1
“Outro ponto ajuda a ampliar a interpretação sobre a sociedade colonial. Documentos trouxeram à luz uma vasta camada populacional, situada entre os grandes senhores e os escravos, que se inseria de forma decisiva na dinâmica do setor exportador. (...) A grande lavoura, portanto, não era auto– suficiente. Havia um importante mercado interno que relacionava os mais diversos setores de produção e de serviços aos negociantes que faziam a vez de patrocinadores da empresa colonial agroexportadora.” (FARIA, Sheila de Castro. “A colônia é mais embaixo”. Revista de História da Biblioteca Nacional. in: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/a– colonia–e–mais–embaixo)
Uma das atividades econômicas da América Portuguesa voltadas prioritariamente para o abastecimento do mercado interno foi
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As opções a seguir caracterizam corretamente o processo de expansão e modernização da economia cafeeira, na segunda metade do século XIX, à exceção de uma. Assinale-a.
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Relacione as reformas político-institucionais do período regencial com suas respectivas funções. 1- Guarda Nacional
2- Código do Processo Criminal
3- Ato Adicional
4- Lei Interpretativa do Ato Adicional
( ) Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais conservadores.
( ) Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das Assembleias Provinciais.
( ) Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo para repressão das revoltas.
( ) Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a autoridade judiciária do município.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
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Observe a tabela sobre as taxas anuais de crescimento em

setores da economia brasileira


Com base na tabela, assinale a opção que caracteriza

corretamente o desempenho da economia brasileira, entre 1920

e 1945

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A famosa frase “Nada se assemelha mais a um ‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder”, atribuída ao político pernambucano Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti, testemunha a convergência de interesses das elites que compunham os partidos políticos do Segundo Reinado. Entretanto, a historiografia assinala as especificidades de luzias e saquaremas.
A respeito das interpretações historiográficas do quadro partidário do Segundo Reinado, analise as afirmativas a seguir. I. Para Caio Prado Júnior, as diferenças entre saquaremas e luzias podiam ser entendidas como disputas entre os interesses reacionários e progressistas da burguesia, sem necessariamente se concretizarem em conflitos partidários. II. Para José Murilo de Carvalho, a distinção entre saquaremas e luzias estava em suas respectivas bases regionais: enquanto os primeiros tinham mais força entre os proprietários rurais e os burocratas da Bahia e de Pernambuco, os segundos eram mais fortes entre os proprietários rurais e os profissionais liberais de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
III. Para Raimundo Faoro, saquaremas e luzias representavam as diferenças entre os conservadores ligados aos interesses agrários, em oposição aos liberais ligados à burocracia e defensores do fortalecimento do poder central.
Assinale:
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Desde meados do século XVII até meados do século XVIII, a economia regional amazônica se fundamentou na força de trabalho indígena, organizada pelas ordens religiosas em missões no interior do vale do Amazonas e em reduções no Baixo Amazonas.



As reduções eram aldeamentos de indígenas:

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Com relação ao quadro geral das relações sociais características da Primeira República, assinale V para a afirmação verdadeira e F para a falsa. ( ) A organização do movimento operário em torno dos ideais anarquistas, em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, teve como efeito a aprovação de uma legislação trabalhista mínima, que garantia jornada de oito horas semanais e férias remuneradas.
( ) Os movimentos sociais como Canudos, na Bahia, e Contestado, em Santa Catarina, resultaram da combinação de conteúdo religioso e carência social, na medida em que seus líderes pregavam ideais ascéticos de vida combinados com o desprendimento de bens materiais como a posse da terra.
( ) O clientelismo representou a forma geral das relações sociopolíticas na Primeira República, tendo como exemplo a influência dos coronéis, que eram a base local de poder no âmbito dos municípios.
As afirmativas são, respectivamente,
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As opções a seguir apresentam aspectos sociopolíticos estabelecidos pela Constituição de 1824, à exceção de uma. Assinale-a.
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“Ao iniciar a década de 1880, o abolicionismo entrou em uma fase insurrecional. A princípio de forma quase espontânea, depois de modo organizado. Surgiram sociedades secretas cujo fito principal era instigar a rebelião das senzalas e promover a fuga dos escravos. Entre tais organizações estão o Clube do Cupim, em Recife, e os Caifazes, em São Paulo.”
(COSTA, Emília Viotti da. A Abolição. São Paulo: Editora UNESP, 2008, p. 111.)

0 As ações e sociedades mencionadas no texto confirmam e reforçam a validade da tese de que a abolição da escravidão no Brasil resultou, entre outros fatores, da
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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base

na análise do frontispício, assinale V para a afirmativa verdadeira

e F para a falsa.

( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações

internacionais entre os países europeus, disputando o

controle do comércio do açúcar.

( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio

português, é objeto de propaganda no frontispício mediante

a sobreposição do escudo da Restauração a um mapa que

alude aos domínios do Império ultramarino português.

( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo

uso de emboscadas com pequenos grupos, em constante

movimento, está indicada na referência à “guerra brasílica"

no título da obra.

As afirmativas são, respectivamente,

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Entre os anos de 1879 e 1880, a capital do Império foi palco de protestos violentos, duramente reprimidos por tropas da polícia e do Exército, com saldo de pelo menos três mortos. Era a Revolta do Vintém, que também teve como consequência a queda do ministério que tinha instituído a cobrança da taxa de um vintém (20 réis) sobre o transporte urbano. O novo ministério nomeado pelo Imperador revogou a tarifa.
As motivações e os resultados obtidos pela revolta popular indicam que a Revolta do Vintém viabilizou–se por meio de mecanismos de organização da sociedade civil e de participação política popular
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Ao trabalhar em sala de aula com imagens de cidades coloniais, o professor apresenta uma gravura holandesa produzida em 1624, no contexto das invasões em Salvador.
Em meio à baía, estão representadas as naus holandesas, contra as quais os canhões das fortalezas portuguesas disparam, envoltos em fumaça.



Em relação aos processos de ocupação, uso e apropriação do espaço urbano na América Portuguesa, representados na fonte iconográfica acima, analise as afirmativas a seguir.
I. A gravura mostra algumas das funções atribuídas ao espaço urbano durante o período colonial, tais como a função comercial e militar.
II. A gravura identifica, para os conquistadores holandeses, os pontos estratégicos de Salvador, como as estruturas de defesa e a topografia do terreno.
III. A gravura retrata as fortificações, característica da ocupação territorial litorânea, construídas para assegurar a exploração de produtos extrativos.
Assinale:
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Tendo feito a independência, José Bonifácio considerou-a questão de tempo. Nem por isso deixou de tomar as providências necessárias para formalizá-la. Por meio de seus emissários enviados a Londres, Paris, Buenos Aires e aos Estados Unidos, ou em conversações diretas com os representantes de potências estrangeiras no Rio de Janeiro, conduziu as tratativas iniciais sobre o reconhecimento. Sendo a independência um fato consumado, entendia que os próprios interesses comerciais externos se encarregariam de promover-lhe a aceitação formal.

RICUPERO, Rubens. José Bonifácio e a criação da Política Exterior do Brasil. IBGH. 2013. Adaptado.

Sobre o reconhecimento diplomático do Império do Brasil, na primeira década após a independência, assinale a afirmativa correta.

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I. (...) é o ditador do Paraguai, Francisco Solano López, que vai renovar as pretensões de Rosas, de formar no Prata um grande império, rival do Brasil. Para isso preparava-se solícita, mas dissimuladamente; e só aguardava agora, um pretexto para entrar em cena.
POMBO, Rocha. História do Brasil. Revista e atualizada por Hélio Vianna São Paulo: Melhoramentos, 1960
II. Ovelha negra - Tal é o Paraguai aos olhos da burguesia inglesa e de outras burguesias europeias altamente desenvolvidas, e tal se torna, logo aos olhos de alguns cavalheiros que, no Prata e no Brasil, traficam e comercializam com as potências Ultramar, sem se preocuparem com outra coisa, a não ser seus interesses mesquinhos e restritos interesses de classe.
POMER, Léon. América latina: seus aspectos, sua história, seus problemas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1984, p. 12
III. (...) para Solano López [a guerra] era a oportunidade de colocar o seu país como potência regional e ter acesso ao mar pelo porto de Montevidéu, graças a uma aliança com os blancos uruguaios e os federalistas argentinos representados por Urquiza.
DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 96
A respeito das diferentes interpretações da Guerra do Paraguai contidas nos trechos acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) I e III associam os motivos da guerra à ação de indivíduos isolados, lançam estereótipos sobre o Paraguai de Solano López e exaltam a ação do Brasil na guerra.
( ) I e II problematizam os acontecimentos, consideram a influência do imperialismo britânico e caracterizam a singularidade política e econômica do Paraguai no contexto americano.
( ) II e III inserem o conflito nas relações internacionais da segunda metade do século XIX, em âmbito europeu e regional, e consideram os fatores estruturais, econômicos ou políticos, envolvidos no conflito.
As afirmativas são, respectivamente,
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Com base no mapa, sobre a evolução territorial da América

