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Segundo o autor do texto, o emprego da palavra “reprodução” para se referir ao nascimento de um filho
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De acordo com o texto, é correto afirmar que os contos de fadas
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Leia o texto para responder às questões de números 76 a 79.

Moscas, e teto azul


   Amigos dizem-me: pinte o teto de sua cozinha de azul, assim não entrarão moscas.
   Desço a escada sonhador e perplexo; será verdade? Quem descobriu que moscas não amam o azul, esse delicadíssimo segredo da construção civil, fino mergulho na sensibilidade aérea do inseto aborrecido para nós, mas em si mesmo respeitável como todo ser?
   Faz o homem a sua casa e não quer moscas, pinta de azul seu teto, moscas chegam até a janela, olham lá dentro para cima, pensam: pintou de azul o teto, ele não nos ama, adeus.
   A relação mosca-homem é incessante no mundo, tanto que o homem a chama oficialmente Musca domestica, celebrando seu amor à casa do homem, imaginando talvez que não havia moscas antes de haver casas, como certamente não existiam andorinhas sem beirais para viver e fios telefônicos onde se encontrarem as amigas e bater um papo olhando a tarde; uma criança nascida em Brasília que não sair de lá morrerá sem ver andorinhas, triste sina.
   Cuida o leitor que estou escrevendo bobagens, e é certo. Mas eu sei das bobagens minhas, elas possuem um enredo íntimo.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Fragmento)

As perguntas presentes no segundo parágrafo do texto devem ser entendidas como
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Conforme os versos mostram, o heterônimo Álvaro de Campos caracteriza-se por ser
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Leia o texto, para responder à questão.
 
   Dizer não com clareza é uma das primeiras habilidades adquiridas pelos seres humanos. No início da vida, muito antes de aprenderem a falar, os bebês já são capazes de deixar claro que estão descontentes com a temperatura da água do banho, ou que já saciaram a fome e não querem mais mamar. Nada disso, no entanto, impede que, quando cresçam, muitas pessoas sejam incapazes de negar um pedido, não importa de onde venha. A maioria, pelo jeito: estudo conduzido pelo departamento de psicologia comportamental da prestigiada Universidade Cornell, nos Estados Unidos, concluiu que as pessoas são mais afeitas a dizer sim do que não. Ao longo de quinze anos, a pesquisadora Vanessa Bohns realizou experimentos sociais com cerca de 15 000 pessoas, seguindo um mesmo roteiro: sua equipe abordava estranhos na rua e pedia que fizessem alguma coisa inesperada.
    A dificuldade de negar ajuda ou pedido tem raízes na pré- -história, quando se percebeu que as chances de sobrevivência eram maiores se as pessoas se organizassem em bandos e colaborassem umas com as outras do que se vagassem sozinhas por ambientes inóspitos e cheios de perigo. “Agindo em conjunto, a humanidade se mostrou capaz de obter ganhos para sua sobrevivência. Por isso, se uma pessoa lhe pede um favor, a reação natural é colaborar com ela”, explica Ariovaldo Silva Júnior, neurocientista da UFMG. Nos tempos modernos, esse condicionamento virou, em algumas pessoas, motivo de enorme angústia, sintoma de um distúrbio conhecido como ansiedade de insinuação. O problema se manifesta cada vez que o indivíduo se vê, de alguma forma, forçado a fazer algo que não quer, apenas para não se sentir rejeitado pelos pares. Albert Einstein, um dos mais brilhantes angustiados, escreveu: “Toda vez que diz sim querendo dizer não, morre um pedaço de você”.
 
(Matheus Deccache e Ricardo Ferraz, Palavrinha difícil. Veja, 23.02.2022. Adaptado)
Segundo o texto,
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Leia o texto para responder à questão.

Uma palavra que descreve Hans Rosling de modo coerente com o que se expõe no texto é:

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Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 08.

Pessoas do bem

Volta e meia deparamos com as seguintes questões: porventura
existem pessoas do bem? Podemos dizer que de um
lado há os “do bem” e, de outro, os “do mal”?


Talvez a resposta imediata seja uma negativa. Uma resposta
fácil, porque não envolve compromisso nem esforço.
Não é possível estabelecer e rotular, seguramente, dessa
maneira, muito menos tecer qualquer julgamento. Todos nós
temos bons valores, mas muitas vezes agimos de modo a
prejudicar o próximo e até a nós mesmos, consciente ou
inconscientemente.


Entretanto, se tomarmos essa negação como absoluta, a
confusão se instala. Não poderemos eleger, e esse é um risco,
as coisas boas, nem evoluir nesses valores positivos. Em
outras palavras, se dissermos que jamais se pode traçar uma
linha entre pessoas boas e más, também estamos a dizer
que não existem valores construtivos, que nos fazem caminhar
para um lugar melhor, pois os valores são inseparáveis
das pessoas.

Nesses termos, temos que arriscar, sim, alguns paralelos,
ainda que maniqueístas; aparentemente simplistas. Aliás,
não há nada de errado nessa visão dual do mundo, pois isso
é muito antigo, até inato. O que não parece certo é apontar e
discriminar, para excluir aqueles que não estão inseridos no
grupo do bem. A atividade das pessoas do bem, diga-se, não
tende a segregar, mas sim aproximar, incluir.


