Nesta quarta-feira, 29 de novembro, ocorreu um evento promovido pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) com informações relevantes sobre o Concurso Nacional Unificado. Durante o seminário, abordando o tema “Concursos públicos: fazer diferente para fazer a diferença“, estiveram presentes a ministra Esther Dweck, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr, e representantes de diversos órgãos do Poder Executivo Federal.
Na abertura do seminário, a ministra Esther Dweck ressaltou que o Concurso Nacional Unificado irá valorizar o “Ethos Público”, ou seja, a ética do serviço público. De acordo com Esther Dweck, esse será um dos principais requisitos para ingressar nos cargos públicos.
Além disso, a ministra explicou que a ideia do certame é selecionar servidores de forma mais abrangente dentro das áreas de atuação, dispensando a exigência de atuações em áreas muito específicas. Segundo Dweck, os servidores adquirirão conhecimentos especializados durante a atuação no trabalho.
Izabela Correa, secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União (CGU), também reforçou a importância do “Ethos Burocrático” no treinamento dos novos servidores, reforçando a fala de Dweck.
Essas declarações podem indicar que as provas do Concurso Nacional Unificado serão compostas por conteúdos mais abrangentes e menos específicos, reforçando os motivos pelos quais as 6.640 vagas disponibilizadas serão distribuídas em 8 Blocos Temáticos.
Esses blocos têm como objetivo separar os cargos por áreas para que os candidatos ao certame possam se inscrever naquele bloco em que se identifiquem melhor.
O Decreto 9739/2019, que regulamenta os concursos no âmbito federal, será atualizado, conforme informou o secretário José Celso. Segundo ele, o decreto atual é burocrático e estabelece privilégios a alguns órgãos específicos da administração. A proposta de atualização visa diminuir as etapas burocráticas e promover a isonomia entre os órgãos.
Além disso, uma possibilidade que está sendo considerada é a institucionalização do CNU. José Celso mencionou a possibilidade de reduzir o tempo de contrato de servidores de 1 ano e meio para 3 meses, por exemplo, caso seja possível institucionalizar provas periódicas de caráter nacional.
Um dos questionamentos levantados em relação à aplicação das provas diz respeito à possibilidade de haver a reaplicação da etapa em outra data, para os candidatos que não puderem comparecer na data estipulada.
O secretário José Celso afirmou que, apesar de não haver informações concretas, é provável que a Banca Cesgranrio, responsável pela organização do CNU, permita a reaplicação de provas em nova data para os candidatos que, por situações excepcionais, não possam comparecer no dia da prova.
O cronograma oficial continua mantido, com a previsão de publicação do edital de abertura do certame até o dia 22 de dezembro, e as provas devem ser aplicadas entre fevereiro e março de 2024. O modelo de seleção se assemelha ao atual Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e vem sendo chamado de “ENEM dos concursos”.
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