Barry Gordon, professor de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirma que não podemos ter memórias fotográficas perfeitas.
O professor diz também que podemos melhorar nossa memória tanto na capacidade de nos lembrarmos de rostos, paisagens, imagens, números, nomes e conceitos. Mas, ele reconhece que podem existir memórias excepcionais. E isso ocorre devido a uma combinação de fatores, como a genética e a prática.
Como desenvolver uma memória fotográfica
Existem muitas técnicas de memorização, porém todas partem do mesmo princípio: é preciso que o fato/objeto a ser memorizado tenha algum significado pessoal. É necessário que ele faça sentido e esteja inserido em um contexto de coisas já conhecidas para ser associado a elas. Para desenvolver uma boa memória, fotográfica ou não, é recomendado ir em busca desses significados, dessas conexões.
O Palácio de Memórias
Uma técnica básica e muito eficiente de memorização é chamada de Palácio de Memórias. Ela é muito antiga e foi elaborada pelo poeta grego Simônides (556 a.C.-468 a.C.) após um evento trágico do qual ele escapou. Depois de discursar em um banquete dentro de um palácio, o teto do salão desabou, matando todos exceto Simônides que já havia saído.
Simônides era a única pessoa capaz de localizar as pessoas, facilitando a identificação dos corpos que haviam ficado desfigurados. Após passar um tempo de olhos fechados, ele conseguiu se lembrar exatamente do lugar de cada um na hora do acidente.
Desse fato surgiu a técnica do Palácio de Memórias, que consiste na associação daquilo que queremos lembrar com espaços, lugares, ou cômodos de um palácio.
Dicas de memorização
Veja um passo a passo com 5 dicas para melhorar sua memória utilizando a técnica citada acima:
1 – Imagine a sua casa;
2 – Agora pense em um objeto bem absurdo logo em frente da sua porta. Por exemplo: o Pikachu abraçado a uma vassoura.
3 – Então, crie uma imagem tão ou mais maluca para cada cômodo da sua casa. Por exemplo: na sala o Hulk está cantando ópera, no banheiro o Homem-Aranha vestido de bailarina, na cozinha o Homem de Ferro jogando baralho e assim por diante. Quanto mais bizarra e engraçada for a imagem, mais inesquecível ela se tornará.
4 – Por fim, inserido em cada cômodo com um personagem absurdo você insere o que precisa lembrar. Diante da porta, ao lado do Pikachu abraçado à vassoura, aquela fórmula de física; na cozinha com o Home de Ferro um tópico de Direito que você não pode esquecer e assim sucessivamente.
5 – Quando chegar a hora, revisite mentalmente os espaço e você reencontrará as imagens inesquecíveis e engraçadas com as coisas das quais você quer se lembrar. Com o tempo e praticando muito, você ficará cada vez mais rápido.
Bons memorizadores não são mais inteligentes
Em uma pesquisa feita pela University College, de Londres, pesquisadores submeteram dois grupos a testes de inteligência, além de analisarem os cérebros durante testes de memorização. Um dos grupos era formado por campeões de memória. O outro, por pessoas com memórias medianas.
Eles concluíram que não há diferenças cognitivas entre os grupos. Ou seja, os campeões da memória não são mais inteligentes que os que possuem memórias medianas, como muitos de nós.
Uma outra conclusão é a de que não existem diferenças anatômicas entre cérebros. Não há nada de especial que faça com que alguns se lembrem das coisas mais do que os outros sem prática.
A única coisa que diferenciava os dois grupos era o uso da memória espacial, notada nos campeões da memória que usavam uma parte do cérebro associada a esse conceito. Portanto, esta é a chave para descobrirmos como é possível desenvolver uma memória fotográfica mais apurada.
Penso como criar tantas situações engraçadas quanto a numero de informações a memorizar, bom seria dar uns exemplos em relação as associações mentais …..
Penso como criar tantas situações engraçadas quanto a numero de informações a memorizar, bom seria dar uns exemplos em relação as associações mentais …..