Acerca do desenvolvimento da agricultura e da
consequente sedentarização dos grupos humanos,
considere as afirmativas abaixo:
I. Esse processo teve início a partir das
civilizações mediterrâneas, sobretudo gregos e
romanos, responsáveis pela construção de
grandes obras públicas, como canais de
irrigação, diques e aquedutos.
II. Também identificados sob a denominação de
“povos fluviais” ou “civilizações hidráulicas”,
egípcios e mesopotâmicos foram pioneiros na
constituição de sociedades rigidamente
hierarquizadas e com governo.
III. A ocupação humana dos vales dos rios Tigre e
Eufrates remonta ao período Paleolítico e,
devido à abundância de recursos hídricos, essa
região foi sucessivamente disputada por vários
povos.
IV. Na região designada como Crescente Fértil,
verificou-se o desenvolvimento das atividades
agrícolas atreladas ao avanço de técnicas de
irrigação e atividades comerciais, tudo isso
mediado pela atuação de Estados fortes.
É correto o que se afirma em:
Leia o texto a seguir:
A política no pódio: episódios de tensões e
conflitos nos Jogos Olímpicos da Era Moderna
Flavio de Campos
Em tempos de protestos e conflitos em
praças esportivas brasileiras, este artigo tem
como objetivo retomar alguns episódios
marcantes de tensões e enfrentamentos
ideológicos ocorridos durante a história dos Jogos
Olímpicos de Verão da Era Moderna. Pretende-se
questionar a perspectiva, contida nos discursos
oficiais do Comitê Olímpico Internacional, entre
os organizadores dos mais diversos países e de
setores expressivos da imprensa, de que a
política e os esportes devem estar apartados em
nome do espírito olímpico. A referência a tais
episódios demonstra como as situações históricas
revelam a recorrência das práticas e confrontos
políticos mais ou menos explícitos.
CAMPOS, F. de. A política no pódio:
episódios de tensões e conflitos nos Jogos
Olímpicos da Era Moderna. História
USP, São Paulo, n. 108, jan./mar. 2016
Disponível em: <
http://www.revistas.usp.br>. Acesso em: 20
ago. 2016
O artigo publicado na Revista da Universidade de
São Paulo (USP) traz inferências quanto a questões
políticas, sociais e culturais (co)relacionadas à
História das Olimpíadas.
Analise os itens a seguir, julgue-os e
posteriormente assinale a alternativa correta:
I. Na Antiga Grécia, a trégua sagrada ( –
ekechería) era proclamada a cada quatro anos
por emissários que anunciavam a realização
dos Jogos Olímpicos. Assim, as hostilidades
entre as póleis deveriam ser suspensas e
garantidos salvo-condutos nos percursos de
ida e volta da cidade de Olímpia, considerada
como território neutro e inviolável durante as
competições.
II. Em 393 d.C., Ambrósio, bispo de Milão, obteve
do imperador romano Teodósio a proibição aos
Jogos Olímpicos, a principal referência lúdica
da cultura clássica. Em um contexto de
afirmação do cristianismo e de luta contra os
mais diversos paganismos, o combate aos jogos
fúnebres e às reminiscências aos demais jogos
helênicos (píticos, nemaicos e ístmicos) fez
parte do programa de ação das lideranças cristãs
que procuravam estabelecer a sua hegemonia
diante de outros sistemas de crenças e práticas
devocionais no Mediterrâneo.
III. O resgate dos Jogos Olímpicos no final do
século XIX, capitaneado por Pierre de Freddy,
o barão de Coubertin, foi estimulado pelas
proposições do cristianismo atlético ou
cristianismo muscular, que se desenvolvera,
sobretudo nas escolas inglesas, articulando-o a
uma visão idealizada do mundo grego, que
serviria de preceptiva para as práticas
esportivas dos sportsmen.
IV. Berlim foi a cidade escolhida para sediar os
Jogos de 1916. Os dirigentes do Comitê
Olímpico Internacional acreditavam que a
indicação da Alemanha pudesse contribuir para
evitar a eclosão da guerra, como se fosse
possível uma ekechería no mundo
contemporâneo. Pelo contrário, a guerra
impediu a realização da VI Olimpíada da Era
Moderna. O mesmo voltaria a acontecer em 1940
e em 1944, no contexto da Segunda Guerra
Mundial. Ainda assim, esses jogos são
oficialmente contados, mesmo que não
realizados.
