Texto I
Mirtes Aparecida da Luz
Quando Mirtes Aparecida da Luz veio me abrir
a porta, no mesmo instante em que eu dava as
primeiras pancadinhas, tal foi a desenvoltura dela,
que cheguei a duvidar de que a moça não
enxergasse, tanto quanto eu. Com o mesmo
desembaraço me apontou a cadeira, abriu a
cristaleira para retirar as xícaras, coou o café e me
passou os biscoitinhos caseiros, feitos por ela
mesma. Só acreditei que Da Luz (a maneira pela
qual ela gosta de ser chamada) não estava me
enxergando do mesmo modo como eu a via,
quando pediu licença para tocar o meu rosto e
segurar as minhas mãos, para saber realmente
com quem estava falando. E, depois de suaves
toques sobre os meus cabelos, meus olhos, minha
boca, e de leves tapinhas sobre as minhas mãos,
concluiu que eu estava tensa. Não era ainda,
portanto, a hora de começar a trocar nossas
histórias. Aceitei as considerações dela. Era
verdade, eu estava muito tensa. A condição de
minha interlocutora me colocava em questão.
Como contemplar os olhos dela encobertos por
óculos escuros? Para mim, uma conversa, ainda
mais que eu estava ali para ouvir, tinha de ser olho
no olho. Para isso, o gravador ficava esquecido
sobre a mesa e eu só me desvencilhava do olhar da
depoente, ou deixava de olhá-la, quando tinha de
virar ou colocar uma nova fita. E nos casos em que
a narradora não me contemplava, eu podia
acompanhar o olhar dela, como aconteceu, quando
ouvi Campo Belo, que falava comigo, mas seu olhar
estava dirigido para a foto da filha. Como
acompanhar o olhar de Da Luz? Como saber para
onde ela estava olhando? E, talvez adivinhando as
minhas dúvidas e mesmo o meu constrangimento,
horas depois de me mostrar toda a casa, de me
chamar para um passeio pelas redondezas, de
fazer duas belas tranças nagôs em meus cabelos,
do mesmo jeito que estavam penteados os dela, Da
Luz me conduziu ao seu quarto. Abriu a janela,
deixando um ameno sol de final de tarde entrar, e
me perguntou se eu me incomodava de
conversarmos ali. – Lá fora corro o risco de me
distrair com tudo que me cerca. Dizendo isso, suas
mãos caminharam para o meu rosto, procurando
suavemente os meus olhos. E, com gestos mais
delicados ainda, seus dedos tocaram minhas
pálpebras, em movimentos de cima para baixo.
Levei um breve instante para entender as intenções
de Da Luz. Ela queria que eu fechasse os olhos.
Fechei. [...]
(EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. Rio de
Janeiro: Malê, 2016, p. 81-82)
Em “Dizendo isso, suas mãos caminharam para o meu rosto”, destaca-se uma oração subordinada reduzida que, mantendo-se a equivalência semântica, poderia ser substituída pela seguinte forma desenvolvida:
O Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e o Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) são os documentos emitidos na origem para atestar a condição fitossanitária da partida de plantas ou de produtos vegetais de acordo com as normas de sanidade vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em relação ao CFO e ao CFOC, assinale a alternativa correta.
A Guia de Trânsito Animal (GTA) é um documento expedido pela Adapar com a finalidade de regular o transporte de animais vivos e ovos férteis. No que diz respeito ao Controle de Trânsito de Animais, Produtos, Subprodutos e Resíduos Animais, sobre os serviços e atividades de defesa sanitária animal do Estado do Paraná, assinale a alternativa correta.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) foi criada em 20 de dezembro de 2011, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), tendo como parte de sua missão a promoção da sanidade
animal e vegetal, além de garantir a inocuidade dos alimentos. Cabe à Adapar as seguintes competências, EXCETO
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa INCORRETA quanto ao direito à profissionalização e à
proteção no trabalho.