O Concurso Polícia Penal MG é um dos mais aguardados de 2025, especialmente pela oferta de 1.178 vagas e pela etapa que mais deixa candidatos em dúvida: a prova discursiva, aplicada no mesmo dia da objetiva (25 de janeiro) e valendo os mesmos 100 pontos. Isso significa que, mesmo com um ótimo desempenho nas questões objetivas, você não pode vacilar na redação — ela pode te derrubar ou te colocar dentro das vagas.
Para te ajudar, reunimos todos os possíveis temas da discursiva, explicamos como a banca costuma cobrar e mostramos o que você precisa fazer para estruturar uma dissertação campeã.
A discursiva vale a mesma pontuação da objetiva. Isso cria uma verdadeira “dança de cadeiras”: quem vai muito bem na objetiva pode despencar — e quem se mantém regular pode subir drasticamente na classificação. A banca não cobrará uma questão técnica ou estudo de caso sobre LEP ou assistências. A prova será um texto dissertativo-argumentativo sobre tema aberto, exigindo clareza, fluidez e domínio de conteúdo.
Por isso, sua nota na discursiva precisa ser alta o suficiente para te colocar dentro das vagas, e não apenas “na média” para evitar eliminação.
Com base em análises de concursos penais (CE, MG, BA, MA, PA, ES, GO, PE), três grandes temas se mostram recorrentes — e todos podem aparecer no concurso PPMG.
Este é o tema mais cobrado em concursos penais e um dos mais prováveis para 2025. Ele permite que a banca use dados, comparações e discussões estruturais.
Pontos fundamentais que você deve dominar:
Superlotação: déficit superior a 200 mil vagas, inviabilizando a gestão e favorecendo rebeliões.
População carcerária: quase 1 milhão de pessoas; mais de 700 mil em celas físicas.
Presos provisórios: quase 200 mil, cerca de 1/3 da população carcerária.
LEP vs. realidade: o STF reconhece um Estado de Coisas Inconstitucional no sistema.
Art. 88 da LEP: cela individual com 6 m², aeração e insolação — praticamente inexistente.
Esse tema costuma permitir ótimas argumentações sobre segurança pública, dignidade humana e políticas de desencarceramento.
É um tema delicado, de “alto risco”, mas frequentemente cobrado. A banca pode propor reflexões sobre desigualdade, seletividade penal e vulnerabilidade social.
Dados e argumentos importantes:
68,7% da população carcerária é negra.
Herança histórica → marginalização nas periferias.
Ausência do Estado → crime organizado avança.
Racismo institucional → abordagens seletivas e menos garantias processuais.
Aqui, a recomendação é evitar generalizações e focar na análise institucional — e não policial.
Tema favorito das bancas da área penal. Aqui, entram aspectos como assistências, direitos, trabalho prisional e o papel do policial.
Pontos indispensáveis:
Trabalho é direito e dever (art. 28 da LEP).
Apenas 25% dos presos trabalham.
Dos que trabalham, 47% não recebem remuneração.
62% recebem menos que ¾ do salário mínimo.
O policial penal atua não só na segurança, mas também na humanização e no apoio disciplinar.
Um dos temas mais “seguros” para a banca cobrar.
O professor Diego Fontes recomenda duas fontes principais, frequentemente citadas como base das bancas:
1. Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2025)
Focar especialmente nos textos analíticos, como:
Texto 20 (p. 397)
Texto 21 (p. 404)
2. SISDEPEN – Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias
Pesquisar:
População total
Capacidade do sistema
Trabalho, remuneração e taxas de ocupação
Essas referências dão legitimidade à argumentação — e aumentam sua pontuação.
Nada de modelos genéricos! A recomendação é trabalhar dois problemas centrais e uma solução, assim:
Tópico 1 – Problema estrutural:
Ex.: superlotação → déficit de 200 mil vagas.
Tópico 2 – Consequência social:
Ex.: seletividade racial → população negra desproporcionalmente encarcerada.
Conclusão – Solução prática:
Ex.: ampliar medidas alternativas + fortalecer educação e trabalho prisional por PPPs.
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