Se recorrermos à religião, ao direito, à história, por exemplo,
há um vetor quase que comum e permanente. Pessoas
do bem são aquelas que, na comunidade, respeitam o outro;
sabem ver no outro um espelho. Em suma, as pessoas
que praticam o bem reconhecem que não são únicas e, por
estarem junto às demais, vivem em sintonia com o todo, com
a comunidade.

E numa comunidade assim, a solidariedade triunfa.
Ninguém fica à mercê dos infortúnios da vida. Os que caem
são prontamente socorridos. Os que tropeçam aprendem, no
tropeço, um passo de dança, pois há sempre um parceiro ao
lado com a mão estendida. E as conexões sociais fortes são
hoje, reconhecidamente, um dos melhores ingredientes para
a felicidade.

O final dessa história, portanto, leva a um estado de
espírito que nos traz prazer e vontade de viver. Nossa aposta,
com todas as fichas, é que existe um elo de sequência,
quase de causa e efeito, nas boas atitudes. As pessoas do
bem, altruístas, solidárias, produzem felicidade. Elas nos deixam
felizes.

E se existe uma regra na vida que jamais pode ser revogada
é esta: todos temos direito à felicidade. Dependemos,
portanto, das pessoas do bem.


(Evandro Pelarin, Diário da Região, 18.04.2023. Adaptado)

É correto afirmar que, no segundo parágrafo, em resposta
a indagações formuladas no primeiro, o autor
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Leia o texto, para responder à questão.
 
 
Um dia na vida de Adão e Eva
 
  Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores.
   O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialistas da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares e nossos conflitos são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores- -coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados.
   Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos.
   Por que, por exemplo, as pessoas se regalam com alimentos altamente calóricos que tão pouco bem fazem a seus corpos? Nas savanas e florestas que caçadores-coletores habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa. Se uma mulher da Idade da Pedra se deparasse com uma árvore repleta de figos, a coisa mais razoável a fazer era ingerir o máximo que pudesse imediatamente, antes que um bando de babuínos comesse tudo. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete.
 
 
(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade. 34ª ed. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2018. Excerto adaptado)
Considere o seguinte trecho redigido a partir do texto:

Como os caçadores-coletores viviam em um ambiente em que ________ escassos os alimentos calóricos, ao encontrar algum fruto doce, ________ a ele com a avidez de quem tem a certeza de ser ________, além da pressa em ingerir rapidamente o alimento devido ao receio de surgirem concorrentes ________ a entrar em conflito pela iguaria.

Em conformidade com a norma-padrão de concordância verbal e nominal, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
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Atendendo à norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, assinale a alternativa em que a expressão destacada na frase pode ser substituída pela expressão entre parênteses.
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Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e

aos sentidos do texto.

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Quanto à ocorrência do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase a seguir, em conformidade com a norma-padrão.

 

Um novo termo é cunhado devido _______necessidade de se dar um nome _____ um conceito que antes não existia e que passará, assim, _____ ser usado.

 
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Leia o texto para responder à questão.

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do acento indicativo da crase, de acordo com a norma-padrão.

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Assinale a alternativa em que a concordância verbal e

nominal segue a norma-padrão da língua portuguesa.

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Do número total de candidatos inscritos em um processo seletivo, apenas 30 não compareceram para a realização da prova. Se o número de candidatos que fizeram a prova representa 88% do total de inscritos, então o número de candidatos que realizaram essa prova é
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Todos os dias, são necessárias, em média, duas horas para cinco analistas, todos com a mesma força de trabalho, analisarem determinada quantidade Q de documentos.
Em um dia em que um desses analistas não puder realizar essa tarefa, espera-se que os quatro demais, no mesmo ritmo de trabalho, realizem metade dessa tarefa em, no mínimo, 1 hora e
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Jonas leu 3 livros no mês de janeiro, sendo um livro de 348 páginas, outro de 441 páginas e um terceiro de 235 páginas. No dia primeiro de janeiro, ele leu 1/16 do total de páginas desses três livros e, em cada um dos demais dias do mês, ele leu o mesmo número de páginas. Jonas lia todo um livro antes de passar para o próximo e, no dia 21, ele terminou de ler o livro com o maior número de páginas. O dia de janeiro em que Jonas terminou de ler o primeiro livro foi

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A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguinte. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é correto afirmar que a receita média trimestral prevista para 2018 é, em milhões de reais, igual a

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A tabela seguinte relaciona os cinco atos infracionais mais comuns cometidos por adolescentes de 12 a 15 anos, e os respectivos números de ocorrências atendidas por policiais militares de  determinado Batalhão, em certo período.

De acordo com os dados da tabela, é correto afirmar que o número de casos de roubo circunstanciado (assalto mediante ameaça com arma de fogo ou participação de duas ou mais pessoas)  registrados no período considerado foi

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Considere a seguinte tabela de desconto mensal de imposto

de renda na fonte, de trabalhadores assalariados.


Um trabalhador que teve como desconto de imposto de

renda, em determinado mês de vigência da tabela, o valor

de R$ 185,20, teve uma base de cálculo que, para

atingir R$ 10.000,00, precisa ser adicionado a

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Considere apenas os dados a seguir para resolver a questão. Fiz uma viagem que durou 1 hora e 30 minutos, a 60 km/h. Para ter gasto 20% a menos do tempo de viagem, a minha velocidade deveria ter sido de