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A adolescência é um fator relevante na Metodologia do Ensino do Português para os alunos dos 8ºs e 9ºs anos, pois trata-se de um período de suas vidas em que o desenvolvimento é marcado pelo processo de (re)constituição da identidade, em que ocorrem transformações corporais, afetivo-emocionais, cognitivas e socioculturais. Isso, naturalmente, repercute no tipo de linguagem por eles usada, uma vez que criam modismos, vocabulários específicos, formas de expressão etc, como, por exemplo, as falas das tribos, (surfistas, skatistas, funkeiros etc.). (PCN, 1998: 46-47). Isso posto, analise:

I. No ensino de Língua Portuguesa, considerar a condição afetiva, cognitiva e social do adolescente implica a possibilidade de um fazer reflexivo, em que se busca construir um saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões, valores e saberes são veiculados nos discursos orais e escritos.

II. A mediação do professor neste caso é fundamental, pois cabe a ele mostrar ao aluno a importância que, no processo de interlocução, a consideração real da palavra do outro assume, concorde-se com ela ou não.

III. Ao organizar o ensino, é fundamental que o professor tenha instrumentos para descrever a competência discursiva de seus alunos, no que diz respeito à escuta, leitura e produção de textos, de forma a planejar o trabalho em função de um aluno ideal para o ciclo.

IV. A escola deverá organizar um conjunto de atividades que possibilitem ao aluno desenvolver o domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situação de produção social e material do texto.

Estão corretas as afirmativas:

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No final do texto, “corpo” e “casa” são aproximados em uma comparação figurada que é construída, sobretudo, por meio da:
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A observação dos elementos não-verbais do texto é responsável pelo entendimento do humor sugerido. Nesse sentido, a evolução do homem e do computador, através de tais elementos, deve ser entendida como:
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Texto II
O texto abaixo é um fragmento de uma obra de ficção do escritor brasileiro Lima Barreto, na qual é descrito um país imaginário, Bruzundanga.
 
 
Os heróis
               A república da Bruzundanga, como toda pátria que se preza, tem também os seus heróis e as suas heroínas.
              Não era possível deixar de ser assim, tanto mais que a pátria sempre foi feita para os heróis, e estes, sinceros ou não, cobrem e desculpam o que ela tem de sindicato declarado. 
             Um país como a Bruzundanga precisa ter os seus heróis e as suas heroínas para justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido.
             O mais curioso herói da pátria bruzundanguense é sem dúvida uma senhora que nada fez por ela, antes perturboulhe a vida, auxiliando um aventureiro estrangeiro que se meteu nas suas guerras civis.
            Para bem compreenderem o meu pensamento, é preciso que antes lhes recorde por alto alguns pontos da história política da Bruzundanga. Vou fazê-lo. 
            A atual República consta de territórios descobertos pelos iberos e povoados por eles e por outros povos das mais variadas origens.
           Os colonizadores fundaram várias feitorias; e, quando fizeram a independência da Bruzundanga, essas feitorias ficaram sendo províncias do Império que foi criado.
           Feita a República, elas ficaram mais ou menos como eram, com mais independência e outras regalias. Portanto, é claro que a evolução política da Bruzundanga tinha por expressão a unidade dessas províncias, e era mesmo o seu fim. Qualquer pessoa que tenha tentado, ou venha tentar, o desmembramento dessas províncias não pode ser tido como herói nacional.
          Pois bem: um senhor estrangeiro, cheio de qualidades, talvez, meteu-se de parceria com uns rebeldes, para separar uma dessas províncias do bloco bruzundanguense. Isto ao tempo do Império. Em caminho, em umas das suas correrias, encontrou-se com uma moça da Bruzundanga que se apaixonou por ele. Seguiu-o nas suas aventuras e combates contra a união bruzundanguense. [...]
 
                                                                                                                  (BARRETO, Lima. Os Bruzundangas. São Paulo: Ed. Ática, 2011)

Considere o fragmento abaixo para responder às questões 6 e 7 seguintes.

“para justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido” (3º§)

 

O vocábulo destacado é acentuado em função:

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Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.

Alagoas ______ pelo acolhimento aos turistas.

Ontem, 75% dos aprovados não ______ a comemoração.

Ele foi um dos que ______ a obra.

Os Estados Unidos ______ a partida.

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Assinale a alternativa que não apresenta problema de concordância.

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A respeito de coesão e coerência textuais, considere as afirmativas a seguir atribuindo valores de Verdadeiro ( V ) ou Falso ( F ).

( ) 'Adorei a vitória da Seleção Brasileira. Mas vamos comemorar com champanhe.' Este enunciado apresenta um problema de coerência textual.

( ) Coesão e coerência são fatores da textualidade regulados pelo contexto discursivo.

( ) Para um texto ter unidade de sentido, para ser um todo coerente, é necessário que apresente conexões gramaticais e articulação de ideias, ou seja, é necessário que haja coesão e coerência textuais.

( ) 'João tem dois lindos filhos. João não possui filho algum.' Este enunciado apresenta um problema de coerência textual.

( ) Embora os conectores sejam portadores de sentido, eles não contribuem para construir a coerência de um texto.

Assinale a alternativa que traga, de cima para baixo, a sequência correta.

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No trecho “Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela, em inglês, por debaixo da coroa. Não é estranhíssimo?“ (6º§), ocorrem vários exemplos do registro informal da língua. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que se diferencia das demais por NÃO ilustrar tal informalidade e ser exemplo do padrão culto.

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Texto
Automóvel: Sociedade Anônima
(Paulo Mendes Campos)

   Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Saiba que está praticando um gesto essencialmente econômico; não para a sua economia, mas para a economia coletiva. Isso quer dizer que, do ponto de vista comunitário, o automóvel que você adquire não é um ponto de chegada, uma conquista final em sua vida, mas, pelo contrário, um ponto de partida para os outros. Desde que o compre, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. 
   Com o carro, você está ampliando seriamente a economia de milhares de pessoas. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro para toda classe de pessoas: industriais europeus, biliardários do Texas, empresários brasileiros, comerciantes, operários especializados, proletários, vagabundos, etc. 
   Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher ao máximo nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita, localizada no Brasil, mas sem qualquer inibição no que toca à remessa de lucros para o exterior; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas, etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios, etc.; as indústrias de petróleo [...]
   Você já pode ir vendo a gravidade do seu gesto: ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente, até ontem, você estava fora do alcance deles; hoje, seu transporte passou a ser, do ponto de vista econômico, simplesmente transcendental. Você é um homem economicamente importante – para os outros. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. 
   Mas não fica só nisso; você estará ainda girando numa constelação menor, miúda mas nada desprezível: a dos recauchutadores, eletricistas, garagistas, lavadores, olheiros, guardas de trânsito, mecânicos de esquina. Você pode ainda querer um motorista ou participar de alguma das várias modalidades de seguros para automóveis. Em outros termos, você continua entrando pelo cano. No fim deste, há ainda uma outra classe: a dos ladrões, seja organizada em sindicatos, seja a espécie de francopuxadores. [...]

No último parágrafo, a expressão destacada em “Em outros termos, você continua entrando pelo cano.” cumpre o seguinte efeito linguístico: 
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O caráter narrativo do texto pode ser percebido pelo modo com que foi estruturado.

Quanto a essa estrutura, pode-se afirmar que:

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                                                                                                    Cusco

Cusco, que na linguagem quéchua (língua indígena local) significa "umbigo do mundo", é uma pequena cidade do Peru situada no vale sagrado dos Incas, no alto da cordilheira dos Andes. O local, que atrai turistas de todas as partes, está localizado em uma região de clima seco e frio o que ajuda a preservar construções dos antigos povos incas que se misturam com prédios de estilo colonial. As ruínas de Cusco - cidade que foi nomeada pela Unesco em 1983 Patrimônio Cultural da Humanidade -, são o que mais chamam a atenção de 
turistas. Vários templos, palácios e fortalezas centenárias estão espalhadas pela cidade (...). Os incas acreditavam que quanto mais perto do céu e do sol, mais feliz o povo seria, por isso, as casas e os vilarejos da cidade são perto das montanhas.
                                                                                                                                                 

                                                                                                                                                     Juliana Venturi Tahamtani / R7.com. 2015.

