Leia o texto a seguir:
A diferença fundamental entre as ditaduras modernas e as tiranias do passado está no
uso do terror não como meio de extermínio e amedrontamento dos oponentes, mas como
instrumento corriqueiro para governar as massas perfeitamente obedientes. O terror,
como o conhecemos hoje, ataca sem provocação preliminar, e suas vítimas são inocentes
até mesmo do ponto de vista do perseguidor. Esse foi o caso da Alemanha nazista,
quando a campanha de terror foi dirigida contra os judeus, isto é, contra pessoas cujas
características comuns eram aleatórias e independentes da conduta individual específica.
[...].O estabelecimento de um regime totalitário requer a apresentação do terror como
instrumento necessário para a realização de uma ideologia específica, e essa ideologia
deve obter a adesão de muitos, até mesmo da maioria, antes que o terror possa ser
estabelecido. O que interessa ao historiador é que os judeus, antes de se tornarem as
principais vítimas do terror moderno, constituíam o centro de interesse da ideologia
nazista.
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras,
2012, p. 29-30
A partir desse texto, na relação entre ditadura, totalitarismo e autoritarismo, é CORRETO
afirmar que
O sistema teológico chegou à mais alta perfeição de que é susceptível quando substituiu,
pela ação providencial de um ser único, o jogo variado de numerosas divindades
independentes, que primitivamente tinham sido imaginadas. Do mesmo modo, o último
termo do sistema metafísico consiste em conceber, em lugar de diferentes entidades
particulares, uma única grande entidade geral, a natureza, considerada como fonte
exclusiva de todos os fenômenos. Paralelamente, a perfeição do sistema positivo, à qual
este tende sem cessar, apesar de ser muito provável que nunca deva atingi-la, seria
poder representar todos os diversos fenômenos observáveis como casos particulares dum
único fato geral, como a gravitação o exemplifica. (...). Só a filosofia positiva pode ser
considerada a única base sólida da reorganização social, que deve terminar o estado de
crise no qual se encontram, há tanto tempo, as nações mais civilizadas.
COMTE, Augusto. Curso de filosofia Positiva. Primeira lição. Trad. Jose A. Giannotti. São Paulo: Nova cultural, 1991 p.
15.17
A partir do fragmento acima e em conformidade com o positivismo de Augusto Comte, é
CORRETO afirmar que
Ética e moral não são a mesma coisa - suas origens etimológicas já dizem: ética vem do grego ethos e moral do latim mores. Sobre isso é correto afirmar que:
O utilitarismo ético surgiu na Inglaterra do século XIX. Essa corrente está fortemente associada à ideia de que:
“O entendimento humano avança por dois meios: a reunião de fatos para a descoberta de
novos fenômenos e a união desses fenômenos sob a influência simplificadora de
explicações redutivas. Por vezes, constatamos que, assim que os dados disponíveis
foram adequadamente reduzidos, surgem novos dados que lançam dúvida sobre a
redução e exigem que reconsideremos o fenômeno em sua totalidade.”
FEARN, Nicholas. Aprendendo a filosofar em 25 lições. Do poço de Tales à desconstrução de
Derrida. Trad. Maria Luiza S. de A. Borges. Rio de janeiro: Editora Zahar, 2004. P.13-14
A partir desse fragmento e das reflexões realizadas pelo autor nessa obra,
Há duas maneiras de subestimar, desdenhar e se equivocar no julgamento da importância
do Holocausto [...]. Uma é apresentar o Holocausto como algo que aconteceu aos judeus,
como um evento da história judaica. Isso torna o Holocausto único, confortavelmente
atípico e sociologicamente inconsequente. [...]. Outra maneira de apresentar o Holocausto
[...] é como um caso extremo de uma ampla e conhecida categoria de fenômenos sociais,
categoria seguramente abominável e repulsiva, mas com a qual podemos (e devemos)
conviver. [...] Assim, o Holocausto é como mais um item (embora de destaque) numa
ampla categoria que abarca muitos casos “semelhantes” de conflito, preconceito ou
agressão.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Trad. Marcus Penchel. Rio de janeiro: Zahar, 1998.
p. 19-20
O mundo dos campos da morte e a sociedade que engendra revelam o lado
progressivamente mais obscuro da civilização judaico-cristã. Civilização significa
escravidão, guerras, exploração e campos da morte. Também significa higiene médica,
elevadas ideias religiosas, belas artes e requintada música. É um erro imaginar que
civilização e crueldade selvagem sejam antíteses [...]
