capitaneou, por meio do movimento Empresários pelo Clima, a adesão de 119 CEOs de importantes empresas e 14 instituições do setor privado, de setores tão diversos como agronegócio, alimentício, aviação, elétrico, farmacêutico, finanças, infraestrutura, logística, papel e celulose, petroquímico, saúde, tecnologia, telefonia e varejo.
O Brasil deixa a conferência com o compromisso de fazer valer sua meta e reduzir 50% dos gases de efeito estufa até 2030 em relação aos níveis de 2005 — anteriormente, a meta de redução era de 43%.
GROSSI, M. A mais plural das COPs e a lição de casa para o Brasil.
Disponível em: www.nexojornal.com.br.
Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).
Conforme o texto, o compromisso assumido pelo Brasil foi resultado dos tensionamentos promovidos por
A finalidade mais marcante em toda a história dos mapas, desde o seu início, teria sido a de estarem sempre voltados à prática, principalmente a serviço da dominação, do poder. Sempre registraram o que mais interessava a uma minoria, fato este que acabou estimulando o incessante aperfeiçoamento deles.
MARTINELLI, M. Mapas da geografia e cartografia temática.
São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).
No texto, a cartografia é apresentada como um instrumento usado essencialmente para a
Há experiências de lutas sociais de reapropriação cultural da natureza que são movimentos emblemáticos, como a dos seringueiros no Brasil, que da luta sindical para a comercialização da borracha chegaram a inventar o conceito de reserva extrativista e estão avançando para um novo modo de produção, uma nova racionalidade produtiva, mostrando que é possível viver bem, e não apenas sobreviver, em harmonia com a natureza que habitam. O novo planeta que podemos imaginar é feito desses territórios produtivos que não são apenas economias de autossubsistência mas economias que potencializam a produtividade ecológica de seus territórios.
LEFF, E. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010 (adaptado)
O texto expõe a possibilidade de uma nova racionalidade produtiva por meio de uma gestão territorial que se baseia na
O rompimento da barragem de Fundão levou muito consigo. A lama soterrou sonhos e modificou de forma permanente centenas de vidas nascidas e criadas em Bento Rodrigues e Paracatu, em Mariana (MG). Mas não somente. Ao se estender ao longo do rio, outras famílias e histórias foram atingidas de formas diferentes. Ao fugirem dos rejeitos que rapidamente tomaram as localidades, deixaram para trás os resquícios da vida que tiveram até o 5 de novembro de 2015. Nada jamais seria igual.
SANTOS, P. Histórias soterradas. Curinga,
n. 19, nov. 2016 (adaptado).
Conforme o texto, o evento gerou o seguinte impacto na relação entre as pessoas e o seu espaço vivido:
No Brasil, os remanescentes de antigos quilombos, “mocambos”, “comunidades negras rurais”, “quilombos contemporâneos”, “comunidades quilombolas” ou “terras de preto” referem-se a um mesmo patrimônio territorial e cultural inestimável, que só recentemente passaram a ter atenção do Estado e ser do interesse de algumas autoridades e organismos oficiais.
ANJOS, R. S. A. Cartografia e quilombos: territórios étnicos
africanos no Brasil. Africana Studia, n. 9, 2007.
Na esfera de ação do Estado, com a Constituição de 1988, os espaços mencionados tornaram-se objeto de
Como conclusão provisória, parece então que a globalização tem, sim, o efeito de contestar e deslocar as identidades centradas e “fechadas” de uma cultura nacional. Ela tem um efeito pluralizante sobre as identidades, produzindo uma variedade de possibilidades e novas posições de identificação, e tornando as identidades mais posicionais, mais políticas, mais plurais e diversas; menos fixas, unificadas ou trans-históricas.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade.
Rio de Janeiro: DP&A, 2011.
De acordo com o texto, o processo apresentado contribuiu para
TEXTO I
Um terremoto de magnitude 5,9 atingiu a cidade de Valparaíso, na costa chilena. O terremoto ocorreu a uma profundidade de 112 quilômetros.
Terremoto de magnitude 5,9 atinge Valparaíso, no Chile.Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Um tremor de terra de magnitude 4,8 foi registrado no município de Atalaia do Norte, no interior do estado do Amazonas. O abalo é de magnitude considerada mediana para os níveis do Brasil. Os eventos dessa região costumam ser resultado das atividades da placa de Nazca.
Tremor de terra de magnitude 4,8 é registrado no interior do Amazonas. Disponível em: https://g1.globo.com.
Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO III
Moradores usaram as redes sociais para relatar tremores de terra no interior de São Paulo. As atividades foram registradas nas cidades de Júlio Mesquita e Guaimbê e tiveram magnitude 3,0 na escala Richter, o que é considerado pequeno e sem previsão de danos.
Moradores do interior de SP relatam tremores de terra.
Disponível em: https://noticias.r7.com.
Acesso em: 6 nov. 2021 (adaptado).
