Saudações, queridos alunos e alunas do Aprova Concursos!
Já fico a imaginar as cabecinhas de vocês funcionando e pensando na resposta ao questionamento acima… e até adivinho que muitos (?) devem estar “puxando” aquele macete:
– Mim não conjuga verbo! Mim não faz nada! Mim não é índio!
Pois tomem um certo cuidado com esses macetes… alguns até ajudam, mas outros podem fazê-los errar uma questão fundamental da prova.
A regra para uso de EU ou MIM (que é a mesma para TU ou TI) é a seguinte:
Emprega-se EU ou TU como sujeitos da oração (ou seja, antes de verbo) ou após expressões tais como SALVO, EXCETO, MENOS, etc.:
Ex.: Ela pediu para EU ajudar minha amiga. Todos foram à aula, menos TU.
Nos demais casos, emprega-se MIM ou TI.
Ex.: Ele deu o colar para MIM. Entre MIM e TI não há mais nada.
Notem que a regra não diz que é proibido escrever MIM ou TI antes de verbo, mas sim que, para usar EU ou TU, é necessário haver um verbo logo após, para que possam exercer função de sujeito.
Aí, exatamente aí, é que entra o perigo do “macete do índio”: é, sim, possível usar MIM ou TI antes de verbo no infinitivo. Percebam as seguintes sentenças corretas:
Sempre foi penoso para MIM estudar matemática.
Será impossível para TI estudar todo o conteúdo a tempo da prova.
Ou seja: CUIDADO COM FRASES INVERTIDAS! Essas mesmas frases, na ordem direta, ficariam assim:
Estudar matemática sempre foi penoso para MIM.
Estudar todo o conteúdo a tempo da prova será impossível para TI.
Para ilustrar o que escrevi, vai abaixo uma questão de concurso que abordou a temática:
(Agente de trânsito – Cesgranrio – 2005) Marque a opção em que a forma pronominal utilizada está INCORRETA.
(A) É difícil para mim praticar certos exercícios físicos.
(B) Ainda existem muitas coisas importantes para eu fazer.
(C) Os chinelos da aposentadoria não são para ti.
(D) Quando a aposentadoria chegou, eu caí em si.
(E) Para tu não teres aborrecimentos, evita o excesso de velocidade.
RESPOSTA CORRETA: D
Então, usemos corretamente os pronomes da Língua Portuguesa, independentemente de sermos brancos, negros, índios, pardos ou de outra etnia qualquer.
Um grande abraço e até a próxima!
Prof. Pólux Martins
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