RUBENSTEIN, Richard. “The Cunning of History”. Nova York: Harper, 1978, p. 91, 195 Citado
em BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Trad. Marcus Penchel. Rio de janeiro: Zahar,
1998 . p. 28
A partir desses fragmentos, considerando o tema do totalitarismo, sobre o fenômeno do
holocausto, é CORRETO afirmar que ele
Na contramão das tendências dominantes, as políticas de orçamento participativo
permitem fortalecer os direitos de cidadania e resgatar a importância do espaço político e
o significado dos interesses públicos, e dão início a um processo de reforma radical do
Estado centrada numa esfera pública renovada ___ nem estatal, nem privada: pública [...].
Trata-se de reformular a relação dos governos com a cidadania, de colocar as estruturas
de governo sob controle direto da população, de levar a cabo uma tentativa de
mobilização permanente dos cidadãos, apontando para outra forma de Estado, na prática
incompatível não apenas com os modelos políticos liberais, mas com a própria dinâmica
do capitalismo, ainda mais em sua fase neoliberal, em que os mecanismos de mercado e
de liberdade da propriedade privada primam sobre tudo.
SADER, Emir. Para outras democracias. In: SANTOS, Boaventura de Souza (Org.) Democratizar a
democracia: os caminhos da democracia participativa. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2009 P. 670
Com base nesse fragmento, considerando as exigências e o desafio da construção de
uma nova forma de Estado e governo, é CORRETO afirmar que
[...] a França repudiou sem pestanejar seus gurus de outrora. Depois, impediu a
passagem das políticas identitárias provenientes da América, assim como das teorias da
sociedade como emaranhado de comunidades [...]. Por todas essas razões, a França
parecesse ter desertado do debate intelectual mundial: não adotou suas novas
modalidades acadêmicas nem aderiu verdadeiramente às redes internacionais e deixoulhe
de pasto uma dezena de autores marginalizados em seu país.
CUSSET, François. Filosofia francesa: a influência de Foucault, Derrida, Deleuze & cia. Trad.
Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 291
A partir da leitura da obra Filosofia Francesa, é CORRETO afirmar que
Considerando-se a reflexão de Edgar Morin sobre os sete saberes necessários à educação do futuro, é CORRETO afirmar que esses saberes essenciais dizem respeito também
Para o grego Aristóteles, o homem é naturalmente político (zóon poliktikon) ou um animal social. O atributo natural humano que informa e possibilita a vida desse ser em sociedade é a(o):
Na famosa “alegoria da caverna", do livro VII de A República, Platão representa o penoso e difícil processo por que passa o filósofo para alcançar o conhecimento verdadeiro. Com essa alegoria, Platão pretende demonstrar que:
Na “Fenomenologia do espírito”, Hegel descreve as etapas de formação da consciência até chegar ao espírito absoluto. É correto afirmar que, no sistema filosófico de Hegel:
Com a queda de Roma, a Igreja romana entrou em processo de politização. A cultura clerical latina originou uma nova filosofia política, cujos principais expoentes são Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. É correto afirmar que:
O liberalismo político, doutrina contrária ao Estado absoluto, tem em John Locke um de seus principais expoentes. Pertencente à escola do direito natural, esse autor fundamenta seus argumentos no trinômio “estado de natureza”, “contrato social” e “estado de sociedade”. É correto afirmar que, para Locke:
Karl Marx possui uma visão negativa do Estado, porquanto, no seu entendimento, este não atende ao bem comum, mas, ao contrário, a interesses específicos de classe. A crítica de Marx ao Estado baseia-se numa concepção propriamente: