A expressão “a carne é fraca” tem origem na Bíblia: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26:41). Popularizada, seu significado está também presente no provérbio:
Para Bakhtin, o texto é uma unidade de manifestação do pensamento, da emoção, do sentido, do significado, e ao se inserir em uma relação dialógica, torna-se um enunciado, isto é, a unidade real de comunicação, um todo de sentido, marcado pelo acabamento e admitindo réplica, uma postura axiológica; mas quando fora desse contexto, é apenas uma entidade linguística, que só tem realidade como texto. Fiorin em seu texto: “Interdiscursividade e Intertextualidade" (2006: 180) acrescenta que “O enunciado é da ordem do sentido; o texto é do domínio da manifestação. O sentido não pode construir-se senão nas relações dialógicas. Sua manifestação é o texto e este pode ser considerado como uma entidade em si." Isto posto, e considerando a relação entre interdiscursividade e intertextualidade, considere:
I. Existem as relações dialógicas que acontecem entre enunciados e aquelas que acontecem entre textos.
II. Existe semelhança entre as relações dialógicas entre enunciados e textos.
III. Qualquer relação dialógica é considerada interdiscursiva.
IV. A intertextualidade só acontece em casos nos quais a relação discursiva é materializada na língua.
Estão corretas as afirmativas:
O aluno do ensino médio, na disciplina Língua Portuguesa, traz sua história de interações e de letramento, construída em diferentes esferas sociais de uso da linguagem (pública e privada), inclusive nas experiências sistemáticas de aprendizagem de escrita (produção e compreensão textuais) do ensino fundamental. Desse modo, afirma-se que este discente, no decorrer de sua formação, deva:
I. Conviver, apenas de forma crítica, com situações de produção e leitura de textos, atualizados em diferentes suportes e sistemas de linguagem – escrito, oral, imagético, digital, etc.
II. Passar a lidar com situações de interação que se revestem de uma complexidade que exigirá dele a construção de saberes relativos ao uso de estratégias (linguística, textual e pragmática) por meio das quais se procura assegurar a sujeição do texto em relação ao contexto de situação imediato.
III. Construir habilidades e conhecimentos que o capacitem a refletir sobre os usos da língua(gem) nos textos e sobre fatores que concorrem para sua variação e variabilidade, seja a linguística, seja a textual, seja a pragmática.
Assinale a alternativa que apresenta a afirmativa incorreta:
A intertextualidade é a relação entre textos e pode se estabelecer sob diversos aspectos. Assim, observe o texto seguinte e analise as afirmativas apresentadas.
I. Acontece intertextualidade intergêneros.
II. É exemplo de paródia, uma vez que desconstrói o mito de herói.
III. Apresenta intertextualidade fraca, pois não compromete todo o texto. IV. Existe relação intertextual localizada.
Estão corretas as afirmativas:
O Texto abaixo refere-se a questão
Identifique o tipo de intertextualidade encontrado no trecho destacado do texto:
Quando um texto faz referência explícita ou implícita, total ou parcial de outro texto, temos a ocorrência da intertextualidade. É uma “conversa” entre textos, quando um retoma partes de outro. Indique abaixo a resposta certa que enumera os principais tipos de intertextualidade:
Os segmentos a seguir fazem parte de um texto sobre a geração Y, publicado no jornal El País (edição on-line) em 13/06/2017. Numere os parênteses, determinando a ordem lógica desses segmentos.
( ) Parte desse “tudo pronto", muitas vezes, se atribui aos pais. Mas, para a professora Lúcia Villas Boas, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, “a opção por prolongar a permanência na casa dos pais deve ser entendida não somente em função dos ritmos e das formas de inserção profissional, mas também como um efeito geracional em busca de uma nova construção de identidade".
( ) Ademar Bueno, diretor do Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), vai contra essa percepção. “Eles vão se formar novamente, se especializar, e quando chegam ao mercado a história vai se repetir, porque eles estarão ainda mais bem preparados para vagas que não correspondem ao que almejam".
( ) Para Carla Linhares, professora de Gestão de Pessoas da Fundação Dom Cabral, a geração Y é liderada pelo imediatismo e as mudanças de curso e desistências refletem isso. O importante, frisa, é que “eles não estão desistindo, apenas estão migrando para ter melhores oportunidades". Isso pode ser visto, segundo Linhares, como algo positivo.
( ) Essa construção, segundo explica, se apropria de novas formas culturais que envolvem o processo de independência, de desfamiliarização e de transformação da identidade pessoal que, atualmente, vêm sendo construídos sobre novas bases.
( ) Para ele, o que falta é ajustar o processo motivacional do estudante, para que ele saiba lidar com as frustrações e entenda que “a formação exige esforços individuais, que eles precisam estar mais aptos a encarar desafios e projetos, aprender a se situar nesse mundo. Não se trata de entrar em um lugar e receber tudo pronto", afirma.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para baixo
A partir, ainda, da reflexão proposta nos textos I e II, pode-se deduzir que
Atente às duas charges abaixo e responda ao que se pede:
Com base nas ideias propostas nas imagens acima, julgue cada uma das sentenças abaixo:
I- O sujeito sintático de “CURA ESSE GAY AGORA!", conforme as exigências da norma padrão, está implícito e é “VOCÊ" referenciando, no contexto, “JESUS".
II- É latente o caráter metafórico na expressão “Que gatinho!" (imagem I) e polissêmico nas expressões “dinheiro limpinho" e “laranja" (imagem II), legitimando, na imagem II, um importante fator de textualidade chamado intertextualidade.
III- As expressões “como" e “tão" (Imagem I) induzem a, respectivamente, circunstâncias causal e temporal.
IV- A função da linguagem predominante na imagem II é a metalinguística.
V- O sufixo “inho" na expressão “gatinho" (imagem I) propõe, no contexto, uma carga semântica onde o afeto é minimizado em relação à pequenez física do interlocutor.
É CORRETO o que se afirma em
Considerando os fatores coesão e coerência textual, assinale a alternativa INCORRETA:
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 11. ed. São Paulo: Ática, 2009
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Nos parágrafos finais, o autor cita o pensador Paulo Freire para
Na imagem e no texto do romance de Marguerite
Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de
representação da subjetividade moderna. Na pintura
e na literatura modernas, o rosto humano deforma-se,
destrói-se ou fragmenta-se em razão
Assinale a opção que indica uma característica exclusiva da avaliação formativa.
Texto 1
“Numa esquina perigosa, conhecida por sua má sinalização e
pelas batidas que lá ocorrem, há um acidente de automóvel.
Como o motorista de um dos carros está visivelmente errado, o
guarda a ele se dirige propondo abertamente esquecer o caso
por uma boa propina. O homem fica indignado e, usando o “Você
sabe com quem está falando?”, identifica-se como promotor
público, prendendo o guarda”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais,
malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990)
Texto 2
“Num posto de atendimento público, alguém espera na fila.
Antes do horário regulamentar para o término do expediente,
verifica-se que o guichê está sendo fechado e o atendimento do
público, suspenso. Correndo para o responsável, essa pessoa
ouve uma resposta insatisfatória, e fica sabendo que o
expediente terminaria mais cedo por ordem do chefe. Manda
chamar o chefe e, identificando-se como presidente do órgão em
pauta, despede todo o grupo”.
(DaMatta, Roberto. Carnavais,
malandros e heróis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990
Nesse segmento (texto 3) há uma referência aos textos anteriores desta prova, que constitui uma das marcas de caracterização dos textos em geral; essa marca é denominada: