“Atualmente, a relação cidade-campo se transforma, aspecto importante de uma mutação geral. Nos países industriais,
a velha exploração do campo circundante pela cidade, centro de acumulação de capital, cede lugar a formas mais sutis
de dominação e de exploração, tornando-se a cidade um centro de muitas decisões e aparentemente de associação. [...]
A vida urbana penetra na vida camponesa despojando-a de elementos tradicionais: artesanato, pequenos centros que
definham em proveito dos centros urbanos (comerciais e industriais, redes de distribuição, centros de decisão).”
(Lefebvre. O direito à cidade, p. 74)
Muitos autores procuram enfatizar a relação entre o rural e o urbano não como desejo, utopia ou ilusão, pelos
conteúdos expressos num “deve ser”, mas, sim, como evolução de configurações determinadas, analisando as
interdependências entre estruturas sociais, o meio ambiente e as instituições a partir de um enfoque em sua
evolução de longo prazo. Tendo em vista o pensamento de Lefebvre e a análise da relação entre rural e urbano de
uma maneira geral, é correto afirmar que