Considerando as contribuições da cultura indígena
no Brasil, analise os itens abaixo, julgue-os e em
seguida assinale a alternativa correta:
I. A influência cultural indígena na sociedade
brasileira perpassa o hibridismo quanto a
assimilação da língua portuguesa e suas
influências das línguas indígenas. Várias
palavras de origem indígena se encontram em
nosso vocabulário cotidiano, como palavras
ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju,
mandioca, tatu) e palavras que são utilizadas
como nomes próprios (como o parque do
Ibirapuera, em São Paulo, que significa, “lugar
que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer
árvore e “puera” tem o sentido de algo que já
foi. O rio Tietê em São Paulo também é um
nome indígena que significa “rio verdadeiro”)
II. Além da influência indígena na culinária
brasileira, herdamos também a crença nas
práticas populares de cura derivadas das
plantas. Por isso se recorre ao pó de guaraná, ao
boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente
de sucupira, entre outros, para curar alguma
enfermidade.
III. A culinária brasileira herdou vários hábitos e
costumes da cultura indígena, como a utilização
da mandioca e seus derivados (farinha de
mandioca, beiju, polvilho), o costume de se
alimentar com peixes, carne socada no pilão de
madeira (conhecida como paçocA) e pratos
derivados da caça (como picadinho de jacaré e
pato ao tucupi), além do costume de comer
frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri,
graviola, caju, açaí e o buriti).
IV. Por volta de 1500, momento da chegada dos
europeus, até os dias atuais, século XXI, a
população indígena diminuiu drasticamente, de
três a cinco milhões de índios para, atualmente,
segundo a FUNAI (Fundação Nacional do
Índio), 358 mil índios.
Sobre a agrimensura assinale a alternativa incorreta:
Surgida na França, durante a década de 1920, esta tendência historiográfica estabeleceu a relevância de aspectos da vida privada, da cultura e das mentalidades como temas dignos da pesquisa histórica. Ao admitirem a contribuição de outras ciências, terminaram por ampliar o conceito de tempo histórico e propuseram novos objetos e procedimentos metodológicos. O trecho acima refere-se à/ao:
“As teorias e práticas mercantilistas estão
inseridas no contexto da transição do Feudalismo
para o Capitalismo, possuindo ainda características
marcantes das estruturas econômicas feudais e já
diversos fatores que serão mais tarde identificados
com características capitalistas, não sendo nenhum
dos dois sistemas, no entanto. O termo
mercantilismo define os aspectos econômicos desse
processo de transição. Se o mercantilismo tem sua
contraparte política no Estado absoluto, no campo
social tem relação com a estrutura social
comumente conhecida como sociedade do Antigo
Regime.” (SILVA, Kalina V. & SILVA, Maciel
Henrique. “Dicionário de conceitos históricos”. São
Paulo : Contexto, 2009, p. 283-284).
Das práticas apresentadas abaixo, qual não pode ser
identificada como pertencente ao mercantilismo:
Quanto às características gerais que identificam
dois dos regimes totalitários do período entreguerras,
nomeadamente o Fascismo e o Nazismo, é
correto afirmar que ambos apresentam o/a, exceto:
O documento não é inócuo. É, antes de mais nada,
o resultado de uma montagem, consciente ou
inconsciente, da história, da época, da sociedade
que o produziram, mas também das épocas
sucessivas durante as quais continuou a viver,
talvez esquecido, durante as quais continuou a ser
manipulado, ainda que pelo silêncio. O documento
é uma coisa que fica, que dura, e o testemunho, o
ensinamento (para evocar a etimologia) que ele traz
devem ser em primeiro lugar analisados,
desmistificando-lhe o seu significado aparente. O
documento é monumento. Resulta do esforço das
sociedades históricas para impor ao futuro –
voluntária ou involuntariamente – determinada
imagem de si próprias. (2003, p.537-538).
LE GOFF, Jacques. Documento/monumento. In:
FONSECA, Thaís N. L. (orgs.). História e
Memória. 5 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp,
2003, p. 525-541
Sobre as considerações postas por Le Goff, é
correto afirmar que a Documentação:
A integração com as áreas profissionais faz com
que a Historiografia parta para as discussões
temáticas. O estudante do Curso de Engenharia ou
de um Técnico do Eixo Tecnológico de
Infraestrutura deve conhecer as expressões
construtivas ao longo dos tempos históricos. O
papel do docente é justamente oportunizar este
contato.
Sendo assim observe as imagens e assinale a
alternativa que possui a correspondência correta:
Figura 1 – Colunas gregas
Fonte:
Acesso em 20 ago. 2016
Em “Apologia da História – ou, O Ofício de
Historiador”, o medievalista francês Marc Bloch
apresenta algumas reflexões que são contribuições
teórico-metodológicas significativas para as
ciências humanas, em geral, e, em particular, para a
história. A respeito das principais formulações
conceituais desenvolvidas pela tendência
historiográfica à qual pertencia Bloch, pode-se
citar:
I. História-problema.
II. Materialismo histórico.
III. História de longa duração.
IV. Consciência de classe.
É correto o que se afirma em:
Numa das fases da Revolução Inglesa, durante a designada Revolução Puritana (1641-1649), estabeleceu-se uma guerra civil que opôs os seguintes setores da sociedade inglesa:
Entre os anos de 1894-1930, período conhecido como “República Velha”, o Brasil esteve sob o domínio de setores das oligarquias rurais de Minas Gerais e São Paulo, grupos que contavam com o apoio político de lideranças de outros Estados. Considerando este contexto e sua relação com o antigo norte goiano, atual Tocantins, é correto afirmar que:
Sobre Hobsbawm(1)
“Se eu me arrependo? Não, não creio. Tenho plena
consciência de que a causa que abracei revelou-se
infrutífera. Talvez não devesse ter seguido esse
caminho. Mas, por outro lado, se os homens não
cultivam o ideal de um mundo melhor, eles perdem
algo. Se o único ideal dos homens é a busca da
felicidade pessoal, por meio do acúmulo de bens
materiais, a humanidade é uma espécie diminuída”
Eric Hobsbawm - 1999
Com base nas publicações de Eric Hobsbawm
analise os itens abaixo, julgue-os e assinale a
alternativa correta.
I. Seria necessário muito esforço para vislumbrar
no conjunto da obra de Eric Hobsbawm a
presença da política. Seu projeto assim como
seus métodos foram de uma complexidade
desde seu primeiro livro, passando pelos artigos
e incluindo até as mais informais entrevistas.
II. Sob a égide de valores que remontam ao século
XVIII Iluminista, senão mesmo ao humanismo
cívico renascentista, construiu e buscou delinear
de forma coerente toda a sua trajetória
intelectual.
III. O ideal da razão permeou, inclusive, seu olhar
retrospectivo em sua autobiografia: Tempos
Interessantes: uma vida no século XX. O
comunismo, para Hobsbawm, foi parte da
tradição da civilização moderna, desde as
“Revoluções Americana e Francesa”, ou seja,
do compromisso com a melhoria das condições
de vida de todos os seres humanos.
IV. Fundamentou sua própria concepção de
política, aquela que se desenvolve numa “esfera
pública”, “na qual as pessoas articulam suas
opiniões e se unem para alcançar objetivos
coletivos”.
V. Concebeu a política como um sistema, não
diferindo da definição apresentada por Robert
Dahl, a saber, “qualquer estrutura persistente de
relações humanas que envolva controle,
influência, poder ou autoridade, em medida
significativa”.
(1) CORREA, P. G. História, política e revolução em Eric Hobsbawm e François Furet. 2006. 241 folhas. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo (USP). Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponive is/8/8138/tde-06072007-120331/ptbr.php> . Acesso em 20 ago. 2016
A história do Tocantins é marcada por momentos de idas e vindas. Tendo em vista a criação da comarca no norte em 1809, podemos inferir que:
Os itens a seguir fazem parte da integração entre a
História e cursos no eixo tecnológico de
Informação e comunicação, neste caso a história da
computação.(1)
Analise-os, julgue-os e assinale a alternativa
correta.
I. A segunda geração (1956 - 1963) foi
impulsionada pela invenção do transistor (1948)
e em 1956 já se produziam computadores com
esta tecnologia. Apareceram também os
modernos dispositivos, tais como as
impressoras, as fitas magnéticas, os discos para
armazenamento, etc. Os computadores
passaram a ter um desenvolvimento rápido,
impulsionados principalmente por dois fatores
essenciais: os sistemas operacionais e as
linguagens de programação.
II. Os circuitos integrados propiciaram um novo
avanço e com eles surgiram os computadores de
terceira geração (1964 - 1970). As tecnologias
LSI, VLSI e ULSI† abrigam milhões de
componentes eletrônicos em um pequeno
espaço ou chip, iniciando a quarta geração, que
vem até os dias de hoje (2016).
III. Os atuais avanços em pesquisa e o projeto de
novas tecnologias para os computadores estão
possibilitando o surgimento da quinta geração.
Dois avanços que configuram um divisor de
águas são o processamento paralelo, que
quebrou o paradigma de von Neumann, e a
tecnologia dos supercondutores.
IV. A partir de 1975, com a disseminação dos
circuitos integrados, a Computação deu um
novo salto em sua história, proporcionado pelo
surgimento e desenvolvimento da indústria dos
computadores pessoais e, principalmente, pelo
aparecimento da computação multimídia. Com
o aparecimento dos microcomputadores,
rompeu-se a barreira de deslumbramento que
cercava as grandes máquinas e seu seleto
pessoal que as manipulava, e surgiu a
possibilidade da transferência do controle do
computador para milhares de pessoas,
assistindo-se à sua transformação em um bem
de consumo.
V. No início da década de 1990, ocorreu uma
difusão intensa do paradigma da orientação a
objeto(2). Este paradigma esteve em gestação
por cerca de 30 anos e as novas tecnologias
como a Internet (...). O crescimento da Internet
e o “comércio eletrônico” introduziram novas
dimensões de complexidade no processo de
desenvolvimento de programas.