O texto acima é predominantemente: 
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Texto
Automóvel: Sociedade Anônima
(Paulo Mendes Campos)

   Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Saiba que está praticando um gesto essencialmente econômico; não para a sua economia, mas para a economia coletiva. Isso quer dizer que, do ponto de vista comunitário, o automóvel que você adquire não é um ponto de chegada, uma conquista final em sua vida, mas, pelo contrário, um ponto de partida para os outros. Desde que o compre, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. 
   Com o carro, você está ampliando seriamente a economia de milhares de pessoas. É uma espécie de indústria às avessas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro para toda classe de pessoas: industriais europeus, biliardários do Texas, empresários brasileiros, comerciantes, operários especializados, proletários, vagabundos, etc. 
   Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que podemos encolher ao máximo nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita, localizada no Brasil, mas sem qualquer inibição no que toca à remessa de lucros para o exterior; os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas, etc.; as fábricas de rolamentos e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios, etc.; as indústrias de petróleo [...]
   Você já pode ir vendo a gravidade do seu gesto: ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente, até ontem, você estava fora do alcance deles; hoje, seu transporte passou a ser, do ponto de vista econômico, simplesmente transcendental. Você é um homem economicamente importante – para os outros. Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos você. 
   Mas não fica só nisso; você estará ainda girando numa constelação menor, miúda mas nada desprezível: a dos recauchutadores, eletricistas, garagistas, lavadores, olheiros, guardas de trânsito, mecânicos de esquina. Você pode ainda querer um motorista ou participar de alguma das várias modalidades de seguros para automóveis. Em outros termos, você continua entrando pelo cano. No fim deste, há ainda uma outra classe: a dos ladrões, seja organizada em sindicatos, seja a espécie de francopuxadores. [...]

O texto é uma crônica que tem sua estrutura organizada, predominantemente, pela tipologia: 
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Em “Fabiano esfregou as mãos satisfeito” (3º§), o vocábulo destacado ilustra o seguinte emprego das classes de palavras:

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O título do texto, “Aquilo por que vivi”, apresenta a preposição “por” em função de uma exigência. Tratase de uma exigência de:

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Dada a função

, então g(f(-1)

é:

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O valor à vista de um produto é R$ 150,00 e Carlos o comprou por R$ 172,50, pagando juros sobre o valor à vista. Nessas circunstâncias, a taxa percentual de juros pagos por Carlos é de:
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Em uma pesquisa com 200 pessoas sobre a preferência entre dois produtos A e B, 50 pessoas disseram gostar de A, 20 disseram gostar apenas de B, e 10 disseram gostar de A e de B.

Quanto ao número de pessoas que não gostou de nenhum desses produtos e a probabilidade de em um sorteio aleatório, entre as pessoas entrevistadas, ela ter dito gostar apenas de A, assinale a alternativa correta.

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Os números estão dispostos em sequência lógica 0,5,50,5,10,45,10,15,40,15,...Nessas condições a soma entre os dois próximos números dessa sequência é:
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Uma população é formada pelos salários dos empregados de uma empresa. Decide-se dar um aumento de 10% sobre todos os salários mais um adicional fixo de R$ 500,00 para todos os salários. Com relação às medidas de tendência central e de dispersão é correto afirmar que a nova população formada terá
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Seja a tabela de frequências relativas abaixo correspondendo à distribuição dos salários dos funcionários sem nível superior, lotados em um órgão público. Para o segundo e terceiro intervalos de classes não foram fornecidas as respectivas frequências (na tabela, denotadas por x e y, respectivamente).

Utilizando o método da interpolação linear, obteve-se o valor de R$ 3.900,00 para a mediana (Md) dos salários. O valor da média aritmética (Me) foi obtido considerando que todos os valores incluídos em um certo intervalo de classe são coincidentes com o ponto médio deste intervalo. A expressão (3Md − 2Me) apresenta, em R$, um valor igual a