As diferenças entre os eventos geológicos relatados decorrem de distintas posições geográficas das cidades em relação a:

TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. Desastres naturais:
conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009 (adaptado)
A desproporção de velocidade e tempo de duração nos tipos de inundação destacados é condicionada pela
Os séculos XV e XVI, quando se vão desmoronando as estruturas socioeconômicas da Idade Média perante os novos imperativos da Época moderna, constituem um momento-chave na história florestal de toda a Europa Ocidental. Abre-se, genericamente, um longo período de “crise florestal”, que se manifesta com acuidade nos países onde mais se desenvolvem as atividades industriais e comerciais. As necessidades em produtos lenhosos aumentam drasticamente com o crescimento do consumo nos mercados urbanos e nas regiões onde progridem a metalurgia e a construção naval, além da sua utilização na vida quotidiana de toda a população.
DEVY-VARETA, N. Para uma geografia histórica da floresta portuguesa.
Revista da Faculdade de Letras — Geografia, n. 1, 1986 (adaptado).
Qual acontecimento do período contribuiu diretamente para o agravamento da situação descrita?
TEXTO I
Oriunda da Romênia, Genny Gleizer aportou no Brasil em 1932. Assim como milhares de judeus do Leste Europeu, sua vinda para o Brasil ocorreu em um momento de ascensão do antissemitismo na Europa que tornava precárias suas vidas. O Brasil se colocava como uma possibilidade na busca por condições de sobrevivência e desenvolvimento.
ANTÃO, A. C. C. B. Gênero, imigração e política: o caso da judia comunista Genny Gleizer
no Governo Vargas (1932-1935). Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 2017 (adaptado).
TEXTO II
A presença judaica no Brasil foi criando aos poucos certas desconfianças que se refletiram em órgãos da imprensa e em círculos intelectuais e políticos. Em parte, essa imagem negativa adviria da onda nacionalista surgida no final dos anos 1910, que concebia imigrantes como concorrentes dos trabalhadores brasileiros, ou como seres improdutivos, exploradores da mão de obra e da riqueza autóctone. Além disso, as elites políticas da época acreditavam que os estrangeiros eram portadores das doutrinas anarquista e comunista, estranhas à “índole do povo brasileiro”. Esses “indesejáveis” seriam um mal externo que corromperia a nação.
MAIO, M. C.; CALAÇA, C. E. Um balanço da bibliografia sobre o antissemitismo
no Brasil. In: GRINBERG, K. (Org.). Os judeus no Brasil.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado).
Conforme descrito nos textos, o tratamento dispensado aos grupos mencionados se fundamentava em
O Golpe Militar de 1964 foi implacável no combate ao que restava das Ligas Camponesas, generalizadas na década anterior. No entanto, em relação aos sindicatos, sua atitude foi ambígua. Por meio de acordos com os Estados Unidos, foram concebidos centros sindicais e cursos de liderança com base em princípios conservadores e ministrados por membros da Igreja Católica.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma história da vida rural no Brasil.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (adaptado).
Os sindicatos rurais foram tratados da forma descrita no texto porque o governo pretendia utilizá-los para
Txai Suruí, liderança da Juventude Indígena, profere seu discurso na abertura da COP-26
“O clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantações não florescem como no passado. A Terra está falando: ela nos diz que não temos mais tempo.”
VICK, M. Quais são as conquistas do movimento indígena na COP-26.
Disponível em: www.nexojornal.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
O discurso da líder indígena explicita um problema global relacionado ao(à)
A partir da década de 1930, começam a ser discutidos no Brasil os princípios de racionalização do trabalho. As preocupações com a cozinha e o trabalho doméstico foram introduzidas com a medicina sanitária e a oferta de gás e eletricidade para uso doméstico no início do século XX. A organização da cozinha visava atingir uma simplificação das tarefas, com a economia de movimentos, e o barateamento dos equipamentos, a partir da produção em grande escala. A padronização e racionalização da habitação e seus componentes visava
uma radical transformação da casa, em especial da cozinha, e apoiava-se tanto no desenvolvimento de novos equipamentos quanto nos estudos de racionalização do trabalho doméstico. A principal preocupação era o desenvolvimento de um novo tipo de habitação, que
deveria induzir um novo comportamento social.
SILVA, J. L. M. Transformações no espaço doméstico: o fogão a gás e a cozinha
paulistana, 1870-1930. Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2007 (adaptado)
No contexto descrito, as mudanças mencionadas proporcionavam às mulheres o(a)
O masseiro, a mulher, e quatro filhos, dormindo numa tapera de quatro paredes de caixão, coberta de zinco. A água do mangue, na maré cheia, ia dentro de casa. Os maruins de noite encalombavam o corpo dos meninos. O mangue tinha ocasião que fedia, e os urubus faziam ponto por ali atrás dos petiscos. Perto da rua lavavam couro de boi, pele de bode para o curtume de um espanhol. Morria peixe envenenado, e quando a maré secava, os urubus enchiam o papo, ciscavam a lama, passeando banzeiros pelas biqueiras dos mocambos no Recife.
RÊGO, J. L. O moleque Ricardo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1966 (adaptado).
A aglomeração urbana representada no texto resulta em