Transformada por agitações políticas e tecnológicas nascidas nas grandes revoluções do século anterior, a Europa da segunda metade do Oitocentos testemunhava o aparecimento e consolidação de estudos acerca da realidade social como problema a ser enfrentado. Na França, por exemplo, a rápida urbanização, a mudança no tratamento dos meios de comunicação e transporte, recriaram o cenário cotidiano, gestando reflexões por parte de inúmeros pensadores acerca das causas e das tendências do novo mundo industrial. A busca por “leis gerais” que explicassem os contextos renovados, bem como uma dedicação metodológica direcionada a tratar a sociedade como um objeto da investigação científica próprio, se inscrevem como o primeiro desenho da sociologia como campo de estudo. Isso implica que, no caso francês, esta ciência: