O princípio do desenvolvimento sustentável é o da utiliza- ção adequada dos recursos disponíveis de forma a atender as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das gerações futuras na satisfação de suas necessidades. Para viabilizar esse princípio, fazem-se necessárias a cooperação de todos os setores da sociedade — governos, empresários, sociedade civil — e a difusão da consciência ambiental com a capacidade de influenciar a opinião pública em várias escalas. Sem dúvida, há uma dificuldade de compatibilizar o modelo de desenvolvimento tecnológico moderno com o desenvolvimento sustentável. Além dos interesses do capital associados ao consumo desenfreado, há impasses representados pelas políticas nacionais que dificultam o equacionamento da questão. Para o sucesso dessa empreitada, com base na leitura acima, é necessário que os grupos sociais representados por associações de caráter ambientalista tenham autonomia, de forma ampla e abrangente, em relação
Um professor utilizou, em sala de aula, a foto e o texto
abaixo.
Um dia, alguns pesquisadores em plena atividade de
campo pediram pouso em uma fazendola comunitária,
perdida em um remoto lugar do interior baiano. E a
resposta veio rápida e sincera, por parte da dona da
casa: “Eu vou-lhes dar abrigo, porque também tenho
filho no mundo."
AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil.
São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
Nessa aula, o professor desejava trabalhar a relação natureza-sociedade
no domínio
Pautada nos níveis tecnológicos de produção e nos correspondentes níveis de qualificação da força de trabalho, a Nova Divisão Territorial/Internacional do Trabalho permite distinguir recortes espaciais distintos em sua especialização: espaços que detêm o domínio do capital financeiro e dos investimentos da produção; espaços com certa independência financeira que apresentam níveis intermediários de tecnologia e espaços com grande dependência do capital financeiro com baixo nível de tecnologia. Há, no entanto, outras combinações possíveis. Nesse sentido, o Brasil é um exemplo porque há a conjugação de alta dependência do capital financeiro e níveis tecnológicos que incorporam tanto a dependência de mão de obra extremamente barata (às vezes, escrava) até a presença de níveis expressivos de sofisticação. Essa alta dependência do Brasil, mencionada no texto acima, é marcada, de forma mais expressiva por
Um importante marco histórico do processo de globalização é representado pelo ciclo de crescimento econômico do pós-guerra, acompanhado por novas bases tecnológicas que deram impulso, por exemplo, à indústria automobilística em alguns países. Dessa forma, esse marco histórico do processo da globalização está associado, de forma mais explícita, ao seguinte fator:
Sobre a pobreza africana, considere o texto a seguir. [...] uma linha de interpretação do fenômeno sugere que as economias africanas encontram-se presas a uma “armadilha da pobreza” formada pelas teias entrelaçadas da baixa produtividade agrícola e das moléstias típicas dos climas quentes. [...] Essa teoria sobre a pobreza africana também leva em conta as limitações ao comércio internacional geradas pela ausência de saídas marítimas e pelas distâncias entre as áreas de produção e os portos exportadores. MAGNOLI, Demétrio. O Mundo Contemporâneo. São Paulo: Atual, p.303. 2008. Ainda que não se possa negar que a pobreza africana tem suas origens na herança colonial, por conta das estruturas políticas e econômicas criadas pelas potências europeias, a combinação de todas as teorias leva a entender que o principal fator explicativo para a situação é o(a)
Para acrescentar US$ 1 ao PIB de Santiago, é necessário investir 60% mais recursos do que para gerar US$ 1 em
Helsinque, na Finlândia.
Revista Época. São Paulo: Globo, n. 697, p. 32, 26 set. 2011.
Uma afirmação conclusiva para análise dos gráficos que inclua uma razão para a situação retratada no texto é a seguinte:
Associe os países aos acontecimentos relacionados com as recentes revoltas no mundo árabe.
As associações corretas são:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Geografia fazem referência ao conceito de espaço concebido por Milton Santos: “conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistema de ações que procura revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem a vida caminhar.” São exemplos de sistemas de objetos e sistemas de ações, respectivamente,
Alguns geógrafos consideram que regionalizar não significa simplesmente dividir o espaço em frações, mas sim reconhecer processos cada vez mais complexos, que recompõem o espaço de forma diferenciada. Nesse sentido, deve-se reconhecer que a regionalização deve priorizar a perspectiva de uma
O renomado geógrafo Milton Santos considerou lícito propor,
a partir de algumas premissas, uma divisão regional
baseada, simultaneamente, numa atualidade marcada
pela difusão do meio técnico-científico-informacional e
pelas heranças do passado.
