Em seu discurso de posse transmitido pela “Voz do Brasil”, o
Presidente Jânio Quadros faz referência à conjuntura
internacional e anuncia, em linhas gerais, uma nova postura do
governo brasileiro em termos de sua inserção no mundo:
Palácio da Alvorada, 31 de janeiro de 1961.
[COMUNICADO]
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1961
Atravessamos horas das mais conturbadas que a humanidade já
conheceu. O colonialismo agoniza, envergonhado de si mesmo,
incapaz de solver os dramas e as contradições que engendrou. Ao
Brasil cabe estender as mãos a esse mundo jovem,
compreendendo–lhe os excessos ou desvios ocasionais, que
decorrem da secular contenção de aspirações enobrecedoras. (...)
Os nossos portos agasalharão todos os que conosco queiram
comerciar. Somos uma comunhão sem rancores ou temores.
Temos plena consciência da nossa pujança para que nos
arreceemos de tratar com quem quer que seja.
(Apud FRANCO, Alvaro da Costa (org.). Documentos da política externa
independente. Rio de Janeiro: Centro de História e Documentação Diplomática;
Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2007. Vol. 1: p. 21–31, p. 30–31.)
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o processo
histórico e o princípio de política externa a que o discurso
presidencial alude.