portuguesa, assinale a afirmativa correta.

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Leia os fragmentos a seguir. I. (...) Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assemblea Geral Decretou, e Nós Queremos a Lei seguinte. Art. 1º As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros, ou mares territoriaes do Brasil, tendo a seu bordo escravos (...), ou havendo-os desembarcado, serão apprehendidas pelas Autoridades, ou pelos Navios de guerra brasileiros, e consideradas importadoras de escravos. Aquellas que não tiverem escravos a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porêm que se encontrarem com os signaes de se empregarem no trafico de escravos, serão igualmente apprehendidas, e consideradas em tentativa de importação de escravos.
Coleção das leis do Império do Brasil, Rio de Janeiro, v. 1, parte 1, p. 267
II. (...) Faz saber a todos os Subditos do Imperio, que a Assembléa Geral Decretou, e Ella Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se:
1º Os escravos matriculados no serviço de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permittida, emquanto empregados no serviço das mesmas embarcações.
2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil.
Para os casos da excepção nº 1º, na visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos, com as declarações necessarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados.
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182)
Os fragmentos I e II correspondem, respectivamente,
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“Comecemos pela expressão 'República Oligárquica'. Oligarquia é uma palavra grega que significa governo de poucas pessoas, pertencentes a uma classe ou família. De fato, embora a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi controlado por um reduzido grupo de políticos em cada Estado.”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61 Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oligárquica brasileira na Primeira República.
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Com relação ao contexto intelectual próprio da passagem do

Império para a República, com base na imagem, analise as

afirmativas a seguir.

I. Os republicanos brasileiros, de orientação francesa, se

inspiraram no uso de alegorias femininas para veicular ideais

liberais, como a Marianne, vestida à romana, com túnica,

sandálias e barrete frígio jacobino.

II. A figura feminina possuía um aspecto belicoso, indicado pelas

armas que empunha e pelos louros da vitória encimados na

bandeira do novo regime, em homenagem aos vitoriosos do

15 de novembro.

III. O visconde de Ouro Preto foi representado ajoelhado no ato

de entrega do poder à República (a coroa), sustentada pelos

militares, indicando que a nação brasileira alcançará o

progresso sem guerra, em sintonia com a ideologia

positivista.

Está correto o que se afirma em:

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Durante as primeiras décadas da colonização portuguesa na América, as iniciativas de explorar economicamente o território se concentraram na formação de grandes propriedades rurais. Para o sucesso desse empreendimento foi importante
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Leia o texto abaixo. Não era cerimônia muito demorada. A cada escravo, quando chegava a sua vez, dizia o padre: seu nome é Pedro, o seu é João, o seu é Francisco, e assim por diante, dando a cada qual um pedaço de papel com o nome por escrito, e pondo-lhes na língua uma pitada de sal, antes de aspergir com um hissope água benta em toda a multidão. Então, um intérprete negro a eles se dirigia, com essas palavras: “Olhai, sois já filhos de Deus; Estais a caminho de terras espanholas (ou portuguesas), onde ireis aprender as coisas da fé. Esquecei tudo o que se relacione com o lugar de onde vieste, deixai de comer cães, ratos ou cavalos. Agora podeis ir, e sede felizes. (Charles Boxer. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola. Citado em: Jaime Rodrigues. De costa a costa. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.61-2.) A cena descrita apresenta informações sobre