A partir daí, considere as informações do quadro abaixo a
respeito de um determinado recorte espacial.
O conjunto de informações do quadro refere-se à região
Na atualidade, a presença militar dos EUA com bases e tropas em todos os continentes representa que o país
Texto I - A rede geográfica pode ser considerada como “um conjunto de localizações geográficas interconectadas entre si por certo número de ligações”. Texto II - A partir da década de 1970, num contexto em que o mercado se torna global, houve transformações no território brasileiro. Ele passa a adquirir novos conteúdos de acordo com as possibilidades produtivas e de circulação de mercadorias, de capitais, de ideias e de informações. Tal situação marca um novo meio geográfico, caracterizado por diferenças entre as áreas contínuas no Sudeste e no Sul e as manchas e pontos do resto do país. A associação entre os conteúdos dos dois textos revela uma estreita relação com
Um colunista de uma revista semanal escreveu sobre o massacre ocorrido na Noruega, em julho de 2011: Nesta era da internet a informação é instantânea. A desinformação, também. A notícia sobre os trágicos atentados de Oslo chegou-me enquanto eu navegava pelos sites que costumo frequentar para me atualizar sobre o que ocorre no mundo. Pus-me imediatamente em busca dos detalhes. Abri a página de uma respeitada revista internacional. Além de alguns pormenores, obtive também a primeira explicação, que veria em seguida nas versões eletrônicas dos jornais brasileiros, segundo a qual o perpetrador dos atos terríveis era alguém a serviço de um movimento fundamentalista islâmico. Dois dias depois do acontecido, quando ficou claro que, na verdade, se tratava de um extremista de direita que pertenceu a movimentos neonazistas, ainda é possível encontrar, mesmo com ressalvas [...], a mesma interpretação apressada, baseada no preconceito contra muçulmanos. Revista Carta Capital, São Paulo: Confi ança, n. 657, p.41, 3 ago. 2011 Adaptado. Com base na leitura do texto, analise as afirmações. I - Na Europa, em tempos de crise e de níveis elevados de desemprego, imigrantes, especialmente muçulmanos, não são bem vistos e vêm sendo vítimas de atitudes preconceituosas. II - Diante dos atentados “isolados” em Oslo, há uma tendência clara na Europa de iniciar uma reação generalizada contra a islamofobia e de uma reação de estímulo à colaboração de imigrantes estrangeiros no processo de superação da crise. III - Após o atentado de 11 de setembro de 2001, interesses econômicos e políticos, e não apenas preconceitos, motivaram a decisão de dirigentes de países desenvolvidos para o combate aos países de origem islâmica. É correto o que se afirma em
Existem várias formas para a representação do espaço geográfico. Por exemplo, a representação do espaço pode ser feita por meio de mapas e de vários campos discursivos – o científico, o literário, o jornalístico, etc. Também nas salas de aula, as representações dos espaços são construídas. Além de o espaço ser entendido como resultado da relação natureza-sociedade-trabalho, há, hoje, uma tendência de se incorporar, na análise dos espaços geográficos, os valores, desejos e interesses dos indivíduos que interferiram nas diferentes formas de organização espacial. De acordo com o texto acima, a representação do espaço na sala de aula, enquanto um discurso geográfico, além de evidenciar as engrenagens da produção de riquezas materiais, incorpora os meandros da
De uso tão antigo, como a própria Geografia, o termo escala encontra-se de tal modo incorporado ao vocabulário e ao imaginário geográficos que qualquer discussão a seu respeito parece desprovida de sentido, ou mesmo de utilidade. Como recurso matemático fundamental da cartografia, a escala é, e sempre foi, uma fração que indica a relação entre medidas do real e aquelas da sua representação gráfica. Porém, a conceituação de escala, como esta relação apenas, é cada vez mais insatisfatória, tendo em vista as possibilidades de reflexão que o termo pode adquirir, desde que liberto de uma perspectiva puramente matemática. Na Geografia, o raciocínio analógico entre escalas cartográfica e geográfica dificultou a problematização do conceito. CASTRO, Iná E. de. O problema da escala. In: CASTRO, Iná E. de. (Org.) et al. Geografi a: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. A palavra escala expressa um conceito muito importante para a Geografia, e é usada em muitos contextos. Embora a escala cartográfica e a escala geográfica possam estar relacionadas, existem diferenças substanciais entre elas. Enquanto a escala cartográfica se refere ao número de vezes que a realidade foi reduzida, para determinada representação do espaço geográfico, a escala geográfica confere visibilidade a certo estudo geográfico ao definir, de forma ampla, a(o)