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Leia o texto e analise as proposições que seguem:


I. O poema contemporâneo de Angélica Freitas deixa de expressar e representar a mulher idealizada como no Romantismo. Ao contrário, a contemporaneidade sugere uma outra perspectiva sobre a imagem da mulher do século XIX. Não a dos romances românticos em que eram heroínas ou mocinhas, mas de vítimas de um sistema patriarcal que as calava e as escondia quando necessário. A interdição era um dos recursos que alguns maridos utilizavam para se livrarem das esposas incômodas. Pelo título do poema, percebe-se que esse comportamento perdurou também ao longo do século XX, já que se trata de uma “canção popular".

II. Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse poema caracteriza-se pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio dos oximoros sobre as antíteses – o que potencializa o teor simbólico do texto.

III. No poema de Angélica Freitas, o trocadilho final “interna, enterra" explora a proximidade entre o sentido e a sonoridade. Esse fecho estabelece uma analogia entre o ato de internar ao ato de matar. Trancafiar a mulher em um hospício seria uma forma de adquirir a sua riqueza – “enriquecidos subitamente" - e não ter a obrigação de suportá-la – “as porcas loucas trancafiadas/são muito convenientes".

IV. A escritora exacerba a figuração do interior das mulheres do século XIX e XX por meio do fluxo de consciência. Dessa forma, promove intensa análise psicológica, permitindo aos leitores uma catarse que se alinha a um projeto de educação contemporânea feminista. V. A presença da metalinguagem, observada na segunda estrofe, somada à adoção da oralidade, presente na 3ª estrofe, conduzem à conclusão de que se trata de um texto neomodernista da 3ª geração.

Diante das proposições, assinale a alternativa correta:

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