"Nesse ínterim, a selvageria real do sistema continua ininterruptamente não só a expulsar cada vez mais pessoas do processo de trabalho como, numa contradição característica, também a estender o tempo de trabalho, sempre que o capital possa conseguir isso. Para mencionar um exemplo importante, no Japão, o governo introduziu recentemente um projeto de lei 'para elevar os limites superiores do dia de trabalho de 9 para 10 horas, e a semana de trabalho de 48 para 52 horas'.
(MÉSZÁROS, Itzvan. Desemprego e precarização: um grande desafio para a esquerda. In: Antunes, R. (Org.). Riqueza e miséria do trabalh no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2006. p. 32-33).
O advento da terceira fase do capitalismo trouxe como marca a flexibilização do trabalho, cujo objetivo é, sobretudo, o aumento da produtividade e do lucro sobre o trabalho assalariado. Além da flexibilização, caracterizam-se como marcas do capitalismo industrial financeiro sobre o trabalho