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Considere as afirmativas abaixo.

I. Em “Hoje, o direito à candidatura e à eleição, o direito a ser votada, nos mostra um outro mundo possível." (6º§), o segmento grifado pode ser corretamente substituído por “mostra a nós".

II. Em “Mesmo assim, há questões básicas relativas ao que chamamos de sociedade patriarcal às quais ninguém pode se furtar. " (4º§) a expressão “ao que" pode ser substituída por “aquilo" preservando-se a correção linguística.

III. Em “Na ausência de questionamento, o machismo aparece como culto da ignorância útil na manutenção da dominação que depende do confinamento das mulheres na esfera da vida doméstica para que se mantenham longe do poder. " (5º§) a expressão grifada pode ser substituída pelo termo “dependente" mantendo-se a correção semântica de acordo com o texto original.

Estão corretas:

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Texto para responder à questão.

No trecho “Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas oferecem mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras. " (3º§), o autor:

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Um processo direcional na vida

Quer falemos de uma flor ou de um carvalho, de uma minhoca ou de um belo pássaro, de uma maçã ou de uma

pessoa, creio que estaremos certos ao reconhecermos que a vida é um processo ativo, e não passivo. Pouco importa

que o estímulo venha de dentro ou de fora, pouco importa que o ambiente seja favorável ou desfavorável. Em qualquer

uma dessas condições, os comportamentos de um organismo estarão voltados para a sua manutenção, seu crescimento

e sua reprodução. Essa é a própria natureza do processo a que chamamos vida. Esta tendência está em ação em todas

as ocasiões. Na verdade, somente a presença ou ausência desse processo direcional total permite-nos dizer se um dado

organismo está vivo ou morto.

A tendência realizadora pode, evidentemente, ser frustrada ou desvirtuada, mas não pode ser destruída sem que

se destrua também o organismo. Lembro-me de um episódio da minha meninice, que ilustra essa tendência. A caixa em

que armazenávamos nosso suprimento de batatas para o inverno era guardada no porão, vários pés abaixo de uma

pequena janela. As condições eram desfavoráveis, mas as batatas começavam a germinar – eram brotos pálidos e

brancos, tão diferentes dos rebentos verdes e sadios que as batatas produziam quando plantadas na terra, durante a

primavera. Mas esses brotos tristes e esguios cresceram dois ou três pés em busca da luz distante da janela. Em seu

crescimento bizarro e vão, esses brotos eram uma expressão desesperada da tendência direcional de que estou falando.

Nunca seriam plantas, nunca amadureceriam, nunca realizariam seu verdadeiro potencial. Mas sob as mais adversas

circunstâncias, estavam tentando ser uma planta.

A vida não entregaria os pontos, mesmo que não pudesse florescer. Ao lidar com clientes cujas vidas foram

terrivelmente desvirtuadas, ao trabalhar com homens e mulheres nas salas de fundo dos hospitais do Estado, sempre

penso nesses brotos de batatas. As condições em que se desenvolveram essas pessoas têm sido tão desfavoráveis que

suas vidas quase sempre parecem anormais, distorcidas, pouco humanas. E, no entanto, pode-se confiar que a

tendência realizadora está presente nessas pessoas. A chave para entender seu comportamento é a luta em que se

empenham para crescer e ser, utilizando-se dos recursos que acreditam ser os disponíveis. Para as pessoas saudáveis, os

resultados podem parecer bizarros e inúteis, mas são uma tentativa desesperada da vida para existir. Esta tendência

construtiva e poderosa é o alicerce da abordagem centrada na pessoa.

(Carl Rogers. Um jeito de ser. São Paulo: E.P.U., 1983.)

Acerca da estratégia utilizada para expor as ideias no primeiro período do texto, pode-se afirmar que
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No trecho “(...) ninguém tem o monopólio dos bons sentimentos. Mas sua escolha de lado na divergência entre economistas, no fim, é uma definição de escolha política. É-se solidário pela mais egoísta das razões, por uma preocupação elementar com a salubridade do meio em que se respira, porque uma civilização que sacrifica o seu humano pelo lucro não é exatamente o ambiente em que se quer viver.” (2º§), respectivamente, as palavras sublinhadas sinalizam, do ponto de vista semântico, reações de:
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A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio.”(9º§) Se a conjunção coordenada empregada na frase fosse substituída por outra palavra, a opção adequada seria:
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A substituição do sintagma destacado pelo sugerido entre parênteses provoca alteração na forma verbal em:
7

Na frase “[...] eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.” (3º§), o verbo “ganhar” está na forma correta de concordância com o sujeito. Assinale a alternativa que apresenta uma frase com erro de concordância verbal.
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“Os conceitos (1) que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. (2) Eles governam também a nossa atividade cotidiana até (3) nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. (4) Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel central na definição de nossa realidade cotidiana.” (2º§)

Dentre os termos destacados anteriormente, pode-se afirmar que atuam como elementos de referenciação, contribuindo para o estabelecimento da coesão textual, os indicados de acordo com a numeração:

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No trecho “[...] o progresso das armas de extermínio maciço está entregue à sua competência”, o uso do acento grave como indicador de crase é opcional. Assinale a alternativa em que o uso desse mesmo recurso também é opcional.
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“[...] Mohamed Ahmed as vendeu a outros combatentes,

[...]" (9º§) Assinale a alternativa que apresenta verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima: